Intervenções obstétricas durante o processo parturitivo: percepções de puérperas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i6.3515Palavras-chave:
Saúde da mulher; Enfermagem obstétrica; Humanização da assistência.Resumo
O estudo objetivou conhecer as percepções de puérperas acerca das intervenções obstétricas vivenciadas durante o processo parturitivo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada com 14 puérperas atendidas em Estratégias Saúde da Família da área urbana de um município da fronteira oeste do Rio Grande do Sul, Brasil. A geração de dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas. Os dados foram analisados conforme a proposta operativa de Minayo. A pesquisa seguiu os preceitos éticos de investigações com seres humanos. O processo parturitivo foi vivenciado de forma negativa devido à exposição a situações indesejadas e de caráter agressivo, impostas por meio de ações dos profissionais da saúde, o que pode ser caracterizado como violência obstétrica. Essa violência pode ser evidenciada pela manobra de Kristeller, uso do fórceps e realização de episiotomia, sem consentimento ou conhecimento por parte das mulheres. As práticas comprovadamente úteis no parto ainda são pouco implementadas, enquanto que outras prejudiciais ou ineficazes continuam sendo realizadas.Referências
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