O aumento no número de prescrições de fármacos antidepressivos durante a pandemia da COVID-19 pela Estratégia de Saúde da Família na cidade de Lindoeste-PR
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.35248Palavras-chave:
Antidepressivos; Utilização dos medicamentos; Saúde Mental; COVID-19.Resumo
A depressão é um estado emocional que pode ser sentida por qualquer pessoa em algum momento de sua vida. Portanto, a distinção entre a emoção “normal” da depressão para uma doença que requer tratamento médico é problemática para as pessoas que não são treinadas nas ciências da saúde mental. O aumento na utilização de fármacos antidepressivos, resultante da epidemia da COVID-19, torna-se um motivo de preocupação a nível de saúde pública. O presente trabalho trata do aumento do número de pessoas diagnosticadas com depressão durante a pandemia da COVID-19. Tendo como consequência o aumento na utilização de fármacos antidepressivos. As informações foram obtidas através do relatório/prescrições médicas. O levantamento foi realizada em um determinado período de 2019 e 2020, como forma de comparar o pré e pós pandemia. O objetivo da pesquisa é avaliar o aumento no uso de antidepressivos durante a pandemia da COVID-19, segundo dados fornecidos pela empresa. Diante dos resultados da análise do relatório/prescrições médicas na Estratégia de Saúde da Família, no munícipio de Lindoeste, observou-se maior prevalência em consumidores adultos (63,45%) do gênero feminino (76,89%). Os antidepressivos mais consumidos foram os pertencentes da classe dos Tricíclicos (ADTs), correspondendo a 45%. De acordo com a análise, os medicamentos mais receitados foram o Fluoxetina 20mg que obteve 55% de prescrições e a Amitriptilina 25mg que teve 40,84%, sendo observado, que a maior parte das prescrições foram escritas por clínicos gerais (88,66%).
Referências
Baes, C. V. W. & Jurena, M. F. (2017). Psicofarmacoterapia para o clínico geral. Medicina. 50, (Supl 1), 22-36. https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/127535/1246300.
Barnhill, J. W. (2018). Considerações gerais sobre transtorno de ansiedades. https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-desa%C3%BAde-mental/ansiedade-e-transtornos-relacionados-aoestresse/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-transtornos-de-ansiedade.
Bauer, M. et al. (2009). Diretrizes da World Federation of Societies of Biological Psychiartry (WFSBP) para tratamento biológico de transtornos depressives unipolares. 1° parte: tratamento agudo e de continuação do transtorno depressivo maior. Revista de Psiquiatria Clínica. 36(supl. 2). http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101--60832009000800001&script=sci_arttext.
Brasil. (2019). Ministério da Saúde. Depressão: causas, sintomas, tratamentos, diagnóstico e prevenção. https://antigo.saude.gov.br/saude-dea-z/depressao.
Brasil. (2020). Ministério da Saúde – MS. Coronavírus (COVID-19). https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#o-que-e-covid.
Conte, L. B. D. & Souza, L. N. A. (2009). Perfil epide – miológico do envelhecer com depressão. Rev. Inst. Ciênc. Saúde. 27(3), 214-9.
Costa, K. M. V. et al. (2017). Ansiedade em universitários na área da saúde. In: II Congresso Brasileiro das Ciências da Saúde.
http://www.editorarealize.com.br/revista/conbracis/trabalhos/TRABALHO_EV071_MD 1_SA13_ID592_14052017235618.pdf.
Coutinho, P. K. & Filho, M. A. N. (2010). Depressão: conceito e tratamento. Uningá Review. 04, (Supl 3) 06-12. http://www.mastereditora.com.br/periodico/20130803_1714062.pdf.
CRF-PR. (2015). Manual para a Dispensação de Medicamentos – Sujeito a Controle Especial. https://crfpr.org.br/uploads/pagina/25664/Manual_Dispensacao_de_Medicamentos_4_Edicao.pdf.
Cruz, A. F. P. Melho, V. M. De Souza, B. F. X. Silva, G. R. Silva, P. E. E. M. & Carvalho, S. J. (2020). Fármacos antidepressivos: prevalência, perfil e conhecimento da população usuária. Brazilian Journal of Health and Pharmacy. 02, (Supl 2) 27-29. http://revistacientifica.crfmg.emnuvens.com.br/crfmg/article/view/50/19.
Delucia, R. et al. (2007) Farmacologia Integrada. 3a ed. Rio de Janeiro: Editora Revinter.
Fuchs, F. D. Wannmacher, L. & Ferreira, M. B. C. (2006). Farmacologia Clínica: Fundamentos da Terapêutica Nacional. 3a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
George, F. H. M. (2011). Norma da Direção-Geral de Saúde, Norma n° 041/201. https://ordemdosmedicos.pt/wpcontent/uploads/2017/09/041__Prescricao_de_Antidepressivos.pdf.
Gonçalves, C. A. V. & Machado, A. L. (2007). Depressão, o Mal do Século: de que século? R. Enfermagem UERJ. 15, (Supl. 2) 298-304.
Idoiaga, N. De Montes, LG. Valencia, J. (2017). Under–standing na ebola outbreak: social representations of emerging infectious diseases. J Health Psychol. 22:951-60. 5.
Jardim, S. (2011). Depressão e trabalho: ruptura de laço social. Rev. bras. Saúde ocupacional. 36, (Supl 123) 84-92.
Kantorski, L. P. et al. (2011). Descrição de oferta e consumo dos psicofármacos em Centros de Atenção Psicossocial na Região Sul brasileira. Revista da Escola de Enfermagem da USP. 45, (Supl 6) 1481-1487.
Kaplan, H. I. Sadock, B. J. & Grebb, J. A. (1997). Compêndio de psiquiatria: Ciências do comportamento e psiquiatria clínica. (7a ed.) (D. Batista, Trad.).
Mendes Neto, G. V. et al. (2015). Agomelatina: um novo fármaco no tratamento da depressão. Revista Eletrônica Parlatorium. 9, (Supl 2) 76.
Neto, P. R. O. Baldoni, A. O. & Guidoni, C. M. (2013). Farmacoterapia: Guia terapêutico de doenças prevalentes. São Paulo: Pharmabooks.
Oliveira, C. E. A. (2009). Estudo de utilização de medicamento no ambulatório de saúde mental de uma unidade básica de saúde no município de Aracaju – SE. Dissertação (Mestrado em ciências da saúde) - Faculdade de Medicina. Universidade Federal de Sergipe.
Oliveira, I. R. & Sena, E. P. (2006). Manual de Psicofarmacologia Clínica. 2a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
OMS – Organização Munidal da Saúde. (2011). http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5354:aumentao-numero-de-pessoas-com-depressao-no-mundo&Itemid=839.
_______, ORGANIZAÇAO MUNDIAL DA SAUDE. (1990). Declaração de Caracas.
Pereira, G. G. L. (2015). Depressão, o mal do século XXI: Possíveis diagnósticos e tratamentos. https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-A3YF3Z/1/lucelia_tcc.pdf.
Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Santa Maria/RS. Ed. UAB/NTE/UFSM.
Perin, L. & Linartevichi, V. (2019). Uso de antidepressivos no município de Capitão Leônidas Marques –PR. Fag Journal of Health. 1, (Supl 4) 44-48. https://doi.org/10.35984/fjh.v1i4.120
Ribeiro, A. G. Cruz, L. P. Marchi, K. C. TirapelliI, C. R. & Miasso, A. I. (2014). Antidepressivos: uso, adesão e conhecimento entre estudantes de medicina. Revista Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro. 19, (Supl 6) 1825-1833.
Silva, E. G. Fernandes, D. R. & Terra Junior, A. T. (2018). Uma abordagem ao uso indiscriminado de medicamentos benzodiazepínicos. Rev Cient FAEMA: Revista da Faculdade de Educação e Meio Ambiente – Faema, Ariquemes. 9, (Supl ed esp) 610-614.
Silva, E. B. de A. Pastana, E. C. P. V. Lamas, T. K. P. Porto, S. O. & Moraes, F. L. S. de. (2021). Impactos do Isolamento Social na Saúde Mental Durante a Pandemia da COVID-19. Revista Multidisciplinar em Saúde. 02, (Supl 4). https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rems/article/view/3020.
Silva Filho, O. C. da. Silva, M. P. da. (2013). Transtornos de ansiedade em adolescentes: considerações para a pediatria e hebiatra. https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8411.
Silva, V. P. Botti, N. C. L. Oliveira, V. C. & Guimarães, E. A. A. (2015). Perfil epidemiólogico dos usuários de benzodiazepínicos na atenção primária à saúde. Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro. 5, (Supl 1) 1393-1400.
Shigemura, J. Ursano, R. J. Morganstein, J. C. Kurosawa, M. & Benedek, D. M. (2020). Public responses to the novel 2019 coronavirus (2019-nCoV) in Japan: mental health consequences and target population. Psychiatry Clin Neurosci. 74:281 – 2.
Stahl, S. M. (2013). Psicofarmacologia: Bases Neurocientíficas e Aplicações Práticas. 3° edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Stahl, S. M. (2014). Psicofarmacologia. Bases Neurocientíficas e Aplicações Práticas. 4° Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Tesini, B. L. (2022). COVID-19 (Doença do coronavírus 2019). University of Rochester School of Medicine and Dentistry. https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/covid-19/covid-19?query=covid%2019>.
Who. (2021). World Health Organization. Depression. USA. https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/depression>.
Who. (2022). World Health Organization. COVID-19 USA. https://www.who.int/health-topics/coronavirus#tab_1>.
Wfsbp. (2013). World Federation of Societies of Biological Psychiatry. Guidelines for Biological Treatment of Unipolar Depressive Disorders, Part 1: on the acute and continuation treatment of unipolar depressive disorders. The World Jounal of Biological Psychiatry. 14, 334-385. <http://www.wfsbp.org/fileadmin/user_upload/Treatment_Guidelines/WFSBP_TG_Unipolar_depressive_disorders_Bauer_et_al_2013.pdf>.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Fernanda Mathias Oliveski; Clarissa Vasconcelos de Oliveira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
