Depressão e ansiedade em idosos residentes em uma Instituição de Longa Permanência
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.37271Palavras-chave:
Ansiedade; Depressão; Instituição de longa permanência para idosos.Resumo
Objetivo: Avaliar sinais depressivos e ansiosos em idosos residentes em uma instituição de longa permanência. Metodologia: Estudo do tipo exploratório, transversal, realizado em Aracaju, Sergipe, que teve como amostra 25 participantes idosos. Foram utilizados três instrumentos para coleta dos dados: um questionário para caracterização sociodemográfica, elaborado pelos próprios pesquisadores; a Escala de Depressão Geriátrica Abreviada, composta por 15 itens de respostas objetivas (sim ou não) que buscou avaliar os sentimentos dos idosos perante a vida; além do Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), em que possui uma lista de sintomas comuns da ansiedade, sendo respondido de acordo com o que tem incomodado na última semana, incluindo o dia da realização da pesquisa. Nos critérios de elegibilidade, foram incluídos os idosos de ambos os sexos e com idade igual ou superior a 60 anos, sendo excluídos os idosos que não apresentaram capacidade cognitiva preservada, após aplicação do Mini Exame do Estado Mental. Resultados: Verificou-se a prevalência do sexo feminino 15 (60,0%), com faixa etária média de 79,1 anos. Dos 25 idosos participantes do estudo, 15 (60,0%) apresentam condições sugestivas leves ou severas para depressão. Com relação aos sinais de ansiedade, 11 (73,33 %) das mulheres têm graves sintomas da doença, e 4 (26,64%) ainda apresentam sintomas moderados. No que diz respeito aos idosos do sexo masculino, cerca de 7 (70,00%) apresentam mostras graves da enfermidade, e 3 (30,00%) moderadas. Conclusão: Constatou-se que a depressão e ansiedade estão presentes entre os idosos que vivem institucionalizados, com predominância equivalente em ambos os sexos.
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