Avaliação de estabilidade em uma formulação clareadora

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.36979

Palavras-chave:

Fórmula magistral; Instabilidade; Ativos ácidos.

Resumo

Introdução: A avaliação da estabilidade dos produtos antes de comercializá-los é de grande importância. Os cosméticos que apresentam problemas na estabilidade organoléptica, físico-química e microbiológica estão em descumprindo os requisitos básicos qualidade e podem trazer riscos à saúde do consumidor. Objetivo: Avaliar a estabilidade de uma formulação clareadora desenvolvida e manipulada em uma farmácia de Cascavel – PR em função do tempo. Metodologia: Avaliação da formução por meio dos estudos de estabilidade preliminar e de estabilidade acelerada, a partir dos testes de centrifugação, estresse térmico, ciclo gelo/degelo. Durante os testes foram avaliadas as características organolépticas e fisico-químicas. Os testes foram realizados segundo metodologia proposta pela Anvisa. Resultados: A formulação permaneceu inalterada após a centrifugação. No teste de estresse térmico modificações foram observadas na viscosidade a partir dos 40ºC e alterações na cor e odor após 50ºC. No ciclo gelo/degelo as características organolépticas se alteraram a partir do tempo 7 e foram mais evidentes no tempo 21.O valor de pH sofreu alteração em todos os ensaios realizados. Conclusão: Levando em consideração as análises de estabilidades realizadas, pode-se observar que a formulação clareadora não possui estabilidade Dessa forma, sugere-se que ao associar os componentes estudados na formulação magistral, essa deve ser mantida numa temperatura que não ultrapasse os 40° C e, que a farmácia coloque uma etiqueta de alerta de manter o produto ao abrigo longe do calor para evitar possíveis alterações na mesma, e que mais estudos devem ser realizados a fim de determinar a validade da formulação.      

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Publicado

10/11/2022

Como Citar

SANTOS, E. dos; BENDER, S. . Avaliação de estabilidade em uma formulação clareadora. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 15, p. e76111536979, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i15.36979. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/36979. Acesso em: 19 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde