Perfil de hemoculturas de pacientes internados em unidade de terapia intensiva em hospital de ensino do Paraná

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.35325

Palavras-chave:

Antibióticos; Infecção de corrente sanguínea; Resistencia microbiana; Hemoculturas; Unidade de terapia intensiva.

Resumo

As infecções da corrente sanguínea representam um desafio para saúde pública, são extremamente frequentes em ambiente hospitalar e estão relacionadas à altas taxas de morbimortalidade e aumento dos custos hospitalares, principalmente em setores críticos como as Unidades de Terapia Intensiva, sendo o diagnóstico precoce fundamental. Este estudo tem por objetivo coletar e analisar dados acerca da incidência bacteriana e perfil de susceptibilidade de micro-organismos isolados em hemoculturas de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva da Fundação Hospitalar São Lucas de Cascavel/PR. Trata-se de um Estudo transversal, retrospectivo, de abordagem quantitativa e de natureza descritiva, utilizando dados de interesse a partir de prontuários médicos e resultados de exames laboratoriais, no período compreendido entre Julho de 2019 a Julho de 2021. Foram analisadas 210 hemoculturas positivas, os mais acometidos pertenciam ao gênero masculino (69,52%) e pessoas com faixa etária acima dos 60 anos (45,71%). Entre os micro-organismos gram-positivos, os mais encontrados foram Staphylococcus coagulase negativo (44,70%), Staphylococcus aureus (10,47%) e Enterococcus faecalis (2,38%). Entre os gram-negativos os mais frequentes foram Klebsiella spp. (12,85%), Pseudomonas aeruginosa (9,52%), Enterobacter cloacae (4,76%). Em relação a mortalidade, foi observado uma porcentagem de 49,43% entre os gram-positivos e 44,62% entre os gram-negativos. Um importante recurso diagnóstico para a detecção de patógenos microbianos é a realização da hemocultura, possibilitando o conhecimento do perfil bacteriano encontrado nos pacientes internados, que permite a realização de um tratamento direcionado e eficaz e consequentemente auxilia na diminuição da seleção de bactérias multirresistentes, ajudando na prevenção e no controle das infecções hospitalares.

Referências

Alves, L.N.S. & Oliveira, C.R. & Silva, L.A.P. et al. (2012). Hemoculturas: estudo da prevalência dos microrganismos e o perfil de sensibilidade dos antibióticos utilizados em Unidade de Terapia Intensiva. J Health Sci Inst., 30(1), 44-47.

Andrade, C.W.Q. & Silva, K.S.B. & Santana, M.M.R. et al. (2021). Etiologia e resistência de isolados bacterianos de hemoculturas da Sala de Cuidados Intermediários de um Hospital Universitário em Pernambuco. Research, Society and Development, 10(7), 1-10.

Araújo, M. R. E. (2012). Hemocultura: recomendações de coleta, processamento e interpretação dos resultados. Journal of Infection Control, 1(1), 8-19.

Augusti, G. R. & Superti, S. & Zavascki, A. P. (2007). Prevalência de produção de beta-lactamases de espectro estendido em bacteremias por Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli. Scientia Médica, 17(4), 192-196.

Barros, M.V. (2014). Infecções Nosocomiais por Enterococcus faecalis. Dissertação (Mestre em Ciências Farmacêuticas), Universidade Fernando Pessoa, Faculdade Ciências da Saúde.

Bastos, I.D.M. & Bastos, B.D.M. et al. (2020) Perfil bacteriano de amostras microbiológicas de pacientes internados na Clínica Cirúrgica de um Hospital Universitário de Pernambuco. Vittalle–Revista de Ciências da Saúde, 32(1), 108-121.

Bôas, P.J.F. & Ruiz, T. (2004). Ocorrência de infecção hospitalar em idosos internados em hospital universitário. Rev Saúde Pública, 38(3), 372-378.

Bonten, M. & Johnson, J.R. & Biggelar, A.H.J. et al. (2021). Epidemiologia da Bacteremia por Escherichia coli: Uma Revisão Sistemática da Literatura. Clin Infect Dis, 72(7), 1211-1219.

Brasil, 2017. ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Diretriz Nacional para Elaboração de Programa de Gerenciamento do Uso de Antimicrobianos em Serviços de Saúde. https://www.ccih.med.br/wp-content/uploads/2018/01/Diretriz-Nacional-para-Elabora%C3%A7%C3%A3o-de-Programa-de-Gerenciamento-do-Uso-de-Antimicrobianos-em-Servi%C3%A7os-de-Sa%C3%BAde.pdf.

