Neoplasia maligna da próstata no Brasil: morbidade (2013-2018) e mortalidade (2008-2017)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i6.3657Palavras-chave:
Neoplasias; Neoplasias da Próstata; Estadiamento de Neoplasias; Diagnóstico Precoce; Saúde do Homem.Resumo
Aos homens, o segundo tipo de neoplasia com a maior incidência e mortalidade é a neoplasia da próstata. O de maior incidência é a neoplasia da pele não melanoma e a primeira causa de mortalidade é a neoplasia de pulmão. O objetivo do estudo foi de elucidar os dados epidemiológicos sobre a morbidade e mortalidade por neoplasia maligna da próstata no Brasil. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, epidemiológico, de série histórica, de abordagem quantitativa, baseado em dados secundários, sobre a morbidade e mortalidade por neoplasia maligna da próstata, no Brasil. Os dados de morbidade e mortalidade por neoplasia maligna da próstata foram obtidos no mês de janeiro de 2020, nos bancos de dados brasileiros: Painel-Oncologia e Sistema de Informações sobre Mortalidade do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Dados sobre estimativas populacionais foram obtidos no Instituto Brasileiro de Geografia. O diagnóstico da neoplasia maligna da próstata aumentou consideravelmente no ano de 2018, um aumento de 39,3% entre 2017 e 2018. As regiões Sul e Sudeste, em todo o período analisado, apresentam coeficiente de incidência de neoplasia maligna da próstata maiores que o coeficiente nacional. Sobre a mortalidade por neoplasia maligna da próstata, no período de 10 anos, o Brasil registrou aumento de 15,6% nesta ocorrência, chegando a 7,4 mortes a cada 100 mil habitantes em 2017. É necessário investimento de estratégias que garantam o diagnóstico precoce, por meio da detecção precoce da neoplasia maligna da próstata.
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