Estudos em Asteraceae (Astereales, Magnoliophyta) da Serra dos Martírios/ Andorinhas e Área de Proteção Ambiental de São Geraldo do Araguaia, Pará, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i16.37366

Palavras-chave:

Amazônia; Arco do desmatamento; Biodiversidade; Compositae; Cerrado.

Resumo

O Parque Estadual Serra dos Martírios/Andorinhas (PESMA), é uma importante área de proteção ambiental, localizada no Sudeste do Pará, é uma região de ecótono, transição entre a Amazônia e o Cerrado brasileiro, além de abrigar importantes sítios arqueológicos. No entanto, a região sofre com ações antrópicas, sendo assim, necessários estudos sobre a composição vegetal da região, a fim de auxiliar na tomada de ações para sua preservação. Asteraceae Bercht. & J. Presl é uma das famílias de vegetais mais expressiva no grupo das plantas com flores (angiospermas), contando com aproximadamente 30.000 espécies distribuídas de forma cosmopolitana. No Brasil, atualmente são registradas 2.205 espécies distribuídas em 326 gêneros, para este grupo. O presente estudo taxonômico analisou material proveniente de espécimes ocorrentes na região. Sendo que, esta pesquisa identificou 29 espécies, distribuídas entre 23 gêneros, com apenas um espécime identificada em nível de tribo (Eupatorieae sp.). Cinco espécies são endêmicas para o Cerrado (Chromolaena ferruginea (Gardner) R.M. King & H. Rob., Eitenia praxelioides R.M.King & H.Rob., Lessingianthus semirii Antar & Loeuille, Lepidaploa remotiflora (Rich.) H. Rob. e Praxelis diffusa Hieron.) e uma espécie endêmica para Amazônia (Aspilia ulei Hieron.). Tais resultados contribuem para maiores conhecimentos acerca da biodiversidade da região, bem como auxiliam em sua preservação.

Referências

BFG – Brazil Flora Group. (2015). Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, 66(4): 1085-1113. 10.1590/2175-7860201566411

Biodiversity Heritage Library. (2022). Base e dados. http://www.biodiversi tylibrary.org/.

Botanicus Digital Library. (2022). Base de dados. http://www.botanicus.org/.

Cardoso, D., Särkinen, T., Alexander, S., Amorim, A. M., Bittrich, V., Celis, M., Daly, D. C., Fiaschi, P., Funk, V. A., Giacomin, L. L., Goldenberg, R., Heiden, G., Iganci, J., Kelloff, C. L., Knapp, S., Lima, H. C., Machado, A. F. P.,Santos, R. M., Mello-Silva, R., Michelangeli, F.A., Mitchell, J., Moonlight, P., Moraes, P. L. R., Mori, A. S., Nunes, T. S., Pennington, T. D., Pirani, J. R., Prance, G. T., Queiroz, L. P., Rapini, A., Riina, R., Rincon, C. A. V., Roque, N., Shimizu, G., Sobral, M., Stehmann, J. R., Stevens, W. D., Taylor, C. M., Trovó, M., van den Berg, C., van der Werff, H., Viana, P. L., Zartman, C. E. & Forzza, R. C. (2017). Amazon plant diversity revealed by a taxonomically verified species list. Proceedings of the National Academy of Sciences, 114(40): 10695–10700. https://doi.org/10.1073/pnas.1706756114

Cruz, A. P. O., Viana, P. L. & Santos, J. U. M. (2016). Flora das cangas da Serra dos Carajás, Pará, Brasil: Asteraceae. Rodriguésia, 67: 1211-1242. https://doi.org/10.1590/2175-7860201667520.

Fidalgo, O. & Bononi, V. L. (1984). Técnicas de coleta, preservação e herborização de material botânico. Instituto de Botânica. 61p.

Filgueiras, T. S., Nogueira, P. E., Brochado, A. L. & Gualla, I. G. F. (1994). Caminhamento: um método expedito para levantamentos florísticos qualitativos. Cad. Geociências, 12, 39-43.

Flora e Funga do Brasil. Base de dados do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ). http://floradobrasil.jbrj.gov.br/. Último acesso em: out. 2022.

Forzza, R. C., Baumgratz, J. F. A., Bicudo, C. E. M., Dora, A. L., Carvalho Jr, A. A., Coelho, M. A. N., Costa, A. F., Costa, D. P., Hopkins, M. G., Leitman, P. M., Lohmann, L. G., Lughadha, E. N., Maia, L. C., Martinelli, G., Menezes, M., Morim, M. P., Peixoto, A. L., Pirani, J. R., Prado, J., Queiroz, L. P., Souza, S., Souza, V. C., Stehmann, J. R., Sylvestre, L. S., Walter, B. M. T. & Zappi, D. (2012) New Brazilian Floristic List Highlights Conservation Challenges. BioScience, 62(1): 39-45.

Funk, V. A., Susanna, A., Stuessy, T. F., Bayer, R. J. (2009). (Ed.). Systematics, Evolution and Biogeography of Compositae. Vienna: IAPT, 965p.

Gonçalves, E. G. & Lorenzi, H. (2011). Morfologia Vegetal: organografia e dicionário ilustrado de morfologia das plantas vasculares. 2. ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora. 512p.

Gorayab, P. S. S. (2008). Parque Martírios-Andorinhas: conhecimento, história e preservação. EDUFPA. 354p.

Herbário Virtual: Programa Reflora. (2022). http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/herbarioVirtual/ConsultaPublicoHVUC/ConsultaPublicoHVUC.do>.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2016). Base de dados: Shapefile. https://www.ibge.gov.br/geociencias/downloads-geociencias.html.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2022a). Biomas brasileiros. https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/territorio/18307-biomas-brasileiros.html#:~:text=O%20Bioma%20Amaz%C3%B4nia%20ocupa%20cerca,%C3%A1gua%20e%20grandes%20reservas%20minerais.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2022b) São Geraldo do Araguaia. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/sao-geraldo-do araguaia/panorama. Acesso em: out. 2022.

ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Unidades de Conservação Federais – SHP (SIRGAS2000). (2019). https://www.icmbio.gov.br/portal/geoprocessamentos/51-menu-servicos/4004-downloads-mapa-tematico-e-dados-geoestatisticos-das-uc-s .

Jansen, R. K. & Palmer, J. D. (1988). Phylogenetic implications of chloroplast DNA restriction site variation in the Mutisieae (Asteraceae). American Journal of Botany, 75(5): 753-766.

JSTOR Global Plants. Base de dados. http://plants.jstor.org/.

Judd, W. S., Campbell, C. S., Kellogg, E. A., Stevens, P. F.& Donoghue, M. J. (2009). Sistemática vegetal: um enfoque filogenético. (3. ed.). Porto Alegre-RS: Artmed, 632p.

Kadereit, J. W. & Jeffrey, C. (Ed.). (2007). Vascular Plants: Flowering Plants Eudicots – Asterales. V. 8. Berlin: Springer, 635p.

King, R. M. & Robinson, H. (1987). The genera of Eupatorieae (Asteraceae). Monographs in Systematic Botany from Missouri Botanical Garden. 580p.

Lorenzi, H. & Matos, F.J.A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Nova Odessa-SP, Jardim Botânico Plantarum, 2021. p. 576.

Martins-da-Silva, R. C. V., Silva, A. S. L., Fernandes, M. M. & Margalho, L. F. (2014). Noções morfológicas e taxonômicas para identificação botânica. Embrapa. 111p. https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/992543/nocoes-morfologicas-e-taxonomicas-para-identificacao-botanica.

Nunes, R. J., Trindade, J. R., Souza, M. C., Santos, V. H. R. & Gomes, M. A. F. (2016). Caracterização da germinação e morfologia da plântula e estágio juvenil de Elephantopus mollis Kunth (língua de vaca). In: VIII Encontro Amazônico de Agrárias - ENAAG, 2016, Belém. Anais do VIII Encontro Amazônico de Agrárias - ENAAG. Belém: EDUFRA.

OpenLibrary. (2022). Base de dados. https://openlibrary.org/.

Panero, J. L. & Crozier, B. S. (2016). Macroevolutionary dynamics in the early diversification of Asteraceae. Molecular Phylogenetics and Evolution, 99:116–132. https://doi.org/10.1016/j.ympev.2016.03.007

Pereira, R. C. A. (2001). Revisão Taxonômica do gênero Ichthyothere Mart. (Heliantheae-Asteraceae). 2001. Monografia (Doutorado) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife-PE, 2001. 223f.

Phytotaxa. (2022). Base de dados. https://www.mapress.com/pt/index.

Pires, J. M. (1972). Estudos dos principais tipos de vegetação do estuário amazônico. Monografia (Doutorado em Ecologia Florestal) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), Piracicaba-SP, 183f.

Pruski, J. F. & Robinson, H. (2014). Flora Mesoamericana: Asteraceae (Versão online). V. 5 (2). Londres: Missouri Botanical Garden Press. 1362p. https://www.tropicos.org/docs/meso/asteraceae.pdf.

Research Gate. Base de dados. Disponivel: https://www.researchgate.net/.

Robinson, H. (1981). A revision of the tribal and subtribal limits in the Heliantheae (Asteraceae). Smithsonian Contributions to Botany, 51: 1-102.

Rodriguésia. (2022) Revista do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (Versão eletrônica). http://rodriguesia.jbrj.gov.br/.

Roque, N. & Bautista, H. (2008) Asteraceae: caracterização e morfologia floral. Salvador-BA: EDUFBA, 71p.

Roque, N., Nakajima, J., Heiden, G., Monge, M., Ritter, M. R., Loeuille, B. F. P., Christ, A. L., Rebouças, N. C., Castro, M. S., Saavedra, M. M., Teles, A. M., Gandara, A., Marques, D., Bringel Jr., J. B. A., Angulo, M. B., Souza-Buturi, F. O., Santos, J. U. M., Alves, M., Sancho, G., Reis-Silva, G. A., Volet, D. P., Hattori, E. K. O., Plos, A., Rivera, V.L., Carneiro, C.R., Simão-Bianchini, R., Magenta, M. A. G., Silva, G. H. L., Abreu, V. H. R., Bueno, V. R., Grossi, M. A., Amorim, V. O., Schneider, A. A., Borges, R. A. X., Siniscalchi, C. M.,Via do Pico, G. M., Almeida, G. S. S., Freitas, F. S., Deble, L. P., Moreira, G. L., Contro, F. L., Gutiérrez, D. G., Souza-Souza, R. M. B., Viera Barreto, J. N., Picanço, W. L., Soares, P. N., Quaresma, A. S., Fernandes, F., Mondin, C. A., Salgado, V. G., Kilipper, J. T., Farco, G. E., Ribeiro, R. N., Walter, B. M. T., Lorencini, T. S., Fernandes, A. C., Silva, L. N., Barbosa, M. L., Barcelos, L. B., Bautista, H. P., Calvo, J., Dematteis, M., Ferreira, S. C., Hiriart, F. D., Moraes, M. D., Semir, J. (2022). Asteraceae In: Base de dados. Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB55.

Roque, N., Teles, A. M. & Nakajima, J. N. (Org.). (2017). A família Asteraceae no Brasil: classificação e diversidade. Salvador-BA: EDUFBA, 260p.

Royal Botanic Gardens Kew (2022). Base de dados. https://www.kew.org.

Sales, J. M. V., Trindade, J. R., Nunes, R. J. L., Gurgel, E. S. C. & Santos, J. U. M. (2022). Estudos sobre Asteraceae de restingas no litoral do estado do Pará, Amazônia, Brasil. Research, Society and Development, 11(12), e465111234777. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34777

Santos, J. U. M. (2001). O gênero Aspilia Thou. no Brasil. Belém-PA: Museu Paraense Emílio Goeldi, 303p.

SECTAM – Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. (2006). Plano de manejo do Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas-PESMA. Belém-PA: SECTAM, 942p.

Semir, J. (1991). Revisão taxonômica de Lychnophora (Compositae, vernonieae). Monografia (Doutorado), Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, UNICAMP, Campinas-SP.

Species Link. (2022). Base de dados. http://www.specieslink.net/.

Souza, V. C. & Lorenzi, H. (2007). Chave de identificação: para as principais famílias e angiospermas nativas e cultivadas no Brasil. 2a. ed. Nova Odessa-SP: Instituto Plantarum de Estudos da Flora. 32p.

Souza, V. C. & Lorenzi, H. (2019). Botânica Sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de fanerógamas nativas e exóticas no Brasil, baseado em APG IV. 4a. ed. Nova Odessa-SP: Jardim BotânicoPlantarum. 768p.

Stevens, P. F. (2022). Angiosperm Phylogeny Website. http://www.mobot.org/MOBOT/research/APweb/.

Susanna, A., Baldwin, B. G., Bayer, R. J., Bonifacino, J. M., Garcia-Jacas, N., Keeley, S. C., Mandel, J. R., Ortiz, S., Robinson, H. & Stuessy, T. F. (2020) The classification of the Compositae: A tribute to Vicki Ann Funk (1947–2019). TAXON, 1–8. https://doi.org/10.1002/tax.12235.

TICA – The International Compositae Alliance. (2022). Base de dados. https://www.compositae.org/. Último acesso em: out. 2022.

Trindade, J. R., Santos, J. U. M. & Gurgel, E. S. (2022). Estudos com plantas espontâneas no Brasil: uma revisão. Research, Society and Development, 11(7), e14111729700. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i7.29700

Tropicos. (2022). Base de dados do Missouri Botanical Garden. http://www.tropicos.org.

Downloads

Publicado

05/12/2022

Como Citar

NUNES, R. J. L.; SANTOS, J. U. M. dos; SIMÕES, A. O. Estudos em Asteraceae (Astereales, Magnoliophyta) da Serra dos Martírios/ Andorinhas e Área de Proteção Ambiental de São Geraldo do Araguaia, Pará, Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 16, p. e193111637366, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i16.37366. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/37366. Acesso em: 8 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas