Análise toxicológica do extrato bruto seco da amêndoa do coco catolé (Syagrus cearensis Noblick)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.36922Palavras-chave:
Syagrus; Toxicidade; Fragilidade osmótica eritrocitária.Resumo
Analisar a toxicidade do extrato bruto seco da amêndoa do Coco catolé (Syagrus cearensis Noblick.) frente a testes com microcrustáceos de Artemia salina Leach e Fragilidade Osmótica Eritrocitária. A partir da maceração em álcool absoluto, filtração e evaporação das amêndoas do Coco catolé (S. cearensis N.) obteve-se o extrato bruto seco. Os testes toxicológicos foram realizados a partir da determinação da Fragilidade Osmótica Eritrocitária e Toxicidade frente à Artemia salina L. do extrato. Os dados dos testes toxicológicos realizados a frente Artemia salina L. apresentaram baixa toxicidade para as concentrações de 50 µg/mL; 100 µg/mL; 250 µg/mL; 500 µg/mL; 750 µg/mL, sendo que as mortes das larvas foram superiores à 50% quando testados em concentrações de 1000µg/mL. O teste de Fragilidade Osmótica confirmou o resultado esperado, sendo que o percentual de lise das hemácias foi inferior a 10% em todas as concentrações testadas. Conclui-se que o extrato bruto seco da amêndoa Coco catolé (S. cearensis N.) possui baixa atividade toxicológica em suas concentrações baixas, sendo considerável uma moderada toxicidade diante de concentrações superiores à 750µg/ml.
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