Impacto do probiótico kefir sobre a intolerância a lactose e na modulação da microbiota intestinal
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i14.36775Palavras-chave:
Kefir; Probiótico; Intolerância à lactose; Microbiota; Modulação intestinal.Resumo
Introdução: A intolerância à lactose é caracterizada pela ausência de uma enzima no organismo, chamada lactase. O probiótico Kefir, foi apresentado como uma estratégia para a prevenção e/ou tratamento de distúrbios gastrintestinais e modulação da microbiota, por suas propriedades funcionais e por conter em sua composição microrganismos benéficos como espécies do tipo bactérias do ácido láctico (BAL) dos gêneros lactobacillus e bifidobacterium que atuam como restaurador causando o equilíbrio da microbiota intestinal. Objetivo: Identificar os efeitos benéficos e nutricionais relacionados ao Kefir de leite, analisar a influência do probiótico sobre a intolerância à lactose e descrever o potencial terapêutico do kefir de leite na modulação intestinal. Metodologia: O estudo foi realizado através de uma revisão de literatura baseada em artigos científicos, reunindo e avaliando diversos estudos relacionados ao tema. Resultados: Avaliou-se que o consumo regular do probiótico kefir possui grande importância sobre o equilíbrio e modulação da microbiota intestinal, nos sintomas da intolerância à lactose, sistema imunológico, além de exercer um papel de antifúngico, antibacteriano e antioxidante. Discussão: Compreendeu-se a importância desse probiótico ainda pouco conhecido e consumido pela população, visto que o kefir de leite possui inúmeros benefícios à saúde, prevenção e tratamento de algumas patologias, principalmente as doenças gastrointestinais. Conclusão: De modo geral concluiu-se que o kefir de leite é uma excelente alternativa a ser incluído na dieta de pessoas intolerantes à lactose, visto que possui diversas vantagens e benefícios à saúde, baixo custo e grande viabilidade.
Referências
Ángel. L. A., Calvo, E. & Munõz, Y. (2005). Prevalencia de hipolactasia tipo adulto e intolerancia a la lactosa en adultos jóvenes. Revista Colombiana de Gastroenterología, 20, 35-47.
Bansal, Sangita et al. (2016). Non-dairy based probiotics: A healthy treat for intestine. Critical Reviews in Food Science and Nutrition, 56(11), 1856-1867
Barros, T. T. A. S. de. (2018). Propriedades benéficas do kefir para o controle da saúde: um estudo de revisão. Trabalho de Conclusão de Curso.
Batista M.C., & Jesus K.A. (2021). Avaliação dos efeitos do Kefir na Microbiota Intestinal, Brazilian Journal of Development. 7(9), 93727-93744.
Cabral, N. S. M. (2014). Kefir sabor chocolate: caracterização microbiológica e físico-química. 84 f. Monografia (Graduação) - Faculdade de Nutrição Emília de Jesus Ferreiro, Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro.
Carreiro, D. M. (2014). O Ecossistema Intestinal na saúde e na doença. Editora Vida e Consciência Ltda.
Costa, N. M. B., & Rosa, C. O. B. (2016). Alimentos funcionais: Componentes Bioativos e Efeitos Fisiológicos. (2a ed.), Rubio.
Costa, N. M., & Rosa, C.O. (2014). Alimentos Funcionais, Componentes Bioativos e Efeitos Fisiológicos. Ed.Manole. 118, 526,527.
Cukier, C., Magnoni, D., & Alvarez, T. (2005). Nutrição baseada na fisiologia dos órgãos e sistemas. In: Nutrição baseada na fisiologia dos órgãos e sistemas. p. 140.
Damasceno, C. C. (2019). Intolerância à lactose e uso de probiótico: um estudo de caso.
FAO/WHO. (2002). Guidelines for the evaluation of probiotics in food. Food and agriculture Organization of the United Nations and World Health Organization Working group report. London: World Health Organization.
Farnworth, E. R. (2005). Kefir - a complex probiotic. In: Gibson GR. Food Science & Technology Bulletin: Functional Foods. Readin: IFIS, 1-17.
Farvin, K. H. S. et al. (2010). Antioxidant activity of yoghurt peptides: Part 1-in vitro assays and evaluation in ω-3 enriched milk. Food Chemistry. Netherlands, 1081–1089.
Francisco, D. C. (2016). Kefir: uma alternativa funcional? Universidade Católica de Brasília.
Ferreira, G. S. (2014). Disbiose intestinal: aplicabilidade dos prebióticos e dos probióticos na recuperação e manutenção da microbiota intestinal. Palmas: Centro Universitário Luterano de Palmas.
Ferreira, C. L. C. F. (2012). Prebióticos e probióticos: atualização e prospecção. Editora Rubio.
Guerra, N. P., & Pastrana, L. (2002). Nisin and pediocin production on mussel‐processing waste supplemented with glucose and five nitrogen sources. Letters in applied microbiology, 34(2), 114-118.
Hertzler, S. R., & Clancy, S. M. (2003). Kefir improves lactose digestion and tolerance in adults with lactose maldigestion. Journal of the American Dietetic association, 103(5), 582-587.
John, S. M., & Deeseenthum, S. (2015). Properties and benefits of kefir-A review. Songklanakarin Journal of Science & Technology, 37(3).
Kostic, A. D., Xavier, R. J., & Gevers, D. (2014). The microbiome in inflammatory bowel disease: current status and the future ahead. Gastroenterology, 146(6), 1489-1499.
Machado, A. B. F., Moreira, A. P. B., Rosa, D. D., Peluzio, M. C. G., & Teixeira, T. F. S. (2015). Microbiota Intestinal - Evidências de sua influência na saúde e na doença. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Rubio.
Machado A, Moreira AP, Rosa D, Peluzio MC, & Teixeira T. Microbiota Gastrintestinal-Evidências da sua influência na saúde e na doença. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 49-62.
Mahan, K. L, & Raymond, J. L. (2018). Krause,Alimentos,Nutrição e Dietoterapia. (14a ed.), Ed Elsevier, 108.
Medeiros, M. (2012). Pesquisas de abordagem qualitativa. Revista Eletrônica de Enfermagem, 14(2), 224-9, https://revistas.ufg.br/fen/article/view/13628.
Oliveira, M. N. de et al. (2002). Aspectos tecnológicos de alimentos funcionais contendo probióticos. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, São Paulo, 38(1), 1-21.
Paiva, A. D., & Mantovani, H. C. (2015). Produtos da atividade metabólica da microbiota intestinal e suas implicações no metabolismo humano.
Piovesan, A., & Temporini, E. R. (1995). Pesquisa exploratória: procedimento metodológico para o estudo de fatores humanos no campo da saúde pública. Revista de saúde pública, 29, 318-325.
Raizel, R., et al. (2011). Efeitos do consumo de probióticos, prebióticos e simbióticos para o organismo humano. Ciência & Saúde, 4(2), 66-74.
Rosa, D. D., et al. (2017). Milk kefir: nutritional, microbiological and health benefits. Nutrition research reviews, 30(1), 82-96.
Santos, F. L. Kefir. Propriedades funcionais e gastronômicas. Ano de publicação: 2015. Editora. Associação Brasileira de Editoras Universitárias.
Santos, K. W., & Zanusso Júnior, G. Análise da prevalência de portadores de intolerância à lactose por exames laboratoriais em Maringá-Pr. Revista UningÁ, Nova Esperança, 45(1), 11-15.
Silva, A. P A. (2018). A utilização do kefir e seus benefícios para a saúde: Revisão Integrativa, Uberlândia.
Silva. S. M., & Mura, J. D. Tratado da Alimentação, Nutrição & Dietoterapia. (2a ed.), Ed. Roca. 973.
Souto, C. S., Silva, P. P., & Neif, E. M. (2020). Kefir e seu potencial probiótico. Revista Eletrônica Interdisciplinar, 12(1), 024-034.
Stürmer, E. S., et al. (2012). A importância dos probióticos na microbiota intestinal humana. Rev Bras Nutr Clin, 27(4), 264-72.
Teixeira, K. A., & Pereira, W. L., et al. O efeito dos alimentos funcionais na microbiota intestinal: O uso do kefir e da kombucha na dieta alimentar saudável.
Vidal, A. M., et al. (2012). A ingestão de alimentos funcionais e sua contribuição para a diminuição da incidência de doenças. Caderno de Graduação-Ciências Biológicas e da Saúde-UNIT-SERGIPE, 1(1), 43-52.
Vinaixa, Maria et al. (2010). Metabolomic assessment of the effect of dietary cholesterol in the progressive development of fatty liver disease. Journal of proteome research, 9(5), 2527-2538.
Weschenfelder, S., & Wendling, L. K. (2013). Probióticos e Alimentos Lácteos Fermentados – Uma revisão. Rev. Inst. Laticínios Cândido Tostes, Juiz de Fora, 68(395), 49-57, 49.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Waleska Lima de Oliveira ; Kelyane Torres Menezes ; José Carlos de Sales Ferreira; Rebeca Sakamoto Figueiredo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.