Análise do perfil farmacológico, fitoquímico e microbiológico da Brosimum gaudichaudii Trécul: Uma revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i14.36530Palavras-chave:
Brosimum gaudichaudii Trécul; Plantas medicinais; Farmacológicos; Fitoquímicos; Microbiológicos.Resumo
Estudos envolvendo as plantas e suas propriedades vêm sendo bastante exploradas pelos cientistas nos últimos anos devido apresentar potenciais curativos e prevenção de doenças. Dentre as diversas plantas medicinais, têm-se a Brosimum gaudichaudii Trécul, encontrada no cerrado brasileiro, sendo considerada uma planta medicinal pela população. Desse modo, o presente trabalho propõe a realização de uma revisão bibliográfica dos artigos disponibilizados em 2 bases de dados, objetivando avaliar os parâmetros farmacológicos, fitoquímicos e microbiológicos da B. gaudichaudii Para análise deste estudo, selecionou-se 2 bases de dados, PubMed e o Portal de Periódicos da CAPES, utilizando as seguintes palavras-chave: Brosimum gaudichaudii; Brosimum gaudichaudii & pharmacological; Brosimum gaudichaudii & phytochemical; Brosimum gaudichaudii & microbiological, estabelecendo como critérios de inclusão somente trabalhos publicados nos últimos 10 anos que traçaram o perfil pré-determinados da planta. De 167 trabalhos encontrados, apenas 8 artigos foram selecionados para análise após aplicar os critérios de exclusão e inclusão. Em geral, a pesquisa mostrou que as propriedades farmacológicas são empregadas na fotoquimioterapia no tratamento de doenças melanogênicas, devido à presença de furanocumarinas. O extrato hidroetanólico da planta, exibiu 18 componentes bioativos detectados pela técnica HPLC ESI-MS. Por fim, os parâmetros de análise das propriedades antimicrobianas frente a inativação de bactérias e fungos resistentes, por meio de estudos in vitro, exibiram resultados satisfatórios.
Referências
Amorozo, M. C. D. M. (2002). Uso e diversidade de plantas medicinais em Santo Antônio do Leverger, MT, Brasil. Acta botânica brasilica, 16, 189-203.
Anibal, P. C. (2007). Potencial de ação antimicrobiana in vitro de extratos de plantas na inibição de Candida spp, Streptococcus mutans e Staphylococcus aureus (Dissertação de mestrado). Universidade Estadual Campinas, Piracicaba, São Paulo, Brasil.
Borges, J. C., Perim, M. C., Castro, R. O., Araújo, T. A. S., Sobrinho, T. J. S. P., Silva, A. C. O., Mariano, S. M. B., Carreiro, S. C., & Pranchevicius, M. C. S. (2017) Evaluation of antibacterial activity of the bark and leaf extracts of Brosimum gaudichaudii Trécul against multidrug resistant strains. Natural Product Research, 31(24), 2931-2935. 10.1080/14786419.2017.1305379.
Braga, C. M. (2011). Histórico da utilização de plantas medicinais (Trabalho de Conclusão de Curso). Consórcio Setentrional de Educação a Distância, Brasilia, Distrito Federal, Brasil.
Campos, C. J. G. (2004). Método de análise de conteúdo: ferramenta para a análise de dados qualitativos no campo da saúde. Revista Brasileira de Enfermagem, 57(5), 611-614.
Carvalho, E. T., Paes, M. M., Cunha, M. S., Brandão, G. C., Mapeli, A. M., Rescia, V. C., Oestrereich, A. A., & Villas-Boas, G. R. (2020). Ethnopharmacology of Fruit Plants: A Literature Review on the Toxicological, Phytochemical, Cultural Aspects, and a Mechanistic Approach to the Pharmacological Effects of Four Widely Used Species. Molecules, 25(17). doi: 10.3390/molecules25173879.
Coutinho, L. A., Gonçalves, C. P., & Marcucci, M. C. (2020). Composição química, atividade biológica e segurança de uso de plantas do gênero Mikania. Revista Fitos, 14(1), 118-144. 10.32712/2446-4775.2020.822.
Engelbrecht, L. M. W., Ribeiro, R. V., Yoshida, N. C., Gonçalves, V. S., Pavan, E. M. W., Martins, D. T. O., & Santos, E. L. (2021). Chemical characterization, antioxidant and cytotoxic activities of the edible fruits of Brosimun gaudichaudii Trécul, a native plant of the Cerrado biome. Chemistry Biodiversity, 18(7). 10.1002/cbdv.202001068.
Filho, A. C. P. M., Filho, J. G. O., & Castro, C. F. S. (2021). Estudo físico-químico, fitoquímico e atividades biológicas do extrato do fruto maduro de Brosimum gaudichaudii Tréc. (Moraceae). Scientific Eletronic Archives, 14(7), 74-83. doi: https://doi.org/10.36560/14720211309.
Filho, R. B. (2010). Contribuição da fitoquímica para o desenvolvimento de um país emergente. Química Nova, 33(1), 229-239. https://doi.org/10.1590/S0100-40422010000100040.
Firmo, W. C. A., Menezes, V. J. M., Passos, C. E. C., Dias, I. C. L., Neto, M. S., & Olea, R. S. G. (2011). Contexto histórico, uso popular e concepção científica sobre plantas medicinais. Caderno de pesquisa, 18.
Galvão, M. C. B., & Ricarte, I. L. M. (2020). Revisão sistemática da literatura: conceituação, produção e publicação. LOGEION: filosofia da informação, 6(1), 57-73. doi: https://doi.org/10.21728/logeion.2019v6n1.p57-73.
Gama, R. G. M., & Chaves, M. H. C. (2019). Boas práticas de cromatografia líquida de alta eficiência: uma abordagem para o controle de qualidade farmacêutico. Scientia Chromatographica, 11(3), 108-125.
Guedes, R. C., Nogueira, N. G., Fusco-Almeida, A. M., Souza, C. R., & Oliveira, W. P. (2009). Atividade antimicrobiana de extratos brutos de Petiveria alliacea L. Latin American Journal of Pharmacy, 28(4), 520-524.
Jacomassi, E., Moscheta, I. S., & Machado, S. R. (2007). Morfoanatomia e histoquímica de Brosimum gaudichaudii Trécul (Moraceae). Acta Botanica Brasilica, 21, 575-597.
Jacomassi, E., Moscheta, I. S., & Machado, S. R. (2010). Morfoanatomia e histoquímica de órgãos reprodutivos de Brimum gauduchaudii. Revista brasileira de botânica, 33(1), 115-129. Doi: https://doi.org/10.1590/S0102-33062007000300006.
Land, L. R. B., Borges, F. M., Borges, D. O., & Pascoal, G. B. (2017). Composição centesimal, compostos bioativos e parâmetros físico-químicos da mama-cadela (Brosimum gaudichaudii Tréc) proveniente do Cerrado Mineiro. Demetra, 12(2), 509-518. doi: 10.12957/demetra.2017.25465.
Leão, A. R., Cunha, L. C., Parente, L. M. L., Castro, L. C. M., Chaul, A., Carvalho, H. E., Rodrigues, V. B., & Bastos, M. A. (2005). Avaliação toxicológica preliminar do viticromin® em pacientes com vitiligo. Revista Eletrônica de Farmácia, 2(1), 15-23.
Leão, R. B. A., Ferreira, M. R. C., & Jardim, M. A. G. (2007). Levantamento de plantas de uso terapêutico no município de Santa Bárbara do Pará, Estado do Pará, Brasil. Revista Brasileira de Farmácia, 88(1), 21-25.
Lourenço, M. V. (2001). Estudo comparativo dos constituintes químicos de Brosimum gaudichaudii Trécul e do medicamento V. (Tese de doutorado). Instituto de Química, Universidade Estadual Paulista, São Paulo, SP, Brasil.
Machado, R. D., Morais, M. C., Conceição, E. C., Vaz, B. G., Chaves, A. R., & Rezende, K. R. (2020). Crude plant extract versus single compounds for vitiligo treatment: Ex vivo intestinal permeability assessment on Brosimum gaudichaudii Trécul. Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis. 10.1016/j.jpba.2020.113593
Maciel, M. A. M., Pinto, A. C., Veiga Jr, V. F., Grynberg, N. F., & Echevarria, A. (2002). Plantas medicinais: a necessidade de estudos multidisciplinares. Química nova, 25, 429-438.
Martins, F. S., Sy, S. K. B., Conceição, E. C., Fonseca, M. J. V., & Freitas, O. (2020). Melanogenic Effect and Toxicity Assessments of Standardized Extract of Brosimum gaudichaudii Revista Brasileira de Farmacognosia. 30, 597-601. 10.1007/s43450-020-00078-6
Menezes Filho, A. C. P., Oliveira Filho, J. G., & de Souza Castro, C. F. (2021). Estudo físico-químico, fitoquímico e atividades biológicas do extrato do fruto maduro de (Brosimum gaudichaudii Tréc.) (Moraceae). Scientific Electronic Archives, 14(7), 74-83. http://dx.doi.org/10.36560/14720211309.
