Cuidados domiciliares para pessoas com paraparesia adquirida: relato de experiência sobre propósitos de vida e reabilitação
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i6.3575Palavras-chave:
Paraparesia; Lesões encefálicas traumáticas; Cuidado domiciliar; Atividade motora; Enfermagem de reabilitação.Resumo
A atividade física está associada a um risco 20% a 30% menor de mortalidade por todas as causas e incidência de múltiplas condições crônicas, inclusive, ao agravamento de problemas orteoarticulares em pessoas com mobilidade reduzida decorrente de lesão neurológica incapacitante. Nesse contexto, o presente estudo tem por objetivo descrever a experiência de cuidado domiciliar para pessoa com paraparesia por lesão traumática cerebral, como estratégia preventiva de complicações osteomioarticulares. Trata-se de um estudo descritivo, observacional, quantitativo, tipo relato de experiência pautada em exercícios passivos e sistemáticos, sustentado no Modelo de Adaptação de Roy & Andrews, junto à pessoa com dependência funcional e espasticidade severa, no período de 1997 a 2019. As atividades foram prescritas e periodicamente avaliadas pelas equipes de programa institucional de reabilitação, ao qual o cliente mantém vínculo terapêutico há 22 anos, contando com recursos da tecnologia assistiva que garantiram alinhamento postural para segurança corporal nos exercícios. A experiência contribui para a consolidação das intervenções da enfermagem de reabilitação junto aos clientes com paraparesia espástica, como procedimento de cuidado diário de longo prazo voltado para a promoção da sua integralidade física, mental e espiritual.
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