Terapia nutricional como ferramenta de modulação na hipersensibilidade alimentar como causa etiológica de patologias neuronais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.35871

Palavras-chave:

Alergia alimentar; Sistema imune; Distúrbios comportamentais; Hipersensibilidade alimentar; Terapia nutricional na RAA; Reações adversas a alimentos.

Resumo

Introdução: As Reações Adversas aos Alimentos (RAA) são qualquer reação anormal à ingestão de alimentos ou aditivos alimentares, independentemente de sua causa. Sabe-se que o trato gastrointestinal (TGI) é a porta de entrada para os nutrientes oriundos da nossa alimentação, e quando este tem sua permeabilidade alterada pode ter como uma das consequências uma  hipersensibilidade alimentar, muitas vezes não diagnosticada, que causa inúmeros impactos, entre estes, alterações no Sistema Nervoso Central, dando origem, influenciando ou piorando a transtornos do neurodesenvolvimento  Objetivo: Analisar de que forma a hipersensibilidade alimentar pode influenciar nos transtornos principalmente de cunho comportamentais. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica com abordagem dedutiva. Resultados: A partir do estudo de literatura foi possível observar a importância da alimentação adequada para a homeostase do Sistema Nervoso Central, e na prevenção, tratamento e promoção de patologias neste Sistema. Discussão dos resultados: Apresentou-se a importância do entendimento dos mecanismos da hipersensibilidade para uma melhor elucidação do seu papel nas patologias do SNC. Para assim determinar melhor o papel da nutrição nestes tipos de patologias. Conclusão: O desenvolvimento do presente estudo permitiu elucidar que patologias de cunho neuronal tem causa multifatoriais, sendo a hipersensibilidade um fator que pode fazer parte dessa cadeia causídica. Uma má alimentação pode dá origem a ambas fisiopatologias, logo deve ser vista como uma ferramenta essencial para quebra dessa cadeia patológica, além de que a alimentação adequada é essencial para atender as necessidades fisiológicas e individuas para alcançar homeostase.

Referências

Adan, R. A. H., et al. (2019). Nutritional psychiatry: Towards improving mental health by what you eat. Eur Neuropsychopharmacol. 29(12), 1321-1332.

Associação Brasileira de Alergia e Imunilogia – ASBAI. (2016). Posicionamento do Grupo de Alergia Alimentar, Tema: Papel dos testes de detecção de IgG no diagnóstico de alergias alimentares.

Ayseli, M. T., et al. (2016). Flavors of the future: health benefits of flavor precursors and volatile compounds in plant foods. Trends in Food Science & Technology, [s.l.], 48, 69-77.

Azevedo, E. C. C., et al. (2014). Padrão alimentar de risco para as doenças crônicas não transmissíveis e sua associação com a gordura corporal - uma revisão sistemática. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 19(05).

Baj, T., & Seth, R. (2018). Role of Curcumin in Regulation of TNF-α Mediated Brain Inflammatory Responses. Recent Pat Inflamm Allergy Drug Discov. 12(1), 69-77.

Barrett, E., et al. (2012). Gamma-Aminobutyric acid production by culturable bacteria from the human intestine. J Appl Microbiol 113, 411–417.

Bhattacharjee, S., & Lukiw, W. J. (2013). Alzheimer's disease and the microbiome. Front Cell Neurosci. 7:153. Published.10.3389/fncel.2013.00153.

Boyce, J. A., et al. (2010). Guidelines for the diagnosis and management of food allergy in the United States: report of the NIAID-sponsored expert panel. J Allergy Clin Immunol. 126(6 Suppl), S1-58.

Braniste, V., et al. (2014). A microbiota intestinal influencia a permeabilidade da barreira hematoencefálica em camundongos. Medicina translacional científica vol. 6. 263ra158.10.1126/scitranslmed.3009759.

Bruno, L. (2018). Reprogramando seus Genes pela Alimentação. São Paulo: SP.

Cadonic, C., et al. (2016). Mechanisms of Mitochondrial Dysfunction in Alzheimer's Disease. Mol Neurobiol. 53(9):6078-6090. 10.1007/s12035-015-9515-5. Epub, PMID: 26537901.

Carreiro, D. (2019). Alergia, hipersensibilidade e intolerância alimentar. São Paulo.

