Características dos dentifrícios infantis disponíveis no mercado do sertão paraibano
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.37124Palavras-chave:
Dentifrício; Flúor; Cárie dentária.Resumo
O presente estudo tem como objetivo avaliar as características dos dentifrícios infantis acessíveis no mercado do sertão paraibano, cidade de Patos, Paraíba, de acordo com sua representação comercial, disponibilidade e preços. O estudo foi realizado através da obtenção dos dentifrícios em estabelecimentos comerciais de representação nacional da cidade de Patos, e subsequente análise das embalagens. Assim, foram encontradas 22 marcas comerciais de dentifrícios infantis de 10 fabricantes, sendo 15 (68,18%) com fluoreto e 7 (31,82%) sem fluoreto. Em análise, observou-se que dos dentifrícios fluoretados, com exceção de um, todos apresentaram concentrações acima de 1000 ppm de flúor. Os preços variaram entre R$ 2,25 e R$ 25,90. Todos se apresentaram na forma de gel, sendo a maioria com sabores atrativos para crianças (90,90%) e coloridos (63,64%). Mais da metade forneciam orientações sobre a idade e recomendavam manter fora do alcance das crianças. Portanto, pode-se concluir que há uma ampla oferta de dentifrícios infantis disponíveis de diferentes marcas, composições e preços para comercialização, sendo a maioria fluoretados e os de maior preço os não fluoretados. Os dentifrícios apresentam-se na forma de gel e possuem apelo publicitário para atrair as crianças com intuito de estimular o consumo e não há padronização das instruções presentes na embalagem.
Referências
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). (2015). Resolução RDC Nº 7, de 10 de fevereiro de 2015. Diário Oficial União. 2015.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). (2020). Resolução RDC Nº 530, de 4 de agosto de 2021. Diário Oficial União. 15(1), 119
Armonia, P. L., Barros, C. C. A., Adde, C. A., & Melo, J. A. J. (1998). Riscos de fluorose dentária em crianças com três anos de idade que residem no Município de São Paulo e utilizam creme dental fluorado. Revista do Instituto Ciências da Saúde, 16, 13-9.
Associação Gaúcha de Odontopediatria (Agoped). (2013). Dentifrícios fluoretados na primeira infância: riscos e benefícios. 2013.
Cascaes, A. M., Kamimura, L. C. B., Peres, K. G., & Peres, M. A. P. (2012). Conhecimento sobre o uso de fluoretos em saúde bucal coletiva entre coordenadores municipais de saúde bucal do estado de Santa Catarina, Brasil. Epidemiologia & Serviços de Saúde, Brasília, 21, 89- 98.
Cury, J. A., Caldarelli, P. G., & Tenuta, L. M. A. (2015). Necessity to review the brazilian regulation about fluoride toothpastes. Revista de Saúde Publica, 49.
Cury, J. A., & Tenura, L. M. A. (2014). Evidence-based recommendation on toothpaste use. Brazilian oral research, 28, 1-7.
Cury, J. A., Tenuta, L. M. A., Ribeiro, C. C. C., & Leme, A. F. P. (2004). The importance of fluoride dentifrices to the current dental caries prevalence in Brazil. Brazilian Dental Journal, 15, 167-174.
Cury, J. A., Dantas, E. D. V., Tenuta, L. M. A., Romão, D. A., Tabchoury, C. P. M., Nóbrega, D. F.,Velo, M. M. A. C., & Pereira, A. C. M. (2015). Concentração de fluoreto nos dentifrícios a base de MFP/CaCO3 mais vendidos no Brasil, ao final dos seus prazos de validade. Revista da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas, 69(3), 248-251.
Damião, L. S., Abrão, L. S. O., Lopes, P. P., Castro, A. M., Oliveira, F. S. (2010). Uso de dentifrício fluoretado e hábitos de escovação em crianças de 6 a 36 meses de idade. Revista de Odontologia do Brasil Central, 19(51), 295-300.
Davies, R. M., Ellewod, R. P., & Davies, G. M. (2003). The rational use of fluoride toothpaste. International Journal of Dental Hygiene, 1, 3-8.
Emmi, D. T., Lima, A. F. M. R., Lemos, A. T. V., & Da Silva, C. M. S. (2017). Knowledge of pediatricians and the importance of interdisciplinarity in attention to oral health in early childhood. Health Science Acta Scientiarum, 39, 115-122.
Feldens, E. G., Feldens, C. A., Raupp, S. M. M., Wessler, A. L. M., Graeff, S. L., & Kramer, P. F. (2001). Avaliação da utilização de dentifrícios fluoretados por crianças de 2 a 5 anos de idade de três escolas da cidade de Porto Alegre. Jornal Brasileiro Odontopediatria e Odontologia do Bebê, 4, 375-382.
Fraga, C. P. T., Mayer, M. P. A., & Rodrigues, C. R. M. D. (2010). Use of chewing gum containing 15% of xylitol and reduction in mutans streptococci salivary levels. Brazilian Oral Reserach, 59,142-146.
Goldman, A. S., Yee, R., Holmgren, C. J., & Benzian, H. (2008). Global affordability of fluoride toothpaste. Global Health, 4, 1-8.
Isokangas, P., Soderling, E., Pienihakkinen, K., & Alanen, P. (2000). Occurrence of dental decay in children after maternal consumption of xylitol chewing gum, a follow-up from 0 to 5 years of age. Journal of Dental Research, 79, 1885-1889.
Lima, N. H. S., Martins, C. C., & Paiva, S. M. (2004). Influência do hábito da escovação sobre a quantidade de dentifrício colocado na escova. Pesquisa Brasileira Odontopediatria e Clinica Integrada, 4, 9-14.
Magalhães, A. C., Moron, B. M., Comar, L. P., & Buzalaf, M. A. R. (2011). Uso racional dos dentifrícios. Revista Gaúcha de Odontologia, 59, 615-625.
Martins, C. C., Pinheiro, N. R., & Paiva, S. M. (2001). Dentifrícios fluoretados como fator de risco para a ocorrência de fluorose dentária. Pesquisa Odontológica Brasileira, 15, 29-30.
Martins, C. C., Pinheiro, N. R., & Paiva, S. M. (2002). Perfil de crianças portadoras de fluorose dentária quanto às diversas formas de acesso ao flúor. Jornal Brasileiro Odontopediatria e Odontologia do Bebê, 5, 396-402.
Martins, R. S., Mâcedo, J. B., Muniz, F. W. M. G., Carvalho, R. S., & Moreira, M. M. S. M. (2012). Composição, princípios ativos e indicações clínicas dos dentifrícios: uma revisão da literatura entre 1989 e 2011. Journal of Health Sciences, 30(3), 287-291.
Ministério da Saúde, Brasil (2009). Guia para recomendações do uso de fluoretos no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde; 2009.
Montijano, H., Tomás-Barberán, F. A., & Borrego, F. (1998). Propriedades tecnológicas y regulación de los edulcorantes de alta intensidade em la Unión Europea. Food Sci. Technol. International, 4, 5-16.
Nayak, P. A., Nayak, U. A., & Khadelwal, V. (2014). The effect of xylitol on dental caries and oral flora. Clinical Cosmetic Investigational Dentistry, 56, 89-94.
Paiva, S. M., Lima, Y. B. O., & Cury, J. A. (2003). Fluoride intake by brazilian children from two communities with fluoridated water. Community Dentistry and Oral Epidemiology, 31,184-1991.
Polk, D. E., Geng, M., Levy, S., Koerber, A., & Flay, B. R. (2014). Frequency of daily tooth brushing: predictors of change in 9- to11-year old US children. Community Dentistry and Oral Epidemiology, 31(3), 136-40.
Prietto, N. R., Portella, A. R., Almeida, L. H., Possebon, A. P. R., Azevedo, M. S., & Torriani, D. D. (2015). Atitudes e conhecimento dos pais quanto ao uso de dentifrícios fluoretados em crianças de um a 65 meses de idade. Revista da Faculdade de Odontologia da Universidade de Passo Fundo, 20, 216-221.
Ramos, M. C. C., Rebelo, M. A. B., Vieira, J. M. R., Miranda, L. F. B., Tabchoury, C. P. M., & Cury, J. A. (2022). Dentifrício fluoretado, vigilância sanitária e o SUS: o caso de Manaus-AM. Revista de Saúde Pública, 56(9), 1-10.
Roza, P. H. J., Studart, L. P. C., & Katz, C. R. T. (2016). Características dos dentifrícios infantis disponíveis no mercado brasileiro. Arquivos em Odontologia, 52, 207-214.
Simard, P. L., Naccache, H., Lachapelle, D., & Brodeur, J. M. (1991). Ingestion of fluoridefrom dentifrices by children aged 12 to 24 months. Clinical Pediatrics, 30, 614-627.
Spear, C. S., & Savisk, L. A. (1991). A study of children's taste and visual preferences in dentifrices. ASDC Journal of Dentistry for Children, Chicago, 58, 300-302.
Thylstrup, A. (1978). Distribution of dental fluorosis in the primary dentition. Community Dent Oral Epidemiology, 6, 329-337.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Tayná Marques de Sá; Valeska Raulino da Cunha Correia; Natercia Medeiros de Lima; Maria Luzia Barbosa do Vale; Haroldo Gonçalves de Lima; Abrahão Alves de Oliveira Filho; Ana Luísa Dias Leite de Andrade; Manuella Santos Carneiro Almeida; Maria Angélica Sátyro Gomes Alves; Camila Helena Machado da Costa Figueiredo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
