Aspectos morfológicos de crescimento e produção de cultivares de pimenteira-do-reino em tutor sustentável de glirícidia na mesorregião do Baixo Tocantins – Pará
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.35596Palavras-chave:
Cultivo sustentável; Gliricidia sepium; Pimenta preta; Piper nigrum; Tutor vivo.Resumo
Culturalmente, o estacão de madeira é usado para o cultivo da pimenteira-do-reino no campo, contudo, o tutor de gliricídia mostrou-se como uma opção sustentável e viável para uso no sistema de produção da espécie. Apesar da redução dos custos para implantação dos pimentais, há pouca adesão da tecnologia pelo agricultor, em decorrência de escassez de informações sobre o comportamento de cultivares. Dispondo-se avaliar cultivares sob aspectos morfológicos de crescimento e produção em tutor vivo de gliricídia, comparativamente ao tutor morto, foi realizado um estudo de caso instalando um experimento em área de produtor em Baião - PA em DBC com cinco cultivares e cinco repetições considerando quatro plantas/cultivar. A altura das plantas, o diâmetro do caule e o número de ramos ortotrópicos foram tomados com 12 meses, assim como o comprimento do pecíolo, largura, comprimento e espessura de folhas adultas, como também o tamanho, peso e número de frutos/espiga, submetidos à ANOVA e teste de Tukey a 5%. A cultivar Kuthiravally apresentou maior média para Número de Ramos Ortotrópicos nos dois tipos de tutores. Bragantina, Clonada e Cingapura apresentaram maiores comprimentos do pecíolo em tutor vivo, e Bragantina e Uthirankotta apresentaram espigas de tamanho maiores quando cultivadas em gliricídia. Logo, há influência do tipo de tutor nos caracteres morfológicos de crescimento e produção de cultivares dessa espécie, com indicação da possibilidade do uso de gliricídia com sucesso no campo.
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