Uso etnobotânico da Lippia Linn (Verbenaceae): uma revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i14.36330Palavras-chave:
Erva-cidreira; Verbenaceae; Plantas medicinais; Intoxicação.Resumo
O Brasil possui a maior biodiversidade genética do mundo, o que estimula do uso e desenvolvimento de plantas medicinais. As plantas medicinais possuem princípios bioativos e propriedades farmacológicas, promovendo assim uma interação entre plantas e pessoas. Dentre essas plantas, destaca-se a Lippia Lin.n, popularmente conhecida como melissa ou falsa-melissa, erva-cidreira, erva-cidreira-de-arbusto ou cidreira-brasileira, chá-de-tabuleiro, salva-limão, alecrim-do-campo, muito utilizada pelas pessoas no tratamento e prevenção de doenças. Contudo, com o uso inapropriado dessas plantas, as intoxicações podem ocorrer em razão da ingestão de quantidades excessivas, ou do preparo inadequado. Portanto, o objetivo dessa pesquisa foi identificar a prevalência do uso da Lippia Linn. na etnobotânica através da base de dados Scielo e avaliar se já houveram intoxicações com o uso da mesma. Diante disso, foi realizado um levantamento bibliográfico sistematizado na base de dados Scielo sobre o uso etnobotânico de Lippia Linn. Os descritores utilizados nas pesquisas foram “etnobotânico”, “Lippia”, “intoxicação” junto ao operador booleano or, selecionando os trabalhos publicados entre os anos de 2018 a 2020. Foram utilizados os critérios de inclusão estudos que relacionavam o uso etnobotânico da Lippia Linn., intoxicações que podem ter sido causadas pelo uso da planta e artigos no idioma português e inglês, publicados nos últimos dois anos.
Referências
Almeida, C. et al. (2020). Inter-relações no cuidado com as plantas medicinais - “vem de berço”. Enfermería (Montevideo) [online].vol.9, n.2 [citado 2022-09-29], pp.229-242. http://www.scielo.edu.uy/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2393-66062020000200229&lng=es&nrm=iso>. Epub 01-Dic-2020. ISSN 1688-8375. https://doi.org/10.22235/ech.v9i2.2208.
Camillo, F. C. (2016). Lippia alba (Mill.) N.E. Br. ex Britton & P. Wilson uma espécie nativa promissora para a introdução em programas nacionais de plantas medicinais e fitoterápicos. Revista Fitos, Suplemento, p. 21-26.
Campos, S. C.; Silva, C. G.; Campana, P. R. V.; et al. (2016). Toxicidade de espécies vegetais. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 18(1, supl 1), 373–382, 2016.
Cardoso, P. H. et al. (2020). Verbenaceae no Parque Estadual do Pico do Itambé, Estado de Minas Gerais, Brasil. Hoehnea [online]. 2020, v. 47 , e122020. https://doi.org/10.1590/2236-8906-12/2020>. Epub 09 Out 2020. ISSN 2236-8906. https://doi.org/10.1590/2236-8906-12/2020.
Cordeiro, M. F et al. (2022). Caracterização fitoquímica e atividades biológicas de Plectranthus barbatus Andrews. Revista Brasileira de Biologia [online]. 2022, v. 82 [Acessado em 21 de setembro de 2022], e236297. https://doi.org/10.1590/1519-6984.236297>. Epub 29 de março de 2021. ISSN 1678-4375. https://doi.org/10.1590/1519-6984.236297.
Ferreira, A. L. S, et al. (2020). Etnobotânica e o uso de plantas medicinais na Comunidade Barreirinho, Santo Antônio de Leverger, Mato Grosso, Brasil. Interações (Campo Grande) [online]. 2020, 21(4), [Acessado 27 Setembro 2022] , pp. 817-830. https://doi.org/10.20435/inter.v21i4.1924>. Epub 14 Dez 2020. ISSN 1984-042X. https://doi.org/10.20435/inter.v21i4.1924.
Hussain, M. et al. (2022). Um estudo etno-botânico de plantas medicinais indígenas e seu uso em vales rurais da região de Swabi e Hazara do Paquistão. Revista Brasileira de Biologia [online]. 2022, v. 82, e243811. https://doi.org/10.1590/1519-6984.243811. Epub 28 de maio de 2021. ISSN 1678-4375. https://doi.org/10.1590/1519-6984.243811.
Lamarca, E. V, et al. (2019). Etnobotânica na conservação de espécies com sementes sensíveis à dessecação: o exemplo da Eugenia brasiliensis Lam.. Hoehnea [online]. 2020, v. 47 [Acessado 27 Setembro 2022] , e372019. https://doi.org/10.1590/2236-8906-37/2019>. Epub 09 Out 2020. ISSN 2236-8906. https://doi.org/10.1590/2236-8906-37/2019.
Million, J. L et al. (2020). Plantas medicinais e ritualísticas dos Kaiowá do Tekoha Taquara como contribuição para a demarcação da terra ancestral, Mato Grosso do Sul, Brasil. Rodriguésia [online]. 2020, v. 71 [Acessado 27 Setembro 2022] , e04222017. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071138>. Epub 25 Nov 2020. ISSN 2175-7860. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071138.
Oliveira, D. R.; et al. (2007). ChemicalandantimicrobialanalysesofessentialoilofLippiaoriganoides H.B.K. Food Chemistry, 101, 236–240, 2007.
Pohl, C. et al. (2007). Spontaneous poisoning by Cestrum intermedium in dairy cattle. Pesquisa Veterinária Brasileira, 41, 2021.
Silva, D. S, et al. (2022). Mamíferos de médio e grande porte de uma área úmida protegida privada no corredor biológico Cerrado-Amazônia, Brasil. Revista Brasileira de Biologia [online]. 2023, v. 83, e243666. https://doi.org/10.1590/1519-6984.243666>. Epub 03 de setembro de 2021. ISSN 1678-4375. https://doi.org/10.1590/1519-6984.243666.
Salimena, F. R. G. E & Múlgura, M.E . (2015). Notas taxonômicas em Verbenaceae do Brasil. Rodriguésia, pp. 191-197, 2015.
Santos, E A & Andrade, L H. C. (2022). Conhecimento etnobotânico de moradores do Sítio Histórico de Olinda, Patrimônio Natural e Cultural da Humanidade. Rodriguésia [online]. 2020, v. 71 [Acessado 27 Setembro 2022] , e01072018. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071136>. Epub 25 Nov 2020. ISSN 2175-7860. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071136.
Sharif, A. et al. (2022). Usos etnomedicinais de plantas para várias doenças nas áreas remotas da Floresta Changa Manga, Paquistão. Revista Brasileira de Biologia [online]. 2024, v. 84 [Acessado em 29 de setembro de 2022], e255916. https://doi.org/10.1590/1519-6984.255916>. Epub 25 de março de 2022. ISSN 1678-4375. https://doi.org/10.1590/1519-6984.255916.
Siqueira, B. V. L et al. (2022). Mercúrio: os primórdios da medicalização de nomes comuns de plantas medicinais no Brasil. Rodriguesia [online]. 2020, v. 71 [Acessado em 29 de setembro de 2022], e00972019. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071056>. Epub 13 de julho de 2020. ISSN 2175-7860. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071056.
Soria Rey, N. (2021). Plantas usadas en afecciones digestivas en Paraguay. Rev. Soc. cient. Parag. [online]. 2021, 26(2), [cited 2022-09-28], pp.163-176. Available from: <http://scielo.iics.una.py/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2617-47312021000200163&lng=en&nrm=iso>. ISSN 2617-4731. https://doi.org/10.32480/rscp.2021.26.2.163.
Soria, N. et al. (2020). Etnobotánica y uso de plantas medicinales en unidades familiares de salud de Caaguazú, Paraguay. Caldasia [online]. 2020, 42(2), [cited 2022-09-28], pp.263-277. http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0366-52322020000200263&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0366-5232. https://doi.org/10.15446/caldasia.v42n2.76907.
Tavares, L. S. et al (2020). Antimicrobial peptide selection from Lippia spp leaf transcriptomes. Peptídeos. v.129, jul 2020.
Vasconcelos, J. et al. (2009). Plantas tóxicas: conhecer para prevenir. Revista Científica da UFPA, 7(1), 1-10, 2009.
Vilela, D. A. D.; et al. (2020). Lippia alnifolia essential oil induces relaxation on Guinea-pig trachea by multiple pathways. Journal of Ethnopharmacology, 246, 10 de jan de 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Mayra Graziela Barreto Soares; Laiane da Costa e Sousa; Marcos Paulo Santos Passos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.