Aleitamento materno de crianças com microcefalia por zika vírus
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i6.3692Palavras-chave:
Aleitamento materno; Microcefalia; Zika Vírus; Criança; EnfermagemResumo
Objetivos: Identificar como ocorre o aleitamento materno de crianças com microcefalia pela síndrome congênita do zika. Metodologia: Estudo transversal, realizado entre fevereiro e agosto de 2017, com 40 mães de crianças portadoras de microcefalia atendidas em maternidade pública do interior do Nordeste do Brasil. Dados coletados de instrumento estruturado, analisados de forma descritiva. Resultados: Amamentaram seus filhos na primeira hora de vida 47,5% das mães, 65% não tiveram dificuldades para amamentar. A idade gestacional variou entre <37 até >40 semanas, o perímetro cefálico teve a media 31,25 centímetros. O momento do diagnóstico da microcefalia em 72,5% dos bebês foi após o parto. Não houve associações estatiticamente significante entre problemas para amamentar, tipos de aleitamento materno, idade materna e perímentro cefálico das crianças com microcefalia. Conclusão: A maioria das crianças com microcefalia pela síndrome congênita da zika foram amamentadas na primeira hora de vida. As mães destas crianças mencionaram como dificuldades na amamentação, a mastite, fissura mamilar e pega incorreta.
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