Avaliação da contaminação microbiológica de limas endodônticas em embalagens primárias – novas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i14.36352Palavras-chave:
Contaminação biológica; Noxas; Instrumentos odontológicos.Resumo
As limas endodônticas são elementos imprescindíveis na realização da Endodontia. O sucesso passa pelo diagnóstico assertivo, adequado planejamento e correta execução da técnica. Tudo isso associado aos cuidados com a segurança da cadeia asséptica. O presente estudo tem como objetivo avaliar a existência de contaminação microbiológica em limas endodônticas novas e as suas respectivas embalagens. Por vezes, os profissionais utilizam as limas novas, recém-retiradas das embalagens sem esterilização, por acreditar que a contaminação cruzada se dá de um paciente para outro, e a lima sendo nova, essa contaminação não está presente. Propôs-se então o controle microbiológico a partir da coleta das superfícies das limas novas e as suas respectivas embalagens. Após a coleta cada grupo foi realizado a semeadura em placas de Petri. Os meios de cultura selecionados foram Àgar Sangue, Ágar Manitol e Ágar Mac Conkey. A seguir, as placas foram incubadas em estufa convencional a 37°C durante 48 horas. Foi realizada a leitura da contaminação e a mensuração dos resultados via coloração de gram. Houve crescimento microbiológico de 100% das limas endodônticas no meio de cultura Ágar Sangue - que evidenciam crescimento de micro-organismos cocos gram-positivos e bacilos gram-positivos e negativos. Nas embalagens das limas houve crescimento microbiológico nos meios Ágar sangue com crescimento de cocos gram-positivos, Ágar Manitol - com crescimento de cocos gram-negativos e Ágar Mac Conkey com cocos gram-negativos e bacilos gram-positivos. Deste modo conclui-se que há, contaminação microbiológica em limas endodônticas em embalagem primária/ novas e há a necessidade de esterilização prévia ao uso.
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