Análise epidemiológica dos casos de meningite em crianças no Brasil dos anos 2010 a 2020

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.37032

Palavras-chave:

Meningite; Epidemiologia; Notificação; Doença infecciosa.

Resumo

A meningite é uma doença com alta taxa de letalidade, requer diagnóstico e tratamento oportunos e apropriados para evitar a morte e sequelas. Esta doença pode levar à incapacidade vitalícia dos sobreviventes. Neste contexto, objetivou-se na presente pesquisa avaliar o perfil epidemiológico dos casos de meningite no Brasil, diagnosticados em crianças menores que 1 ano e até 9 anos e 11 meses, no período de 2010 a 2020. A presente pesquisa foi realizada por meio de um estudo retrospectivo, quantitativo, com dados secundários temporais coletados da base de dados do DATASUS de acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). As variáveis avaliadas foram: faixa etária, região de notificação, sexo, raça, etiologia e método diagnostico. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e foram representados na forma de gráficos.  No Brasil entre o período de 2010 a 2020 foram diagnosticados 187508 casos de meningite, dos quais 87.939 corresponderam a crianças menores de um ano e de até 9 anos e 11 meses e 28.384 casos em menores de 1 ano. A região Sudeste apresentou o maior número de crianças e neonatos com meningite, e menor número na região Norte. A meningite viral prevaleceu em relação a bacteriana. O sexo masculino e das raças branca e parda foram os mais afetados pela doença. Os critérios de diagnósticos foram: quimiocitológico, clínico, cultura, PCR-viral, AG Latex, clínico-epidemiológico e bacterioscopia.

Biografia do Autor

Nara Moraes Guimarães, Universidade Brasil

Graduanda do Curso de Medicina da Universidade Brasil

Vitor Hugo Ramos Alves, Universidade Brasil

Médico graduado pela Universidade Brasil

Barbara Santarém Soares, Universidade Brasil

Graduanda do curso de Medicina

Leonardo Murilha Ruiz, Faculdade Ceres

Graduando de Mediicina

Leticia Cabral Guimarães, Universidade Brasil

Graduanda de Medicina

Vitor Marchito Soares, Universidade Brasil

Graduando de Medicina

Referências

Aguiar, T. S., Fonseca, M. C., Santos, M. C., Nicoletti, G. P., Alcoforado, D. S. G., Santos, S. C. D., Pontes, M. De L., Soares, T. F. R., Marcos, G. C., Teixeira, S. C. M., Macedo, B. M., Medeiros, L. N. B., Brandao, G. H. A., Câmara, A. G., Amorim, I. G., & Macêdo Júnior, A. M. de. (2022). Epidemiological profile of meningitis in Brazil, based on data from DataSUS in the years 2020 and 2021. Research, Society and Development, [S. l.], 11( 3): e50811327016.. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i3.27016.

Al-Qahtani, S. M., Shati, A. A., Alqahtani, Y. A., & Ali, A. S. (2022). Etiology, clinical phenotypes, epidemiological correlates, laboratory biomarkers and diagnostic challenges of pediatric viral meningitis: Descriptive review. Frontiers in Pediatrics. 10:23125. http://dx.doi.org/10:923125. 10.3389/fped.2022.923125

Brasil-Ministério da Saúde. (2019). Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação- Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de vigilância em saúde. (3a ed.).

Brasil- Ministério da Saúde. (2020). Meningite. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/meningite-1

Bundy, L. M., & Noor, A. (2022). Neonatal Meningitis. In: Stat Pearls. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing.

Cedeno-Burbano, A. A., Galeano-Trivino, G. A., Manquillo-Arias, W. A., & Muñoz-García, D. A. (2016). Salmonella enteritidis meningitis in an infant: Case report and literature review. Revista de la Facultad de Medicina. 64(3):575-580. https://doi.org/10.15446/revfacmed.v64n3.54613

Caldas, M. L. L. S., & Berezin, E. N. (2020). Epidemiology of meningitis in children in a Brazilian northeastern state. Research, Society and Development, 9(9): e570997553, https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7553

Cardoso, L. C. C., Santos, M. K. A., & Mariano, N. F. (2019). Caracterização do perfil epidemiológico de meningite: estudo ecológico na Região Nordeste de 2008 a 2018 2º Congresso Internacional de Enfermagem - CIE/13° Jornada de Enfermagem da Unit (JEU).

Colman, V. P., & Reda, N. (2019). Aspectos epidemiológicos da meningite no município de Porto Nacional (TO), no período de 2014 a 2018. Scire Salutis. 9(2):49-59. http://doi.org/10.6008/CBPC2236-9600.2019.002.0006

Filho, A. M. R. C., & Moreira, A. S. S. (2019). Viral Etiology Meningitis and Encephalitis. Revista da Faculdade de Medicina de Teresópolis. 3(1): 85-95.

Gilbert, P. B., Isbrucker, R., Andrews, N., Goldblatt, D., Heath, P. T., Izu, A., Madhi, S. A., Moulton, L., Schrag, S. J., Shang, N., Siber, G., & Sobanjo-Ter Meulen, A. (2022). Methodology for a correlate of protection for group B Streptococcus: Report from the Bill & Melinda Gates Foundation workshop held on 10 and 11 February 2021. Vaccine. 40(32):4283-4291.: http://doi.org/10.1016/j.vaccine.2022.05.016.

Ghuneim, N., Dheir, M., & Ali, K. A. (2016). Epidemiology of Different Types of Meningitis Cases in Gaza Governorates, Occupied Palestinian Territory, December 2013- January 2014. Journal of Antivirals & Antiretrovirals. 8(1):26-34. . http://doi.org/10.4172/jaa.1000132

Guillen-Pinto, D., Málaga-Espinoza, B., Ye-Tay, J., Rospigliosi-López, M. L., Montenegro-Rivera, A., & Rivas, M. Neonatal meningitis: a multicenter study in Lima, Peru. Rev Peru Med Exp Salud Publica. 2020;37(2):210-9. https://doi.org/10.17843/rpmesp.2020.372.4772.

Iregbu, K. C., & Abdullahi, N. (2015). Profiles of acute bacterial meningitis isolates in children in National Hospital, Abuja. Nigerian Medical Journal. 56(4): 297-300.

Kavuncuoglu, S., Gursoy, S., Turel, O., Aldemir, E. Y., & Hosaf, E. (2013). Neonatal bacterial meningitis in Turkey: epidemiology, risk factors, and prognosis. Journal of Infection in DevelopingCcountries. 7:73–81.

Macedo, R. M., Noleto, D. C., & Castanheira. E. P. (2019). Perfil epidemiológico da meningite bacteriana nas diferentes regiões brasileiras. RESU – Revista Educação em Saúde. 7( 2):144-149

Magalhães, R. S., & Santos, M. S. (2018). Perfil epidemiológico da meningite bacteriana no Município de Vitória da Conquista-Bahia, no período de 2008 a 2015. Revista de Ciências Médicas e Biológicas, 17 (1), 33-39.

Nour, M., & Alaidarous, A. (2017). simultaneous detection of bacterial meningitis in suspected cases of meningitis in children using PCR Assay, in Taif, Saudi Arabia. Merit Research Journal of Medicine and Medical Sciences. 8(3):337-341.

Ouchenir, L., Renaud, C., Khan, S., Bitnun, A., Boisvert, A. A., & McDonald J. (2017) The epidemiology, management, and outcomes of bacterial meningitis in infants. Pediatrics. 140:e20170476. http://doi.org/ 10.1542/peds.2017-0476

Pérez, M. G., Escarrá, Bqcas, F., Blanco, A., Reijtman, V., Mastroianni, A., Ceinos, M. C., Pellegrino, P., Bologna, R., & Rosanova M. T. (2017). Epidemiologia de las meningitis bacterianas en niños en un hospital pediatrico: 2011 – 2016. Medicina Infantil. XXIV:320- 324.

Prober, C. G., & Dyner, L. L. (2011). Central nervous system infections. In: Kliegman RM, Stanton BF, St. Geme III JW, et al. editors. Nelson textbook of pediatrics, 19th.ed. Philadelphia: Saunders Elsevier; c2011.

Queiroz, R. M. R., & Feferbaum, M. (2022). Metodologia da pesquisa em direito. Saraiva

Signorati, M.& Signorati, A. (2021). Epidemiological characteristics of Meningitis in the 7th Regional Health Department of the State of Paraná, in the período 2010-2019. Research, Society and Development.. 10(9): e29710918145, 10.33448/rsd-v10i9.18145.

Silva, H. C. G., & Mezarobb, A. N. (2018). Meningite no Brasil em 2015: O panorama da atualidade. Arquivos Catarinenses de Medicina. 47(1):34-46 .

Sztajnbok, D. C. N. (2012) Meningite Bacteriana Aguda Revista de Pediatria SOPERJ. 13( 2):72-76.

van de Beek, D., Brouwer, M. C., Th,waites, G. E. & Tunkel, A. R. (2012). Advances in treatment of bacterial meningitis. Lancet. 380:1693–702. . http://doi.org/ 10.1016/S0140-6736(12)61186-6

van Kassel, M. N., Bijlsma, M. W., Brouwer, M. C., van der Ende, A., & van de Beek, D. (2019). Community-acquired group B streptococcal meningitis in adults: 33 cases from prospective cohort studies. Journal of Infection, 78: 54–57.

van Kassel, M. N., de Boer, S., Teeri, A. F., Jamrozy, D., Bentley, S. D., Brouwer, M. C., van der Ende, A. & van de Beek, D., & Bijlsma Me W. (2021) Molecular epidemiology and mortality of group B steptococcal meningitis and infant sepsis in the Netherlands: a 30-year nationwide surveillance study. Lancet Microbe. 2: e32–40. https://doi.org/10.1016/S26665247(20)30192-0

Ward, M. A., Greenwood, T. M., David, R., Kumar, B. S., Mazza, J. J., Steven, H., & Yale, M, D. (2010). Josef Brudzinski and Vladimir Mikhailovich Kernig: Signs for Diagnosing Meningitis. Clinical Medicine & Research. 8(1):13-17. https://doi.org/10.3121/cmr.2010.862

Xu, M., Hu, L., Huang, H., Wang, L., Tan, J., Zhang, Y., Chenm C., Zhang, X., & Huang, L. (2019). Etiology and Clinical Features of Full-Term Neonatal Bacterial Meningitis: A Multicenter Retrospective Cohort Study. Frontiers in Pediatrics. 7:31. https://doi.org/10.3389/fped.2019.00031.

Zunt, J. R., Kassebaum, N. J., Blake, N., Glennie, L., Wright, C., & Nichols, E. (2018). Global, regional, and national burden of meningitis, 1990–2016: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2016. Lancet Neurology. 17(12):1061–1082. https://doi.org/10.1016/S1474-4422(18)30387-9.

Downloads

Publicado

14/11/2022

Como Citar

GUIMARÃES, N. M. .; ALVES, V. H. R. .; SOARES, B. S. .; RUIZ, L. M. .; GUIMARÃES, L. C. .; SOARES, V. M. .; KOZUSNY-ANDREANI, D. I. Análise epidemiológica dos casos de meningite em crianças no Brasil dos anos 2010 a 2020. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 15, p. e187111537032, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i15.37032. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/37032. Acesso em: 2 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde