As consequências da não utilização correta do protocolo de Manchester nos serviços de Urgência e Emergência
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.35476Palavras-chave:
Emergência; Urgência; Triagem.Resumo
Introdução: O Sistema Manchester de Classificação de Risco (SMCR) foi desenvolvido no Reino Unido por médicos e enfermeiros com a finalidade de priorizar o atendimento na emergência de acordo com critérios clínicos de maior risco com intuito de minimizar agravos à saúde do paciente. Objetivos: Identificar as principais dificuldades e desfechos clínicos durante o uso SMCR. Metodologia: Revisão integrativa da literatura através da pesquisa nas bases de dados PUBMED e SciELO, utilizando os descritores “triagem de Manchester” e “emergência” e suas variações em inglês. Foram incluídos os artigos publicados entre 2017 à 2022, que respondessem à pergunta de pesquisa e textos completos gratuitos. Ao final, obteve-se uma amostra de 16 artigos. Resultados E Discussão: Foram elencadas três categorias temáticas. A primeira correspondeu ao perfil clínico dos pacientes triados pelo SMCR, que apontou a prevalência de pacientes do sexo masculino nas categorias branca e vermelha e as comorbidades mais prevalentes na categoria vermelha estavam associadas ao diabetes mellitus e a hipertensão. Outra categoria evidenciou as principais dificuldades associadas, sendo estas a ausência de padronização, equipe de enfermagem sem treinamento prévio e menor desempenho da triagem quanto maior o nível de complexidade do paciente. A última categoria apontou que o SMCR é um bom preditor de mortalidade. Conclusão: Há diversos fatores que dificultam o processo de triagem, sendo necessário que as instituições promovam a capacitação dos profissionais da área da saúde para melhorar os protocolos de padronização de triagem, a fim de gerar uma menor taxa de erros e redução da morbimortalidade.
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