Hannibal Lecter: o glamour de um psicopata pelas lentes do cinema
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i14.36515Palavras-chave:
Transtorno de personalidade antissocial; Psicopata; Romantização.Resumo
Este artigo traz uma análise do Transtorno de personalidade antissocial existente no personagem Hannibal Lecter, da série de televisão Hannibal, lançada pela NBC. O trabalho apresenta uma análise crítica do transtorno e como este é distorcido pela indústria cinematográfica que romantiza as ações e posicionamentos do personagem Hannibal. Este artigo teve como objetivo geral apresentar uma análise crítica da romantização cinematográfica construída para o psicopata Hannibal Lecter, na série Hannibal. Esta pesquisa foi um trabalho de análise de caso, de procedimento bibliográfico e abordagem qualitativa. Utilizou-se de uma série de televisão como caso a ser estudado. Os resultados apontam que a romantização e glamorização dos atos do personagem com Transtorno de Personalidade Antissocial levou a indústria cinematográfica a realizar diversas adaptações do transtorno e a do personagem de expressar os sintomas típicos da patologia. Verificou-se ainda que essa distorção da patologia do personagem visa atender a uma demanda comercial de entretenimento em massa, levando o telespectador a “glamorizar” os comportamentos de um psicopata. Em vista disso realizou-se uma crítica a demonstração fantasiosa dos transtornos mentais apontados dentro da série em questão, informando o que é ficção e o que é realidade a partir de análises e estudos dentro da psicologia.
Referências
American Psychiatric Association (2014). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-V. Artmed.
Baptista, M. S. L., & Silva Junior, S. C. (2020) Psicopatia e transtorno de personalidade antissocial: uma revisão bibliográfica. Rev. Cient. Eletr. Psico FAEF, 34(2), 1-9.
Benczik, E.B.P. (2011). A importância da figura paterna para o desenvolvimento infantil. Revista Psicopedagogia, 28(85), 67-75. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862011000100007&lng=pt&tlng=pt.
Cemolin, M. (2021). Cinema, imaginário social e serial killers: uma análise do filme “a irresistível face do mal.” Repositorio.animaeducacao.com.br https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/16768
Denzin, N.K.; & Lincoln, Y.S. (2006) O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. Artmed.
Doiche, E. P. P. (2012). A lenda de Hannibal Lecter: um estudo da carnavalização nos filmes o silêncio dos inocentes, Hannibal e dragão vermelho. Dspace.mackenzie.br. http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/25291
Duarte, I. T., & Carlesso, J. P. P. (2019). Psicanálise, Cinema e Subjetividade: como a Sétima Arte interfere na Construção e Reconstrução da Subjetividade. Res. Soc. Dev., 8(4):e2384820
Dutton, K. (2018) A sabedoria dos psicopatas. Record.
Gil, A. A. C. (2010). Como elaborar projetos de pesquisa. Atlas.
Hare, R. (2013). Sem consciência: o mundo perturbado dos psicopatas que vivem entre nós. Artmed.
Junewicz, A., & Billick, S. B. (2021). Antecipando o Desenvolvimento de Comportamento Antissocial e Traços Psicopáticos. Jornal da Academia
Americana de Psiquiatria e Direito, 1(2), 1-16.
Keppel, R. D & Birnes, W. J (2008) Serial Violence: Analysis of Modus Operandi and Signature Characteristics of Killers. CRC press
Martinelli, S. S., & Cavalli, S. B. (2019) Alimentação saudável e sustentável: uma revisão narrativa sobre desafios e perspectivas. Ciênc. saúde coletiva, 24(11), 4251-4261. https://www.scielosp.org/pdf/csc/2019.v24n11/4251-4262/pt
Martins, F.S.C. (2022) Psicopatia e hipoativação cortical medida pela suscetibilidade ao efeito de Pattern Glare. [Dissertação de Mestrado, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto] https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/141809/2/568846.pdf
Matos, D. I. (2011) Slasher movies: serial killers e imaginário Social. [Apresentação de trabalho] III Encontro Nacional de Estudos da Imagem, Londrina, Paraná.
Matos, D. I. (2015). Serial killers: cinema, imaginário e crimes seriais. Cultura histórica & patrimônio, 3(1), 83–98. http://publicacoes.unifal-mg.edu.br/revistas/index.php/cultura_historica_patrimonio/article/view/05_art_v3n1_matos
Minayo, M.C.S., Deslandes, S. F. & Gomes, R. (2012) Pesquisa Social: Teoria, método e criatividade. (32a ed.) Vozes
Moura, L. A. (2017). Anticristos Superstars - O mito dos serial killers como anti-heróis numa sociedade de extremismos. [Dissertação de mestrado em Comunicação, Arte & Cultura, Universidade do Minho, Braga] https://www.researchgate.net/publication/317175968_A_seriacao_como_novidade_-_A_originalidade_vinda_da_repeticao_Os_Serial_Killers_e_os_media
Organização Mundial de Saúde (1997). Classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados a saúde - CID 10. (5a ed.) São Paulo: USP.
Oliveira, E.S., & Galdino, R. M. N (2013, 9 a 13 de dezembro). A influência midiática e as representações de psicopatia: uma análise socio-psicanalítica do universo de Dexter. [Apresentação de trabalho] XIII Jornada de ensino, pesquisa e extensão–JEPEX 2013. Recife, Pernambuco.
Oliveira, J. C., & Bovinci, C. R. (2021). Psicopatia no ambiente de trabalho. Research, Society and Development, 10(5), e383101522788. https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/22788
Parmeggiani, I. N. S., & Melo, M. A. A. (2017). Hannibal: Análise funcional de um caso de transtorno de personalidade antissocial e canibalismo. Revista saúde multidisciplinar, (1), 150-162, http://revistas.famp.edu.br/revistasaudemultidisciplinar/article/view/51
Pires, M. da C. F., & Silva, S. L. P. da. (2014). O cinema, a educação e a construção de um imaginário social contemporâneo. Educação & Sociedade, 35, 607–616. https://doi.org/10.1590/S0101-73302014000200015
Ribeiro, E.F.J., Sardinha, L., & Lemos, V.A. (2019) Psicopatia, transtornos de personalidade e medida de segurança: um olhar do psicólogo forense. Diálogos interdisciplinares, 8(8), 31-38. Recuperado em 15 de setembro de https://revistas.brazcubas.br/index.php/dialogos/article/view/797/805
Rother, E. T. (2007). Revisão sistemática X revisão narrativa. Acta paul. enferm. 20(2), Editorial. https://www.scielo.br/j/ape/a/z7zZ4Z4GwYV6FR7S9FHTByr/
Santos, R. S. C., & Brito, M.H.C. (2020). Categorização da psicopatia: a interferência da inconsistência classificatória na aplicabilidade jurídica. Revista de direito, 12(02), 1-21
Silva, A. B. B. (2018). Mentes perigosas o psicopata mora ao lado. (3a ed.) Principium.
Silva, L. S. (2021). Mindhunter e a representação dos serial killers na ficção seriada baseada em fatos reais. [Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal da Bahia, Salvador] https://repositorio.ufba.br/handle/ri/33379
Taborda, J. G. V. (2012) Psiquiatria forense. (2a ed.) Artmed.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Julio César Weiss de Souza; Nicole Costa de Oliveira; Julio César Pinto de Souza
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.