A simbiose no microbioma de pessoas com tea e seus efeitos na ligação intestino-cérebro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i17.36735

Palavras-chave:

Nutrição autismo; Transtorno do espectro autista; Microbiota.

Resumo

Pesquisas demonstram que indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), apresenta um desequilíbrio na microbiota intestinal, pelo estudo realizado, existe uma possibilidade de mitigação dos sintomas característicos do Transtorno do Espectro Autista, por meio da simbiose no microbioma intestinal. O objetivo desta revisão bibliográfica é analisar a influência da simbiose no microbioma no eixo intestino-cérebro em indivíduos com TEA e verificar as necessidades nutricionais deste indivíduo, com a finalidade de embasar estratégias nutricionais. Analisando o eixo intestino-cérebro de crianças com TEA, verificando os efeitos da simbiose no microbioma e as necessidades nutricionais de autistas. A abordagem desta pesquisa foi qualitativa, com finalidade básica, de natureza observacional, sendo está uma pesquisa bibliográfica de cunho transversal. Foram utilizados estudos que investigam a eficácia da suplementação de vitaminas e minerais na dieta de crianças com transtorno do espectro autista. O presente estudo conclui que crianças autistas apresentam mais deficiência na ingestão de vitaminas e minerais, e as que são suplementadas com a vitamina D apresentaram os sintomas do TEA reduzidos ou ausentes. Assim será necessário ofertar uma maior variedade de frutas verduras e legumes, para obter dosagens adequadas de micronutrientes por meio da ingestão alimentar, auxiliando com uma homeostase na microbiota afim de alcançar uma simbiose no microbioma intestinal da criança com TEA.

Referências

Adams, J. B., Johansen, L. J., Powell, L. D., Quig, D., & Rubin, R. A. (2011). Gastrointestinal flora and gastrointestinal status in children with autism–comparisons to typical children and correlation with autism severity. BMC gastroenterology, 11(1), 1-13.

Adams, J. B., Audhya, T., Geis, E., Gehn, E., Fimbres, V., Pollard, E. L., ... & Quig, D. W. (2018). Comprehensive nutritional and dietary intervention for autism spectrum disorder—A randomized, controlled 12-month trial. Nutrients, 10(3), 369.

Al-Farsi, Y. M., Waly, M. I., Deth, R. C., Al-Sharbati, M. M., Al-Shafaee, M., Al-Farsi, O., ... & Ouhtit, A. (2013). Low folate and vitamin B12 nourishment is common in Omani children with newly diagnosed autism. Nutrition, 29(3), 537-541.

Allen, A. P., Dinan, T. G., Clarke, G., & Cryan, J. F. (2017). A psychology of the human brain–gut–microbiome axis. Social and personality psychology compass, 11(4), e12309.

Belardo, A., Gevi, F., & Zolla, L. (2019). The concomitant lower concentrations of vitamins B6, B9 and B12 may cause methylation deficiency in autistic children. The Journal of nutritional biochemistry, 70, 38-46

.

Berding, K., & Donovan, S. M. (2016). Microbiome and nutrition in autism spectrum disorder: current knowledge and research needs. Nutrition reviews, 74(12), 723-736.

Bioma4me. (2019). O elo entre o autismo e as bactérias intestinais. URL:https://bioma4me.com.br/autismo-bacterias-intestinais/

Blow, F., Gioti, A., Goodhead, I. B., Kalyva, M., Kampouraki, A., Vontas, J., & Darby, A. C. (2019). Functional genomics of a symbiotic community: shared. Microbiol. Mol. Biol. Rev, 73, 775-808.

Cani, P. D. (2018). Human gut microbiome: hopes, threats and promises. Gut, 67(9), 1716-1725.

Collen, A. (2016). 10% humano: como os micro-organismos são a chave para a saúde do corpo e da mente. Sextante.

Costa, D. C. F. D. (2014). Intervenção precoce no transtorno do espetro do autismo (Doctoral dissertation).

Cryan, J. F., O'Riordan, K. J., Sandhu, K., Peterson, V., & Dinan, T. G. (2020). The gut microbiome in neurological disorders. The Lancet Neurology, 19(2), 179-1Dias, B. P. (2016). Relação entre a microbiota intestinal e o autismo. Trabalho de Conclusão de Curso – Centro Universitário de São Lucas, Porto Velho.

