Perfil epidemiológico das parasitoses em escolares no distrito administrativo do Guamá, Belém-Pará

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i16.36879

Palavras-chave:

Epidemiologia; Infecções parasitárias; Crianças; Adolescentes.

Resumo

As geohelmintíases são infecções causadas por parasitos que possuem uma fase de seu ciclo de vida desenvolvida no solo, são endêmicas nos países em desenvolvimento, inclusive no Brasil. Este estudo visa traçar o perfil epidemiológico das geohelmintíases em escolares no Distrito Administrativo do Guamá. Para isso, foram selecionadas aleatoriamente 576 crianças em idade escolar, na faixa etária de 05 a 14 anos, estudantes da rede pública municipal de ensino pertencentes ao Distrito Administrativo do Guamá. Os dados foram obtidos por meio de formulário com questões ambientais e socioeconômicas da população amostral. A análise dos resultados mostrou que, 50,35% eram do sexo feminino e 49,65% do sexo masculino, 59,5% estão na faixa etária de 05 a 09 anos, 89,75% estudavam o ensino fundamental, 69,27% reside em casa própria, sendo 62,15% de alvenaria, com 65,62% apresentando de 01 a 04 cômodos, a renda familiar mensal é composta na maioria, 67,02%, de até 01 salário mínimo. Os achados permitem concluir que apesar dos avanços das políticas públicas de saúde para o público escolar, ainda é necessário avançar para minimizar os dados que apontam as geohelmintíases como problema de saúde pública e, assim, gerar qualidade de vida para a população.

Referências

Bethony, J.; Brooker, S.; Albonico, M.; Geiger, S. M.; Loukas, A.; Diemert, D. & Hotez, P. J. (2006). Soil-transmitted helminth infections: ascariasis, trichuriasis, and hookworm. Lancet (London, England), 367(9521), 1521–1532. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(06)68653-4

Banco Nacional do Desenvolvimento. (2014). Conhecimento. BNDES. http:/www.bndes.gov.br

Braga, F. R.; Silva, A. R.; Araújo, J. M.; Carvalho, R. O.; Araújo, J. V., & Frassy, L. N. (2010). Atividade predatória dos fungos nematófagos Duddingtonia flagrans, Monacrosporium thaumasium e Artrobotrys robusta sobre larvas infectantes de Strongyloides stercoralis. Rev Soc Bras Med Trop, 43(5), 588-590, set-out. https://www.scielo.br/j/rsbmt/a/4T7kvyqwGmC6MXW9YmpFzyw/?format=pdf&lang=pt

Brasil. (2010). Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. 8. ed.,444. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf

Brasil. (2013). Informe técnico: Geohelmintíases (Verminoses). Brasília: Ministério da Saúde.

Costa-Macedo, L. M.; Costa, M. C. E. & Almeida, L. M. (1999). Parasitismo por ascaris lumbricóides em crianças menores de dois anos: estudo populacional em comunidade do Rio de Janeiro. Caderno de saúde pública, 15 (1), 173-178, jan,/mar. https://www.scielo.br/j/csp/a/6gZwwjvGxdrdtBTmzPmvkvN/?lang=pt#

De Carli, G. A; Tasca, T., & Machado, A. R. L. (2006). Parasitoses Intestinais. In: Duncan, B. B., Schmidt, M. I., & Giugliani, E. R. J. Medicina Ambulatorial: condutas e atenção primária baseadas em evidências, Artmed, Porto Alegre, RS. Capítulo 160, 1465- 1475.

Ferreira, H.; Lala, E. R. P.; Monteiro, M. C., & Raimondo, M. L. (2006). Estudo Epidemiológico Localizado da frequência e fatores de risco para enteroparasitoese e sua correlação com o estado nutricional de crianças em idade pré-escolar. Publ. UEPG Ci. Biol. Saúde, Ponta Grossa, 12 (4): 33-40, dez. https://revistas.uepg.br/index.php/biologica/article/view/442/443

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2014). Pesquisa Nacional de Saneamento Básico. IBGE, Rio de Janeiro.

Instituto Trata Brasil. (2016). http:/www.tratabrasil.org.br/

Jardim-Botelho, A.; Raff, S.; Rodrigues, R.; Hoffman, H. J.; Diemert, D. J.; Corrêa-Oliveira, R.; Bethony, J. M., & Gazzinelli, M. F. (2008). Hookworm, Ascaris lumbricoides infection and polyparasitism associated with poor cognitive performance in Brazilian schoolchildren. Tropical medicine & international health : TM & IH, 13(8), 994–1004. https://doi.org/10.1111/j.1365-3156.2008.02103.x

Markoni M A; Lakatos E M. (2003). Fundamentos de Metodologia Cientifica. São Paulo: Atlas.

Mendonça, M. J. C. & Motta, R. S. (2005). Saúde e saneamento no Brasil: Texto para discussão, n. 1081, IPEA, 2005. http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/2079/1/TD_1081.pdf

Muniz, P. T.; Castro, T. G.; Araújo, T. S.; Nunes, N. B.; da Silva-Nunes, M.; Hoffmann, E. H.; Ferreira, M. U. & Cardoso, M. A. (2007). Child health and nutrition in the Western Brazilian Amazon: population-based surveys in two counties in Acre State. Cadernos de saude publica, 23(6), 1283–1293. https://doi.org/10.1590/s0102-311x2007000600004

Organização Mundial de Saúde. (2014). Folheto sobre a prevenção e o controle das geohelmintoses. OMS. Genebra.

Pittner, E.; Moraes, I. F.; Sanches, H. F.; Trincaus, M. R.; Raimondo, M. L. & Monteiro, M. C. (2007). Enteroparasitoses em crianças de uma comunidade escolar na cidade de Guarapuava, PR. Revista Salus-Guarapava-PR, 1 (1): 97-100, jan/jun.

Quadros, R. M.; Marques, S.; Arruda, A. A. R.; Delfes, P. S.W. R., & Medeiros, I. A. A. (2004). Parasitoses intestinais em centros de educação infantil municipal de Lages, SC, Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 37 (5): 422-423. DOI: 10.1590/S0037-86822004000500012

Smith, H.; Dekaminsky, R.; Niwas, S.; Soto, R., & Jolly, P. (2001). Prevalence and intensity of infections of Ascaris lumbricoides and Trichuris trichiura and associated socio-demographic variables in four rural Honduran communities. Memorias do Instituto Oswaldo Cruz, 96(3), 303–314. https://doi.org/10.1590/s0074-02762001000300004

Stephenson, L.; Latham, M., & Ottesen, E. (2000). Desnutrição e infecções parasitárias por helmintos. Parasitologia, 121 (S1), S23-S38. doi:10.1017/S0031182000006491

World Health Organization. (2012). Soil-transmitted helminthiases: number of children treated in 2010.Weekly epidemiological record, WHO, 87 (23), 225-232, June, Geneva.

Downloads

Publicado

31/12/2022

Como Citar

TEIXEIRA , F. de J. M. .; GIESE, E. G. .; PINHEIRO, R. H. da S. .; VASCONCELOS, L. A. de .; SANTOS, J. N. G. dos .; LIMA, M. C. de . Perfil epidemiológico das parasitoses em escolares no distrito administrativo do Guamá, Belém-Pará. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 16, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i16.36879. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/36879. Acesso em: 7 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde