Os Impactos Psicossociais na vida do indivíduo com Vitiligo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.37288Palavras-chave:
Vitiligo; Medicina psicossomática; Psicologia.Resumo
O vitiligo é uma doença relativamente comum, ela é considerada crônica e caracterizada pelo aparecimento de manchas brancas na pele, muitas vezes causada por questões emocionais. Este estudo buscou analisar os principais impactos psicossociais na vida dos indivíduos com vitiligo. Para isso, buscou-se compreender os principais sintomas físicos e psicológicos causados pela doença para posteriormente compreender os impactos psicossociais envolvidos e como eles afetam a vida desses indivíduos. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica integrativa. Para o levantamento dos dados, foram analisados artigos científicos publicados nos últimos 06 anos, presentes nas plataformas da SciELO; CAPES e na PubMed. Os resultados encontrados com os descritores selecionados na base de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) foram inicialmente de 7.313, após a utilização dos filtros e dos critérios de inclusão e exclusão, 13 artigos foram selecionados para leitura na íntegra, sendo selecionados 10 artigos. Assim, foi possível inferir a partir das referências utilizadas ligadas à área de estudo da psicossomática que as doenças não são consideradas como fato isolado no organismo, mas é um resultado de um processo vivenciado pelo indivíduo, como é o caso do vitiligo, que embora não tenha origem conhecida, suas causas podem remeter a diversos problemas de saúde e à questões psicossociais. Portanto concluiu-se que, em sua grande maioria, os impactos psicossociais no indivíduo são negativos, fazendo com que esses sujeitos tenham uma qualidade de vida, como bem-estar físico, mental e social, prejudicada, agravando ainda mais as manchas, podendo desencadear o desenvolvimento de outras doenças.
Referências
Assis, C. L. D et al. (2013). Percepções e práticas sobre psicossomática em profissionais de saúde de Cacoal e Nova Brasilândia/RO. Aletheia, Canoas, n. 40, p. 74-86, abr. 2013. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-03942013000100007&lng=pt&nrm=iso
Azulay, R. D. (2017). Dermatologia, (7a ed.) Grupo GEN, 2017. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527732475/
Ballone, G.; J. et al. (2007). Da Emoção à Lesão: um Guia de Medicina Psicossomática. Editora Manole, 2007.
Bishnoi, A. & Parsad, D. (2019) Qualidade de vida. In: Picardo, M., Taïeb, A. (eds) Vitiligo. Springer, Cham. 2019. https://doi.org/10.1007/978-3-319-62960-5_18.
Bú, E. A. D.; Coutinho, M. D. P. D. L. (2019). Representational Structure of Vitiligo: Non-Restrictive Skin Marks. Trends in Psychology, 27, 615-629. https://www.scielo.br/j/tpsy/a/FrkX8bq46tHvtdDtJMtjnfz/abstract/?lang=en
Bú, E. A. D., Alexandre, M. E. S. D.; Scardua, A. & Araújo, C. R. F. D. (2017). Vitiligo as a psychosocial disease: apprehensions of patients imprinted by the white. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, 22, 481-491. https://www.scielo.br/j/icse/a/ht6dn5W3TSH7QwWfw4rKjdN/abstract/?lang=en
Calvetti, P. Ü.; Rivas, R. D. S. J.; Coser, J.; Barbosa, A. C. M. & Ramos, D. (2017). Aspectos biopsicossociais e qualidade de vida de pessoas com dermatoses crónicas. Psicologia, Saúde e Doenças, 18(2), 297-307. https://www.redalyc.org/pdf/362/36252193002.pdf
Costa, Y. S. D. A. & Sales, R. L. (2021). Psicossomática: Uma Releitura Histórica do Surgimento Aos Dias Atuais.
Cunha, E. C. M. & Fonseca, B. R. (2020). A Influência Dos Estados Emocionais No Desencadeamento De Doenças Psicossomáticas. Research, Society and Development, v. 9, n. 11, e91791110663, 2020
Do Bú, E. A.; De Alexandre, M. E. S. & De Lima Coutinho, M. D. P. (2017). Representações sociais do vitiligo elaboradas por brasileiros marcados pelo branco. Psicologia, Saúde e Doenças, 18(3), 760-722. https://www.redalyc.org/pdf/362/36254714011.pdf
Ezzedine, K.; Eleftheriadou, V.; Jones, H.; Bibeau, K.; Kuo, F. I.; Sturm, D. & Pandya, A. G. (2021). Psychosocial effects of Vitiligo: A systematic literature review. American Journal of Clinical Dermatology, 22(6), 757-774. https://link.springer.com/content/pdf/10.1007/s40257-021-00631-6.pdf
Ferreira, L.; Dias Postigo, A.; Callegari Zanetti, M. & Nogueira Neves, A. (2018). Traços Atitudinais da Imagem Corporal e Qualidade de Vida em Indivíduos com Vitiligo Sedentários e Fisicamente Ativos. Revista de psicologia del deporte, 27.
Grimes, P. E. & Miller, M. M. (2018). Vitiligo: Patient stories, self-esteem, and the psychological burden of disease. International journal of women's dermatology, 4(1), 32-37. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2352647517300965
Jesus, L. H.D; Cavinatto, A. Choi, A. H. H.; Almeida, C. S;Weber, M. B.(2021).Comparação da Qualidade de Vida entre Pacientes Pediátricos com Dermatite Atópica e com outras dermatoses no Sul do Brasil.Revista da AMRIGS, 65.
Lima, E. D. D. & Assis, C. L. D. (2017) Com qual somatização eu vou?” Percepções e práticas sobre psicossomática em profissionais de saúde de Cacoal - RO. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health, [S. l.], 9(22), 83–97. 10.5007/cbsm. v9i22.68847. https://periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/68847.
Liu, J. W.; Tan, Y.; Chen, T.; Liu, W.; Qian, Y. T. & Ma, D. L. (2022). Post-Traumatic Stress in Vitiligo Patients: A Neglected but Real-Existing Psychological Impairment. Clinical, Cosmetic and Investigational Dermatology, 15, 373.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8906700/pdf/ccid-15-373.pdf
Ning, X.; Zhang, Y.; Wang, W.; Yan, H. & Xia, Y. (2017). Evaluation of the Behavioral and Psychological Symptoms in Patients with Vitiligo in China. Psychology Research and Behavior Management, 15. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9377344/pdf/prbm-15-2107.pdf
Oliveira, C. C. D. (2019). Qualidade de vida de pacientes com vitiligo e aspectos relacionados à extensão da lesão e índice relativo de melanina. 2019. 83 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) – Universidade Federal de Sergipe, Aracaju. http://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/13049
Pereira, M. G. (2011). Artigos Científicos - Como Redigir, Publicar e Avaliar. Grupo GEN.
Rocha, M. O. M. et al. (2020). Prejuízos psicossociais causados pelo vitiligo: A importância de um olhar para o corpo. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 12, Vol. 02, pp. 163-178. https://www.nucleodoconhecimento.com.br/psicologia/vitiligo
Ruiz, L. P. & Dos Reis, M. D. J. D. (2018). Sofrimento à flor da pele: Depressão e autoestima em portadoras de vitiligo. Interação em Psicologia, Curitiba, v. 22, n. 1, abr. 2018.
Silpa-Archa, N.; Pruksaeakanan, C.; Angkoolpakdeekul, N.; Chaiyabutr, C.; Kulthanan, K.; Ratta-Apha, W. & Wongpraparut, C. (2020). Relationship Between Depression and Quality of Life Among Vitiligo Patients: A Self-assessment Questionnaire-based Study. Clinical, cosmetic and investigational dermatology, 13, 511–520. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7414931/pdf/ccid-13-511.pdf.
Soares, J. B. D. & Vasconcelos, M. B. D. V. (2019). Psicossomática: Visão integrativa entre mente, corpo e emoção. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 08, Vol. 01, pp. 05-13. agosto de 2019. https://www.nucleodoconhecimento.com.br/psicologia/mente-corpo-e-emocao.
Souza, M. T. D. et al.. (2010). Integrative review: what is it? How to do it?. Einstein (São Paulo). 2010, v. 8, n. 1 , pp. 102-106. doi: https://doi.org/10.1590/S1679-45082010RW1134
Vieira, L. & Macêdo, M. (2019). A Interação Biopsicossocial no Processo de Somatização: Interface com a Saúde Pública / Biopsychosocial Interaction in the Somatization Process: Interface with Public Health. ID on line. Revista de psicologia, 13(45), 1-17. doi:https://doi.org/10.14295/idonline.v13i45.1665
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Jhemerson da Silva Aquino; Patricia Kecianne Costa Ribeiro; Elcivan Bezzera Miranda; Suellen Alves de Azevedo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.