Do Carmo Cupertino, M., Resende, M. B., de Freitas Veloso, I., de Carvalho, C. A., Duarte, V. F., & Ramos, G. A. (2019). Transtorno do espectro autista: uma revisão sistemática sobre aspectos nutricionais e eixo intestino-cérebro. ABCS Health Sciences, 44(2).

Eloe-Fadrosh, E. A., & Rasko, D. A. (2013). The human microbiome: from symbiosis to pathogenesis. Annual review of medicine, 64, 145.

Feng, J., Shan, L., Du, L., Wang, B., Li, H., Wang, W., ... & Jia, F. (2017). Clinical improvement following vitamin D3 supplementation in autism spectrum disorder. Nutritional neuroscience, 20(5), 284-290.

Furness, J. B., Rivera, L. R., Cho, H. J., Bravo, D. M., & Callaghan, B. (2013). The gut as a sensory organ. Nature reviews Gastroenterology & hepatology, 10(12), 729-740.

Guidetti, C., Salvini, E., Viri, M., Deidda, F., Amoruso, A., Visciglia, A., ... & Caucino, A. C. (2022). Randomized Double-Blind Crossover Study for Evaluating a Probiotic Mixture on Gastrointestinal and Behavioral Symptoms of Autistic Children.Journal of clinical medicine, 11(18), 5263.

Harbolic, Betty. (2019). Probióticos. URL:https://www.medicinenet.com/probiotics/article.htm.

Herath, M., Hosie, S., Bornstein, J. C., Franks, A. E., & Hill-Yardin, E. L. (2020). The role of the gastrointestinal mucus system in intestinal homeostasis: implications for neurological disorders. Frontiers in Cellular and Infection Microbiology, 248.

Hill, C., Guarner, F., Reid, G., Gibson, G. R., Merenstein, D. J., Pot, B., ... & Sanders, M. E. (2014). The International Scientific Association for Probiotics and Prebiotics consensus statement on the scope and appropriate use of the term probiotic. Nature reviews Gastroenterology & hepatology, 11(8), 506-514.

Hsiao, Elaine. (2013). Probióticos podem atenuar sintomas do autismo. Investigadores do California Institute Technology (Caltech).

URL:https://www.caltech.edu/.

Hyman, S. L., Stewart, P. A., Schmidt, B., Cain, U., Lemcke, N., Foley, J. T., ... & Ng, P. K. (2012). Nutrient intake from food in children with autism. Pediatrics, 130(Supplement_2), S145-S153.

Kellman, R. (2017). A dieta do microbioma: uma maneira definitiva e cientificamente comprovada de emagrecer, restabelecendo a saúde intestinal. São Paulo: Ed. Cultrix.

Landeiro, J. A. V. R. (2016). Impacto da microbiota intestinal na saúde mental (Doctoral dissertation).

Laurent, É. (2014). A batalha do autismo: da clínica à política. Editora Schwarcz-Companhia das Letras.

Lerner, A., & Matthias, T. (2016). GUT-the Trojan horse in remote organs’ autoimmunity. J Clin Cell Immunol, 7(401), 10-4172.

Lopes, N. (2018). O que é simbiose e disbiose?.URL:https://nutritotal.com.br/pro/o-que-a-simbiose-e-disbiose/

Maenner, M. J., Shaw, K. A., Baio, J., Washington, A., Patrick, M., DiRienzo, M., ... & Dietz, P. M. (2020). Prevalence of autism spectrum disorder among children aged 8 years—autism and developmental disabilities monitoring network, 11 sites, United States, 2016. MMWR Surveillance summaries, 69(4), 1.

Malla, M. A., Dubey, A., Kumar, A., Yadav, S., Hashem, A., & Abd_Allah, E. F. (2019). Exploring the human microbiome: the potential future role of next-generation sequencing in disease diagnosis and treatment. Frontiers in Immunology, 9, 2868.

Marta, J. P. (2020). Problemas Alimentares e Nutricionais em Crianças com Perturbação do Espectro do Autismo (Doctoral dissertation).

Moraco, J. D., & Nunes, C. P. (2017). Dietas livres de gluten e casíena no autismo: uma revisão sistemática. Revista da Faculdade de Medicina de Teresópolis, 1(01).

Navarro, F., Liu, Y., & Rhoads, J. M. (2016). Can probiotics benefit children with autism spectrum disorders? World journal of gastroenterology, 22(46), 10093.

OPAS – Organização Pan Americana da Saúde. (2017). Transtorno do espectro autista. Folha informativa.

URL:https://www.paho.org/bra/index.php?Itemid=1098.

Paiva Jr, F. (2019). Quantos autistas há no Brasil? Revista Autismo. São Paulo, ano V, (4), 20-23.

Paiva Jr, F. (2020). Prevalência de autismo nos EUA sobe 22%: agora é para 44. Revista Autismo. São Paulo, ano VI, (8), 8.

Paixão, L. A., & dos Santos Castro, F. F. (2016). Colonização da microbiota intestinal e sua influência na saúde do hospedeiro. Universitas: Ciências da Saúde, 14(1), 85-96.

Pereira, M., & Gouveia, F. (2019). Modulação intestinal: fundamentos e estratégias práticas. Brasília: Trato.

Pivina, L., Semenova, Y., Doşa, M. D., Dauletyarova, M., & Bjørklund, G. (2019). Iron deficiency, cognitive functions, and neurobehavioral disorders in children. Journal of Molecular Neuroscience, 68(1), 1-10.

Siddiqi, S., Urooj, A., & D’Souza, M. J. (2019). Dietary patterns and anthropometric measures of Indian children with autism Spectrum disorder. Journal of autism and developmental disorders, 49(4), 1586-1598.

Silva, N. I. D. (2011). Relação entre hábito alimentar e síndrome do espectro autista (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).

Silvestre, C. M. R. F. (2016). O diálogo entre o cérebro e o intestino: qual o papel dos probióticos?: revisão de literatura (Doctoral dissertation).

Sociedade Brasileira de Pediatria (2019). Transtorno do Espectro Autista. Departamento Científico de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento. Manual de orientação.

Srikantha, P., & Mohajeri, M. H. (2019). The possible role of the microbiota-gut-brain-axis in autism spectrum disorder. International Journal of molecular sciences, 20(9), 2115.

Stilling, R. M., van de Wouw, M., Clarke, G., Stanton, C., Dinan, T. G., & Cryan, J. F. (2016). The neuropharmacology of butyrate: the bread and butter of the microbiota-gut-brain axis?. Neurochemistry international, 99, 110-132.

Vanti, N. A. P. (2002). Da bibliometria à webometria: uma exploração conceitual dos mecanismos utilizados para medir o registro da informação e a difusão do conhecimento. Ciência da informação, 31, 369-379.

Van De Sande, M. M., van Buul, V. J., & Brouns, F. J. (2014). Autism and nutrition: the role of the gut–brain axis. Nutrition research reviews, 27(2), 199-214.

Veras, R. D. S. C., & Nunes, C. P. (2019). Conexão cérebro-intestino-microbiota no Transtorno do Espectro Autista. Revista de Medicina de Família e Saúde Mental, 1(1).

Wang, F., Lu, L., Wang, S. B., Zhang, L., Ng, C. H., Ungvari, G. S., ... & Xiang, Y. T. (2018). The prevalence of autism spectrum disorders in China: a comprehensive meta-analysis. International journal of biological sciences, 14.

Zarrinpar, Amir, et al. Diet and eating patterns affect the daytime dynamics of the intestinal microbiome. Metabolismo de células, EUA, 2014, p. 1006-1017, 2014.

Zhu, J., Guo, M., Yang, T., Lai, X., Tang, T., Chen, J., ... & Li, T. (2020). Nutritional status and symptoms in preschool children with autism spectrum disorder: a two-center comparative study in Chongqing and Hainan Province, China. Frontiers in pediatrics, 8, 469.

Zorzo, R. A. (2017). Impacto do microbioma intestinal no eixo cérebro-intestino. International Journal of Nutrology, 10(S 01), S298-S305.

Downloads

Publicado

20/12/2022

Como Citar

VERMEHREN, C. A. A. .; SUAREZ, T. O. F. . A simbiose no microbioma de pessoas com tea e seus efeitos na ligação intestino-cérebro. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 17, p. e49111736735, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i17.36735. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/36735. Acesso em: 26 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão