Análise do parque tecnológico do Brasil para o rastreamento do câncer de mama
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.37075Palavras-chave:
Mamografia; Rastreamento; Câncer de mama; SUS.Resumo
O rastreamento do câncer de mama no Brasil é realizado, prioritariamente, de modo oportunístico, por meio de exames mamográficos. Objetivou-se descrever quantitativamente o parque tecnológico disponível para o rastreamento do câncer de mama quanto a mamógrafos (MMs) e exames de mamografia (MMG). Trata-se de estudo quantitativo, que analisou banco de dados oficiais e de acesso público no período de 2015 a 2021. A quantidade de MMs em uso foi extraída do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), já a parcela de mulheres atendidas por planos de saúde (PS), dos dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e a estimativa da população-alvo (PA) do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), de onde também se extraiu a quantidade de mamografias (MMGs) aprovadas no SUS. Concluiu-se que há MMs em uso excedentes para atender a PA de todo o Brasil e suas regiões, sendo em maior número no Sudeste e em menor no Norte. Dentre as Unidades da Federação (UF), São Paulo apresentou maior quantidade de aparelhos em uso. Acre, Roraima e Amapá contaram com os menores quantitativos de aparelhos em uso SUS. Quanto aos estados com menos MMs em uso não SUS, destacaram-se Roraima, Acre, Amapá e Tocantins, todos nos anos de 2015 a 2021, e Alagoas, no ano de 2018. Duas UF apontaram falta de MMs para atender ambas as populações, durante alguns anos do período analisado: Acre e Distrito Federal. Os exames de MMG aprovados no SUS não atingiram a meta de 50% de cobertura da PA ED.
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