Militão, G. C. G (2005). Potencial antitumoral de flavonóides isolados de plantas do nordeste brasileiro: estudos preliminares da relação estrutura-atividade citotóxica (Dissertação de mestrado). Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Ceará, Brasil.
Oliveira, A. L. S., & Figueiredo, A. D. L. (2007). Prospecção Fitoquímica das Folhas de Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville (Leguminosae-Mimosoidae). Revista Brasileira de Biociências, 5(S2), 384-386.
Ostrosky, E. A., Mizumoto, M. K., Lima, M. E., Kaneko, T. M., Nishikawa, S. O., & Freitas, B. R. (2008). Métodos para avaliação da atividade antimicrobiana e determinação da concentração mínima inibitória (CMI) de plantas medicinais. Revista Brasileira de Farmacognosia, 18, 301-307.
Pozetti, G. L. (2005). Brosimum gaudichaudii Trecul (Moraceae): da planta ao medicamento. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada, 26.
Quintão, W. S. C., Alencar-Silva, T., Borin, M. F., Rezende, K. R., Albernaz, L. C., Cunha-Filho, M., Gratieri, T., Carvalho, J. L., Sá-Barreto, L. C. L., & Gelfuso, G. M. (2019). Microemulsions incorporating Brosimum gaudichaudii extracts as a topical treatment for vitiligo: In vitro stimulation of melanocyte migration and pigmentation. Journal of Molecular Liquids, 294. https://doi.org/10.1016/j.molliq.2019.111685
Reis, A. F., & Schmiele, M. (2019). Characteristics and potentialities of Savanna fruits in the food industry. Brazilian Journal of Food Technology, 22, e2017150. https://doi.org/10.1590/1981-6723.15017.
Rocha, T. C. (2012). Estudo termoanalítico de furanocumarinas de Brosimum gaudichaudii Trécull (Dissertação de mestrado). Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil.
Rosário, A. C. D. A. (2016). Análise fitoquímica da espécie Phyllanthus niruri L. (quebra-pedra). Estação Científica (UNIFAP), 6(1), 35-41.
Santos, R. L., Guimaraes, G. P., Nobre, M. S. C., & Portela, A. S. (2011). Análise da fitoterapia como prática integrativa no Sistema Único de Saúde. Revista brasileira de plantas medicinais, 13(4), 486-491.
Silva, A. I., Sá-Filho, G., Oliveira, L., Guzen, F., Cavalcanti, J., & Cavalcante, J. (2021). Perfil fitoquímico de extratos etanólicos e metanólicos do Croton blanchetianus. Revista Brasileira Multidisciplinar - ReBraM, 24(1), 134-142. https://doi.org/10.25061/2527-2675/ReBraM/2021.v24i1.1057
Silva, D. B., Vieira, R. F., Cordeiro, M. C. T., Pereira, E. B. C., & Pereira, A. V. (2011). Propagação vegetativa de Brosimum gaudichaudii Tréc (mama-cadela) por estacas de raízes. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 13, 151-156.
Silva, S. M. F. Q., Pinheiro, S. M. B., Queiroz, M. V. F., Pranchevicius, M. C., Castro, J. G. D., Perim, M. C., & Carreiro, S. C. (2012). Atividade in vitro de extratos brutos de duas espécies vegetais do cerrado sobre leveduras do gênero Candida. Ciência & Saúde Coletiva, 17(6), 1649-1656. https://doi.org/10.1590/S1413-81232012000600028.
Soares, A. V. A, Melo, K. C. C, & Souto, R. N. (2021). Conhecimento tradicional e a biodiversidade brasileira: estratégia nacional de proteção intelectual. E-Tech: Tecnologias para Competitividade Industrial, 14(1), 75-88.
Souza, V. C., & Lorenzi, H. (2005). Botânica sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de Angiospermas da flora brasileira, baseado em APG II. Instituto Plantarum.
Turolla, M. S. D. R., & Nascimento, E. D. S. (2006). Informações toxicológicas de alguns fitoterápicos utilizados no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, 42, 289-306.
Veiga Junior, V. F., Pinto, A. C., & Maciel, M. A. M. (2005). Plantas medicinais: cura segura. Química nova, 28, 519-528.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Lucas Wyllames Vieira da Silva Jorge; Natasha Alves Rocha; Maria Karina da Silva; Caroline Maria Vasconcelos Paz Ramos; Penina Sousa Mourão; Clotildes Gomes de Oliveira; Manoel Gabriel Rodrigues Filho; Marly Lopes de Oliveira; Beneilde Cabral Moraes; Valdiléia Teixeira Uchôa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.