Tumor de células gigantes do osso do seio maxilar: Uma rara manifestação implicada em um novo modelo de desordens?
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i14.36499Palavras-chave:
Tumor de células gigantes do osso; Neoplasias do Seio Maxilar; Neoplasia de Cabeça e Pescoço; Cavidade Nasal; Maxila; Seios paranasais.Resumo
O objetivo deste trabalho é relatar um raro caso de Tumor de Células Gigantes do Osso em Seio Maxilar implicado em um processo coincidentemente ou casualmente com outro tipo de lesão primariamente desenvolvida na região. Paciente, masculino, 33 anos, atendido no serviço de cirurgia bucomaxilofacial, apresentando tumefação, obstrução e uma firme massa externalizada pela narina direita com duração de 6 meses. Durante a anamnese o paciente relatou ter sido submetido a biópsia incisional 4 anos atrás, na mesma região, com diagnóstico de paraganglioma nasal, contudo o estudo imunohistoquímico foi negativo para este tumor. Na avaliação Tomográfica foi observado massa hiperdensa ocupando todo o seio maxilar. Na avaliação de Ressonância Nuclear Magnética foi observado também uma massa com hipersinal, invadindo a cavidade nasal e porção da base do crânio. Uma janela óssea foi realizada no seio maxilar direito e a biópsia excisional foi instituída. No novo exame histopatológico o diagnóstico foi consistente com Tumor de Células Gigantes do Osso, sendo observado um largo número de células gigantes multinucleadas, alguns com desorganização nuclear e outras similares às células gigantes de Touton. Larga proliferação de células xantomatosas também foi observado sem sinais de malignidade. Após 3 anos de proservação o paciente evoluiu sem complicações ou recidiva. A associação entre as lesões ocorrendo no mesmo lugar requer estudos mais aprofundados, possivelmente implicado em um novo modelo de desordens clinicas, microscopicas e genéticas. Sendo assim, massas originadas de tecidos cronicamente inflamados poderão ter o potencial de se transformarem em TCGO?
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