Carreiro, D.M. (2017). Alimentação e Disturbios de Comportamento – (3ª ed.), SP.

Carvalho, D. C. (2019). Quebrando o círculo vicioso. – (1ª ed,): Editora Vital. Brasil. 160.

Caubet, J. C., et al. (2014). Clinical features and resolution of food protein-induced enterocolitis syndrome: 10-year experience. J Allergy Clin Immunol. 134:382-9.

Clark, I. A., et al. (2010). The roles of TNF in brain dysfunction and disease. Pharmacol Ther. 128(3):519-48. 10.1016/j.pharmthera.2010.08.007. Epub PMID: 20813131

Cryan, J. F., et al. (2020). The gut microbiome in neurological disorders. Lancet Neurol. 19(2), 179-194. 10.1016/S1474-4422(19)30356-4. Epub 18. PMID: 31753762

Donin, A. S., et al. (2018). Takeaway meal consumption and risk markers for coronary heart disease, type 2 diabetes and obesity in children aged 9-10 years: a cross-sectional study. Arch Dis Child, 103, 431-6.

Duffey, K. J., et al. (2009). Regular consumption from fast food establishments relative to other restaurants is differentially associated with metabolic outcomes in young adults. J Nutr 139:2113-8.

Elizabeth, L. P., et al. (2014). Nutrition and brain development in early life, Nutrition Reviews, 72, Issue 4, 1 Pages 267–284

Fernandes, B. N., et al. Food protein-induced enterocolitis syndrome can occur in adults. J Allergy Clin Immunol. 2012; 130:1199-200.

Fiorentino, M., et al. (2016). Blood-brain barrier and intestinal epithelial barrier alterations in autism spectrum disorders. Mol Autism. 29, 7-49. 10.1186/s13229016-0110-z. PMID: 27957319; PMCID: PMC5129651.

Gustafson, A., et al. (2017). Direct effects of the home, school, and consumer food environments on the association between food purchasing patterns and dietary intake among rural adolescents in Kentucky and North Carolina, Int J Environ Res Public Health, 14:E1255.

Guyton, A. C., & Hall, J. (2011). E Tratado De Fisiologia Médica 12. Brooklin - São Paulo – SP.

Hu, X., et al. (2016). Alzheimer's disease and gut microbiota. Sci China Life Sci., 59(10), 1006-1023.10.1007/s11427-016-5083-9. Epub. PMID: 27566465.

Järvinem, K. M., et al. (2015). Role of maternal elimination diets and human milk IgA in development of cowl’s milk allergy in the infants. Clin Exp Allergy. 44(1): 69-78.

Jimenez, S. R., et al. (2015). Consumo de nutracéuticos, una alternativa en la prevención de las enfermedades crónicas no transmisibles. Biosalud, Manizales, 14(2), 1-103.

Kumar, S., & Kelly, A. S. (2017). Review of childhood obesity: from epidemiology, etiology, and comorbidities to clinical assessment and treatment. Mayo Clin Proc 92, 25165

Lazarus, P. A. T. (1997). A cura da mente através da terapia nutricional: Campus.

Lewis, M. N., et al. (2017). Screening for hypertension in children and adolescents: methodology and current practice recommendations. Front Pediatr 5-51.

Mansoor, D. K., & Sharma, H. P. (2011). Clinical presentations of food allergy. Pediatr Clin North Am. 58, 315-26.

Mazurek, D., & Wyka, J. (2015). Down syndrome--genetic and nutritional aspects of accompanying disorders. Rocz Panstw Zakl Hig. 66(3), 189-94. PMID: 26400113).

Melanie, C., & Dispenza, M. D. (2019). Classification of hypersensitivity reactions.

Meyer, R., et al. (2012). A review on the diagnosis and management of food-induced gastrointestinal allergies. Curr Allergy Clin Immunol. 25, 1-8.

Moraes, S. R., et al. (2021). Alimentação fora de casa e biomarcadores de doenças crônicas em adolescentes brasileiros. ARTIGO, Cad. Saúde Pública 37 (1).

Morris, G., et al. (2018). Leaky brain in neurological and psychiatric disorders: Drivers and consequences. Aust N Z J Psychiatry. 52(10), 924-948. 10.1177/0004867418796955. PMID: 30231628.

Ozawa, H., et al. (2021). Effects of Dietary Food Components on Cognitive Functions in Older Adults. Nutrients. 16, 13(8), 2804. 10.3390/nu13082804. PMID: 34444965; PMCID: PMC8398286.)

Paschoal, V., et al. (2007). Nutrição Clínica Funcional. São Paulo. Editora Vp.

Rasmussen, L. J., et al. (2013). “Resposta a danos no DNA, bioenergética e doenças neurológicas: o desafio de manter a saúde do cérebro em uma população humana em envelhecimento.” Mecanismos de envelhecimento e desenvolvimento vol. 134,10, 427-33.10.1016/j.mad.2013.05.001

Robison, R. G., et al. (2012). Food allergy. Allergy Asthma Proc. 33 Suppl 1:77-79. 10.2500/aap.2012.33.3556. PMID: 22794696.

Sarinho, E., & Lins, M. G. G. (2017). Formas graves de alergia alimentar. Artigos de Revisão, J. Pediatr. (Rio J.) 93 (suppl 1).

Sampson, H. A. (2016). Food allergy: past, present and future. Allergol Int. 65, 363-9.

Scott, H., et al. (2014). Sampson, MD - Food allergy: Epidemiology, pathogenesis, diagnosis, and treatment.

Seth, D., et al. (2020). Food Allergy: A Review. Pediatr Ann. 1, 49(1):e50-e58. 10.3928/19382359-20191206-01. PMID: 31930423.

Silva, A. M. L., et al. (2019). A introdução alimentar precoce e o risco de alergias: Revisão da literatura. Revista eletrônica trimestral de enfermeria. Nº 54.

Sociedade Brasileira de Pediatria e Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia. (2007). Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar: Rev Bras Alerg Imunopatol. 31(2):65-89.

Souza, N. C., et al. (2012). Intestinal permeability and nutritional status in developmental disorders. Altern Ther Health Med. 18(2):19-24. Erratum in: Altern Ther Health Med. 18(6), 79. PMID: 22516881.)

Tomasello, G., et al. (2016). Nutrition, oxidative stress and intestinal dysbiosis: Influence of diet on gut microbiota in inflammatory bowel diseases. Biomed Pap Med Fac Univ Palacky Olomouc Czech Repub. 160(4):461-466. 10.5507/bp.2016.052. Epub 2016 Oct 26. PMID: 27812084

Valenta, R., et al. (2015). Food allergies: the basics. Gastroenterology. = 148:112031. e4.

Verkhratsky, A, et al. (2010). Astrócitos na doença de Alzheimer. Neuroterapêutica. 7(4):399412.10.1016/j.nurt.2010.05.017.

Vorhees, C. V., et al. (2021). Translating Neurobehavioral Toxicity Across Species From Zebrafish to Rats to Humans: Implications for Risk Assessment. Front Toxicol. 3, 629229.

Welling, M. M., et al. (2015). Potential role of antimicrobial peptides in the early onset of Alzheimer's disease. Alzheimer’s Dementia 11, 51–57.

World Health Organization (WHO). (2003). Diet, nutrition and prevention of chronic diseases. Report FAO/WHO Expert Consulation. Geneva: WHO.

Yonamine, G. H. (2021). Alergia alimentar: alimentação, nutrição e terapia nutricional – (1ª ed.) (SP): Manole.

Zhang, Y., et al. (2016). Intakes of fish and polyunsaturated fatty acids and mild-to-severe cognitive impairment risks: a dose-response meta-analysis of 21 cohort studies. Am J Clin Nutr.

Zhou, L., et al. (2018). A alergia alimentar induz alteração no estado inflamatório cerebral e deficiências cognitivas. Pesquisa Comportamental do Cérebro.10.1016/j.bbr.2018.01.011.

Downloads

Publicado

12/10/2022

Como Citar

BASTOS, B. M. M. .; FIGUEIREDO, R. S. . Terapia nutricional como ferramenta de modulação na hipersensibilidade alimentar como causa etiológica de patologias neuronais . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 13, p. e465111335871, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i13.35871. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/35871. Acesso em: 6 abr. 2025.

Edição

Seção

Artigos de Revisão