Perfil epidemiológico e laboratorial de pacientes anêmicos assistidos por um Hospital Universitário no Piauí, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.3663

Palavras-chave:

Anemia; Epidemiologia; Hematologia; Hemograma; Saúde pública.

Resumo

As anemias são consideradas condições multifatoriais, de origens diversas e associadas a diferentes grupos de risco, sendo definida como uma redução da hemoglobina nas células eritrocitárias. A presente pesquisa objetivou estabelecer o perfil epidemiológico e laboratorial de pacientes anêmicos em um Hospital Universitário. Trata-se de estudo quantitativo, descritivo, transversal e retrospectivo. Realizou-se a análise de hemogramas expedidos em 2018 de portadores de anemia a partir de amostra calculada com nível de confiança de 95% e erro amostral de 5%. Foram coletados dados referentes a idade; sexo; cor autodeclarada; naturalidade; município de residência; situação do paciente, se interno ou ambulatorial e; dosagem de hemoglobina, constantes corpusculares, presença de pecilócitos e contagem de leucócitos e de plaquetas. Realizou-se a classificação morfológica das anemias e sua estratificação de acordo com a gravidade. Foi aplicado o teste do qui-quadrado com auxílio do software Statistics Package for the Social Sciences (SPSS), versão 17.0, com significância de 5%. A pesquisa tem certificado de apreciação ética nº 01812918.3.0000.5214. O estudo ratifica a importância do tema “anemia” e apresenta dados inéditos no contexto piauiense. Retrata a baixa resolutividade dos serviços de saúde do interior do estado e corrobora a importância clínica do hemograma e das boas práticas em hematoscopia.

Referências

Aslan, D., Gümrük, F., Gürgey, A., Altay, C. (2002). Importance of RDW value in differential diagnosis of hypochrome anemias. Am J Hematol. 69(1): 31-33.

Aslinia, F., Mazza, J. J., Yale, S. H. (2006). Megaloblastic anemia and other causes of macrocytosis. Clinical Medicine & Research. 4(3): 236-241.

Bain, B. J. (2006). Blood cell morphology in health and disease. In: Lewis, S, M., Bain, B. J., Bates, I., editors. Dacie and Lewis practical haematology. Philadelphia: Churchill Livingstone Elsevier.

Batista, M. F., Souza, A. I., Bresani, C. C. (2008). Anemia como problema de saúde pública: uma realidade atual. Cien Saúde Colet, 13(6): 1917-1922.

Bessman, J. D., Gilmer, P. R. Jr., Gardner, F. H. (1983). Improved classification of anemias by MCV and RDW. Am J Clin Pathol. 80(3): 322-326.

Blackwell, S., Hendrix, P. C. (2001). Common anemias: What Lies Beneath - Anemias Comuns Clinician Reviews. Medscap. 11(3): 53-62.

Buttarello, M. (2016). Laboratory diagnosis of anemia: are the old and new red cell parameters useful in classification and treatment, how? Int J Lab Hematol. 38(1): 123-132.

Corrêa, M., Baldessar, M. Z., Fissmer, L. E. W., Fissmer, J. F. W. (2004). Prevalência das anemias em pacientes hospitalizados. Arq Catarin Med. 33(1): 36-41.

Courtenay, W. H. (2000). Constructions of masculinity and their influence on men's well-being: a theory of gender and health. Soc Sci Med. 50(1): 1385-1401.

Dan, K. (2005). Thrombocytosis in iron deficiency anemia. Intern Med. 44(10): 1025-1026.

DeLoughery, T. G. (2014). Microcytic anemia. N Engl J Med. 371(14): 1324-1331.

Failace, R. (2009). Hemograma: manual de interpretação. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed.

Giles, C. (1981). The platelet count and mean platelet volume. Br J Haematol. 48(1): 31-37.

Hillman, R.S., Ault, K. A. (2002). Hematology in clinical practice. 3nd ed. New York: McGraw-Hill.

Huerta, C., Rodríguez, L. A. G. (2002). Risk of Clinical Blood Dyscrasia in a Cohort of Antibiotic Users. Pharmacotherapy. 2(5): 630-636.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (2010). Diretoria de Pesquisas Coordenação de População e Indicadores Sociais. População. Canais. Cidades. Município. Teresina. Rio de Janeiro: IBGE. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/v4/brasil/pi/teresina/panorama.

Janus, J., Moerschel, S. K. (2010). Evaluation of anemia in children. Am Fam Physician. 81(12): 1462-1471.

Kassebaum, N.J., Jasrasaria, R., Naghavi, M., Wulf, S. K., Johns, N., Lozano, R., et al. (2014). A systematic analysis of global anemia burden from 1990 to 2010. Blood. 123(5): 615-624.

Luck, M., Bamford, M., Williamson, P. (2000). Men's health: perspectives, diversity and paradox. London: Blackwell Sciences.

Oliveira, M. F., Malozze, P.C., Rossi, N. F., Silva, J. R., Navarro, N. C., et al. (2019). Estudo clínico e epidemiológico das anemias em pacientes hospitalizados. Rev Med. 98(1): 23-29.

Reis, F. M. S., Branco, R. R. O. C., Conceição, A. M., Trajano, L. P. B., Vieira, J. F. P. N., Ferreira, P. R. B. et al. (2018). Incidência de hemoglobinas variantes em neonatos assistidos por um laboratório de saúde pública. Einstein. 16(2): 1-7.

Sánchez, T. A., Núñez, D. P., Luengo, M. S. (2003). Anemia hemolítica por deficiencia de G6PD y estrés oxidativo. Rev Cubana Invest Bioméd. 22(3): 186-191.

Vanasse, G. J., Berliner, N. (2010). Anemia in elderly patients: an emerging problem for the 21st century. Hematology Am Soc Hematol Educ Program. 2010(1): 271-275.

Weiss, G. (2002). Pathogenesis and treatment of anaemia of chronic disease. Blood Rev. 16(2): 87-96.

Weiss, G. (2009). Iron metabolism in the anemia of chronic disease. Biochim Biophys Acta. 1790(7): 682-693.

Wolters, F. J., Zonneveld, H. I., Licher, S., Cremers, L. G. M., Ikram, M. K., Koudstaal, P. J., et al. (2019). Hemoglobin and anemia in relation to dementia risk and accompanying changes on brain MRI. Neurology. 93(9): e917-e926.

World Health Organization. (2001). Iron deficiency anaemia: Assessment, prevention, and control. A guide for programme managers (WHO/NHD/01.3). [acesso em 10 de jun de 2019]. Disponível em: http://www.who.int/nutrition/publications/en/ida_assessment_prevention_control.pdf.

World Health Organization. (2008). Worldwide prevalence of anaemia 1993–2005. WHO global database on anaemia. Geneva: World Health Organization. [acesso em 10 de jun de 2019]. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/43894/9789241596657_eng.pdf;jsessionid=3ED63EF42ACCD7ABBB08BF576E0D4025?sequence=1.

World Health Organization. (2011). Haemoglobin concentrations for the diagnosis of anaemia and assessment of severity. Vitamin and Mineral Nutrition Information System. Geneva: WHO. [acesso em: 15 de maio de 2019]. Disponível em http://www.who.int/vmnis/indicators/haemoglobin.pdf.

Downloads

Publicado

24/04/2020

Como Citar

SOUZA, D. C. P.; GOUDINHO, A. F.; SILVA FILHO, J. C. da; ARAÚJO, Éverton J. F. de; OLIVEIRA, E. H. de. Perfil epidemiológico e laboratorial de pacientes anêmicos assistidos por um Hospital Universitário no Piauí, Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e01973663, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.3663. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/3663. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde