Perfil epidemiológico e indicadores de saúde de taxistas da cidade de João Pessoa, Paraíba: um estudo piloto
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.35375Palavras-chave:
Saúde do trabalhador; Condução de veículo; Transtornos traumáticos cumulativos; Epidemiologia; Fisioterapia.Resumo
Introdução: Os distúrbios osteomioarticulares constituem um dos maiores problemas de saúde pública nos dias atuais, devido à sua alta prevalência, representando um dos principais problemas entre os trabalhadores, impactando negativamente na qualidade de vida, o que pode conduzir ao absenteísmo e invalidez precoce. Neste sentido, o trabalhador de transporte, particularmente os taxistas, que enfrentam uma rotina desgastante devido às intempéries relacionadas ao clima, as condições de tráfego e do trajeto das vias urbanas, assim como, a jornada de trabalho excessiva, ficam vulneráveis aos distúrbios osteomioarticulares. Objetivo: Estabelecer o perfil epidemiológico de motoristas de táxi da cidade de João Pessoa-PB, bem como identificar os fatores relacionados à dor e atividade laboral. Métodos: Estudo com abordagem descritiva, transversal, retrospectivo e de natureza epidemiológica, de base populacional com 27 taxistas. Os dados foram analisados, utilizando o programa estatístico Statistical Packaget Social Science, versão 20.0 para Windows. Resultados: Dos 27 taxistas estudados, todos eram do sexo masculino, com idade média de 50,5 anos, e declararam ter algum tipo de comorbidade. Cerca de 48,1% dos trabalhadores referiram queixa de dor. Com relação ao local de dor, a principal região citada foi a coluna, sendo a região lombar a mais afetada, seguida da região cervical. Conclusões: A prevalência alarmante de sintomas osteomioarticusculares entre os taxistas sugere a necessidade de programas voltados à saúde desses trabalhadores no ambiente de trabalho.
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