Percepção de estudantes de graduação de áreas da saúde sobre o ensino remoto emergencial no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i14.35992Palavras-chave:
Aprendizagem; Graduação; Universidades públicas; Pandemia Covid-19.Resumo
A educação brasileira enfrentou inúmeros desafios com o surgimento e disseminação do coronavírus, por isso o trabalho, propôs questionar os graduandos sobre a experiência do ensino remoto emergencial e quais as facilidades e dificuldades encontradas no período. Trata-se de uma pesquisa mista: observacional transversal e qualitativa descritiva. A população foi composta por graduandos da área da saúde de universidades estaduais brasileiras que responderam ao questionário via plataforma on-line Google Forms® referente ao ensino remoto emergencial durante a pandemia da Covid-19, no período de setembro a novembro de 2021. Para os dados quantitativos foi realizada estatística descritiva, já para as perguntas abertas as respostas foram categorizadas conforme a análise de conteúdo do discurso. Foram analisados dados de 67 graduandos, dos quais 56,7% relataram ter um bom aproveitamento com as atividades realizadas de forma on-line. 74,6% dos estudantes encontram-se satisfeitos com a adaptação das ferramentas digitais para o acompanhamento das atividades remotas. Além disso, 65,7% dos graduandos afirmam que os professores tiveram bom desempenho ao adaptar o conteúdo presencial para o remoto, ressaltando a sua importância no processo de aprendizagem. Por outro lado, ao serem questionados quanto às facilidades e dificuldades que vivenciaram no ensino remoto, a maioria relataram aspectos negativos, como dificuldades de concentração/ aprendizado, problemas de saúde, internet ruim, ambiente inadequado, até questões didáticas, como a metodologia adotada, a falta de interação, dificuldade na adaptação das ferramentas, além de sobrecarga das atividades.
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