Brasil, 2013. ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Disponível em: file:///C:/Users/Samsung/Downloads/ebook-anvisa-04-medidas-de-prevencao-de-de-infeccao-relacionada-a-assistencia-a-saude.pdf. Acesso em 21/04/2021.

Brasil, 2021. ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. PROGRAMA NACIONAL DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE (PNPCIRAS) 2021 a 2025. https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/pnpciras_2021_2025.pdf.

Brasil, 2021. ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Prevenção de infecções por microrganismos multirresistentes em serviços de saúde. https://pncq.org.br/wp-content/uploads/2021/03/manual-prevencao-de-multirresistentes7.pdf.

Kummerer, K. (2003). Importância dos antibióticos no meio ambiente. Journal of Antimicrobial Chemotherapy, 52(2), 317.

Lima, E. M. et al. (2015). Incidência bacteriana e perfil de susceptibilidade de microorganismos isolados em hemoculturas de pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Misericórdia de Anápolis, Goiás, no ano de 2013. Enciclopédia Biosfera, 11(22), 3249-3257.

Leão, L. S. N. D. O. & Passos, X. S. & Reis, C. & Valadão, L. M. A. & Silva, M. D. R. R. & Pimenta, F. C. (2007). Fenotipagem de bactérias isoladas em hemoculturas de pacientes críticos. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 40(5), 537-540.

Bennett, J.E. & Dolin, R & Blaser, M.J. (2015). Douglas, and Bennett's Principles and Practice of Infectious Diseases. Churchill Livingstone.

Madigan, M. et al. (2009). Microbiologia de Brock. (10a ed.), Editora Pearson Hall.

Monteiro, M. M. & Souza, T. M. & Mendes, T. P. L. (2018). Perfil microbiológico de hemoculturas em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Distrito Federal. Revista CCS, 29(3), 163-170.

Oliveira, W. V. & Santos, W. S. et al. (2019). Etiologia e perfil de susceptibilidade dos microrganismos isolados de hemoculturas no Hospital das Clínicas da UFPE no período de janeiro a dezembro de 2014. Rev. Bras. An. Clin., 51(1), 40-45.

Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM.

Perna, T.D.G. & Puiatti, M.A. & Perna, D.H. et al. (2015). Prevalência de infecção hospitalar pela bactéria do gênero klebsiella em uma Unidade de Terapia Intensiva. Rev Soc Bras Clin Med., 13(2), 119-123.

Rigatti, F. & Tizotti, M.K. et al. (2010). Bacteremias por Staphylococcus coagulase negativos oxacilina resistentes em um hospital escola na cidade de santa maria, estado do rio grande do sul. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 24(6), 686-690.

Ruschel, D. B. & Rodrigues, A. D. & Formolo, F. (2017). Perfil de resultados de hemoculturas positivas e fatores associados. Revista RBAC, 49(2), 158-163.

Santos, I. A. L. & Nogueira, J. M. R. & Mendonça, F.C.R. (2015). Mecanismos de resistência antimicrobiana em Pseudomonas aeruginosa. RBAC, 47(1-2), 5-12.

Scarpate, E. C. B & Cossatis, J. J. (2009). A presença da Klebsiella pneumoniae produtora de ß-lactamase de espectro estendido no ambiente hospitalar. Saúde & Amb. Ver, 4(1), 1-11.

Silva, C. F. & Gonçalves, G. R. & Silva, K. S. B. & Lima, R. S. & Naue, C. R. (2020). Perfil bacteriano de hemoculturas coletadas em pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva de um Hospital Universitário do Sertão de Pernambuco. Revista UNIANDRADE, 21(2), 97-107.

Siqueira, G.L.G. & Hueb, W. et al. (2011). Infecção de corrente sanguínea relacionada a cateter venoso central (ICSRC) em enfermarias: estudo prospectivo comparativo entre veia subclávia e veia jugular interna. Jornal Vascular Brasileiro, 10(3), 211-216.

Downloads

Publicado

01/10/2022

Como Citar

FRIEDRICH, J. V. .; FRIEDRICH, J. M. .; DARONCO, A. .; FRIEDRICH, J. L. .; UHDE, S. P. R. . Perfil de hemoculturas de pacientes internados em unidade de terapia intensiva em hospital de ensino do Paraná . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 13, p. e132111335325, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i13.35325. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/35325. Acesso em: 27 set. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde