Entre batumes e alagados: a vida dos isqueiros do Pantanal Norte
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.36912Palavras-chave:
Iscas vivas; Cupins; Região alagável.Resumo
Este relato de experiência é resultado de períodos de vivência em ambientes de coletas de iscas vivas e em acampamentos de pescadores profissionais artesanais categorizados como isqueiro, na região do Pantanal Norte, objetivando conhecer e vivenciar esta atividade. A vivência ocorreu em dois pontos de coletas ao longo do rio Paraguai sendo, a montante 75km do centro urbano de Cáceres-MT, e em outro ponto mais distante, cerca de 250Km. As atividades ocorreram nos meses de fevereiro e julho de 2022. Durante esse período de vivência foram observadas as técnicas utilizadas para a captura de iscas vivas, a organização social e os desafios enfrentados por estes atores no desenvolvimento da atividade. Após esse período, observa-se que existe uma organização social de forma vertical em que, os conhecimentos são passados de geração a geração; os isqueiros realizam as atividades minimamente em duplas, devido aos riscos envolvidos do trabalho, tanto na coleta de iscas vivas como a captura de cupins para suprir as armadilhas. Há conflitos existentes relacionados à captura de cupins para captura de iscas vivas, uma vez que não existe terra firme em diversas regiões em que os isqueiros ficam acampados e os mesmos utilizam, inclusive, áreas privadas para desenvolver suas atividades.
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