Análise da relevância da reconstrução mamária pós-mastectomia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.37266

Palavras-chave:

Câncer de mama; Mastectomia; Reconstrução mamária; Qualidade de vida.

Resumo

Fundamentação: A mastectomia é um procedimento necessário e muitas vezes curativo no tratamento do câncer de mama, porém o mesmo interfere não só no aspecto físico da mulher, mas também na qualidade de vida, já que a mama é um símbolo de feminilidade. Nesse aspecto, a literatura mostra que a reconstrução mamária após a mastectomia, altera positivamente e significativamente todas essas interferências, uma vez que, o símbolo da feminilidade é reconstituído, reduzindo os quadros depressivos e de disfunções sexuais, trazendo de volta a autoestima da mulher. Objetivos: Analisar a importância da reconstrução mamária pós mastectomia no tratamento invasivo de câncer de mama. Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura narrativa, na qual realizou-se uma busca na base de dados PUBMED e nos livros: Moore Anatomia Orientada para a Clínica e Oncoplastia e Reconstrução Mamária. Resultados e Conclusão: A mastectomia gera danos físicos e mentais na vida da mulher, essa revisão permite concluir que dados atuais mostram a existência de uma correlação entre melhora da qualidade de vida e reconstrução mamária pós mastectomia, a exemplo da diminuição dos quadros depressivos, auto aceitação e melhora no aspecto sexual. Apesar dessas melhoras serem consideradas significativas, deve ser levado em consideração que a mulher sofreu um grande impacto em sua vida, inclusive mudança física na textura da mama reconstruída comparada a sua mama natural, assim, cada uma leva um tempo para lidar com a nova situação, sendo necessário apoio familiar e psicológico, mesmo após a reconstrução. 

Referências

Arcanjo, S., Sabino Neto, M., Veiga, D. F., Garcia, E. B., & Ferreira, L. M. (2019). Sexualidade, depressão e imagem corporal após a reconstrução mamária. Clínicas (São Paulo, Brasil), 74, e883. doi.org/10.6061/clinics/2019/e883. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6542498/.

Archangelo, S. de C. V., Sabino, M., Veiga, D. F., Garcia, E. B., & Ferreira, L. M. (2019). Sexuality, depression and body image after breast reconstruction. Clinics, 74.10.6061/clinics/2019/e 883

Bray, F., et al. (2018). Global cancer statistics 2018: GLOBOCAN e stimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries. CA: a cancer journal for clinicians, Hoboken, 68(6), 394-424.

Chen, W., Lv, X., Xu, X., Gao, X., & Wang, B. (2018). Meta-analysis for psychological impact of breast reconstruction in patients with breast cancer. Breast Cancer, 25(4), 464–469. https://link.springer.com/article/10.1007/s12282-018-0846-8.

Chopra, D., & Robb, G. (2020). Body image: Integral aspect of psychosocial evaluation for patients undergoing breast reconstruction. The Breast Journal, 26(10), 1929–1930. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/tbj.14051.

De Lucena, C., et al.(2017). Oncoplastia: reconstrução mamária. (1ª.ed.): MedBook.

Eltahir, Y., Werners, L. L., Dreise, M. M., Van Emmichoven, I. A., Jansen, L., Werker P. M., et al. (2013). Desfechos de qualidade de vida entre a mastectomia e a reconstrução mamária: comparação do paciente relatado MAMA-Q e outras medidas de qualidade de vida relacionadas à saúde. Plast Reconstr Surg. 2013; 132(2):201e-209e. https://doi:10.1097/PRS.0b013e31829586a7.

Fang, S.-Y., Shu, B.-C., & Chang, Y.-J. (2013). The effect of breast reconstruction surgery on body image among women after mastectomy: a meta-analysis. Breast Cancer Research and Treatment, 137(1), 13–21. https://link.springer.com/article/10.1007/s10549-012-2349-1.

Ferlay, J., et al. (2018). Cancer today. Lyon, France: International Agency for Research on Cancer. (IARC CAncerBase, n. 15). https://publications.iarc.fr/Databases/Iarc-Cancerbases/Cancer-Today-Powered-By-GLOBOCAN-2018--2018.

Howes, B. H., Watson, D. I., Xu, C., Fosh, B., Canepa, M., &, Dean, N. R. (2016). Qualidade de vida após mastectomia total com e sem reconstrução versus cirurgia de conservação de mama para câncer de mama: Estudo de coorte controlado por caso. J Plast Reconstr Aesthet Surg. 69(9):1184-1191. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1748681516301206.

IARC. (2020). Key Global Cancer Data for 2020. Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC). https://www.iarc.who.int/wp-content/uploads/2021/12/br2021-img-1.jpg.

INCA. (2019). Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Estimativa 2020 - Síntese de resultados e comentários. Rio de Janeiro: INCA. https://www.inca.gov.br/estimativa/sintese-de-resultados-e-comentarios.

INCA. (2019). Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro. https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//estimativa-2020-incidencia-de-cancer-no-brasil.pdf.

Makdisse, F. (2022). Os diferentes tipos de mastectomia. https://www.accamargo.org.br/sobre-o-cancer/noticias/os-diferentes-tipos-de-mastectomia.

Matthews, H., Carroll, N., Renshaw, D., Turner, A., Park, A., Skillman, J., & Grunfeld, E. A. (2017). Predictors of satisfaction and quality of life following post-mastectomy breast reconstruction. Psycho-Oncology, 26(11), 1860–1865. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/pon.4397.

Ministério da Saúde. (2020). Câncer de mama. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/cancer-de-mama.

Moore, K. L., et al. (2014). Moore anatomia orientada para a clínica, ed. Koogan.

Neto, M. S., De Aguiar Menezes, M. V., Moreira, J. R., Garcia, E. B., Abla, L. E. F., & Ferreira, L. M. (2013). Sexuality After Breast Reconstruction Post Mastectomy. Aesthetic Plastic Surgery, 37(3), 643–647. https://link.springer.com/article/10.1007/s00266-013-0082-8.

OMS. (2021). Organização Mundial de Saúde. Câncer de mama agora forma mais comum de câncer: OMS tomando medidas. https://www.who.int/pt/news/item/03-02-2021-breast-cancer-now-most-common-form-of-cancer-who-taking-action.

OMS. (2021). Organização Mundial de Saúde. Nova iniciativa global sobre câncer de mama destaca compromisso renovado para melhorar a sobrevivência. https://www.who.int/news/item/08-03-2021-new-global-breast-cancer-initiative-highlights-renewed-commitment-to-improve-surviva.

Ortega, C. C. F., Veiga, D. F., Camargo, K., Juliano, Y., Sabino Neto, M., & Ferreira, L. M. (2018). Breast Reconstruction May Improve Work Ability and Productivity After Breast Cancer Surgery. Annals of Plastic Surgery, 1. https://journals.lww.com/annalsplasticsurgery/Abstract/2018/10000/Breast_Reconstruction_May_Improve_Work_Ability_and.7.aspx.

Padmalatha, S., Tsai, Y.-T., Ku, H.-C., Wu, Y.-L., Yu, T., Fang, S.-Y., & Ko, N.-Y. (2021). Higher Risk of Depression After Total Mastectomy Versus Breast Reconstruction Among Adult Women With Breast Cancer: A Systematic Review and Metaregression. Clinical Breast Cancer. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33541834/.

Pinell-White, X. A., Duggal, C., Metcalfe, D., Sackeyfio, R., Hart, A. M., & Losken, A. (2015). Patient-Reported Quality of Life After Breast Reconstruction. Annals of Plastic Surgery, 75(2), 144–148.| https://journals.lww.com/annalsplasticsurgery/Abstract/2015/08000/Patient_Reported_Quality_of_Life_After_Breast.7.aspx.

Pittermann, A., & Radtke, C. (2019). Psychological Aspects of Breast Reconstruction after Breast Cancer. Breast Care, 14(5), 298–301. doi:10.1159/000503024. https://www.karger.com/Article/FullText/503024.

Rafaello F., et al., (2018). Câncer de mama: Técnicas de reconstrução mamária com próteses ou expansores. https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/03/880201/cancer-de-mama-tecnicas-de-reconstrucao-mamaria-com-proteses-ou_5FxblmC.pdf.

Rapuud, G. S., et al. (2017). Câncer de mama: diagnóstico e abordagem cirúrgica. https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/05/883238/ca-de-mama-finalb_rev.pdf.

Raquel E. M., et al. ( 2014). A report on complications of breast implantation: evaluation of 546 cases in 8 years. http://www.rbcp.org.br/details/1549/pt-BR/estudo-de-complicacoes-em-proteses-mamarias--avaliacao-de-546-casos-em-oito-anos.

Rojas, K. E., Matthews, N., Raker, C., Clark, M. A., Onstad, M., Stuckey, A., & Gass, J. (2017). Body mass index (BMI), postoperative appearance satisfaction, and sexual function in breast cancer survivorship. Journal of Cancer Survivorship, 12(1), 127–133. https://link.springer.com/article/10.1007/s11764-017-0651-y.

Rojas, K. E., Matthews, N., Raker, C., et al. (2018). Índice de massa corporal (IMC), satisfação com a aparência pós-operatória e função sexual na sobrevivência ao câncer de mama. J Cancer Surviv 12, 127–133. https://doi.org/10.1007/s11764-017-0651-y.

Rose, M., Svensson, H., Handler, J., Hoyer, U., Ringberg, A., & Manjer, J. (2020). Patient-reported outcome after oncoplastic breast surgery compared with conventional breast-conserving surgery in breast cancer. Breast Cancer Research and Treatment. https://link.springer.com/article/10.1007/s10549-020-05544-2.

Rosenberg, S. M., Dominici, L. S., Gelber, S., Poorvu, P. D., Ruddy, K. J., Wong, J. S., & Partridge, A. H. (2020). Association of Breast Cancer Surgery With Quality of Life and Psychosocial Well-being in Young Breast Cancer Survivors. JAMA Surgery. https://jamanetwork.com/journals/jamasurgery/fullarticle/2770271.

Sampaio, T. B. (2022). Metodologia da pesquisa [recurso eletrônico] / Tuane Bazanella Sampaio. (Gestão em organização pública em saúde).

Schmidt, J. L., Wetzel, C. M., Lange, K. W., Heine, N., & Ortmann, O. (2017). Patients’ experience of breast reconstruction after mastectomy and its influence on postoperative satisfaction. Archives of Gynecology and Obstetrics, 296(4), 827–834. https://link.springer.com/article/10.1007/s00404-017-4495-5.

Türk, Ke., & Yilmaz, M. (2018). O efeito na qualidade de vida e imagem corporal da mastectomia entre sobreviventes do câncer de mama. Eur J Saúde da Mama.14(4):205-210.: https://pubmed.ncbi.nl m.nih.gov/30288494/.

Downloads

Publicado

19/11/2022

Como Citar

BARROS, I. T. M. .; FIGUEIREDO, M. B. G. de A. Análise da relevância da reconstrução mamária pós-mastectomia. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 15, p. e342111537266, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i15.37266. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/37266. Acesso em: 21 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde