Adesão e percepção de pacientes hipertensos atendidos pela Estratégia da Saúde da Família sobre o tratamento e controle da doença
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i16.37452Palavras-chave:
Hipertensão Arterial Sistêmica; Saúde pública; Estratégia Saúde da Família.Resumo
Objetivo: Avaliar a percepção e a adesão de pacientes portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica ao tratamento da doença, e às orientações emitidas pela equipe de Estratégia de Saúde da Família em uma unidade de saúde de uma capital do Nordeste Brasileiro. Método: Trata-se de um estudo observacional analítico transversal, desenvolvido em um bairro de baixa renda de uma capital do Nordeste brasileiro, por meio de um formulário contendo dez questões, aplicado em 116 participantes. Resultados: A maioria dos participantes possui acima de 55 anos, não possui vínculo trabalhista, e nunca estudou ou sequer terminou o ensino fundamental. Dentre os participantes, 75,6% procura se alimentar de forma saudável, porém menos de 7% pratica atividades físicas. A maioria (92,3%) afirmou acreditar que medicação e alimentação são importantes, apenas, para evitar a sintomatologia negativa da doença, de forma que o uso da medicação é constante, à exceção de momentos de falta de fornecimento, mas apenas pouco mais de um terço procurou orientação por nutricionistas. Conclusão: A adesão ao tratamento farmacológico é excelente, porém há espaço para melhorias na adesão e percepção da importância de uma alimentação saudável e da prática de exercícios físicos. É necessário, portanto, fortalecer o diálogo entre os profissionais de saúde e usuários, proporcionar atividades físicas para melhor acompanhamento e acolhimento de pacientes com hipertensão arterial.
Referências
Anjos, K. D. G., Olinto, E. O. S., Feitosa, G. A. M., Araújo, R. G., Maia, L. A., Lima, E. M. ... Barroso, L. K. A. (2021). Dieta DASH no tratamento da hipertensão arterial sistêmica. Braz J Health Rev, 4(1), 621-634.
Aziz, J. L. (2014). Sedentarismo e hipertensão arterial. Rev Bras Hipertens, 21(2), 75-82.
Barroso, W. K. S., Rodrigues, C. I. S., Bortolloto, L. A., Mota-Gomes, M. A., Brandão, A. A., Feitosa, A. D. M. ... Nadruz, W. (2021). Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Rev Bras Hipertens, 116(3), 516-658.
Brasil. Ministério da Saúde. (2021). Secretaria de Vigilância à Saúde. Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis no Brasil 2021-2030.
Carvalho, A. L. M. Leopoldino, R. W. D., Silva, J. E. G., Cunha, C. P. (2012). Adesão ao tratamento medicamentoso em usuários cadastrados no Programa Hiperdia no município de Teresina (PI). Cienc Saude Colet, 17(7), 1885-1892.
Gimenes, C., Tinoco, T. M. L., Vitta, A., Arca, E. A., Pessoa-Santos, B. V., & Barrile, S. R. (2016). Profile of Hiperdia patients in the municipality of Barra Bonita, Sao Paulo state. Fisioter Mov, 29(4), 731-739.
Lima, L. L. (2011). Micropolítica do cuidado ao usuário com hipertensão arterial: acolhimento, vínculo e co-responsabilização (Dissertação). Fortaleza (CE), Universidade Estadual do Ceará.
Lopes, M. S. V., Saraiva, K. R. O., Fernandes, A. F. C., & Ximenes, L. B. Análise do conceito de promoção da saúde. Texto Contexto Enferm, 19(3), 461-468.
Melo, E. C. A.; Figueiredo, T. M. R. M.; Cardoso, M. A. A.; Paes, N. A. (2015). Accessibility of users with hypertension in the family health strategy. Esc Anna Nery Rev Enferm, 19 (1), 124-131.
Mendes, G. S., Moraes, C. F., & Gomes L. (2014). Prevalência de hipertensão arterial sistêmica em idosos no Brasil entre 2006 e 2010. Rev Bras Med Fam Comunidade, 9(32), 273-278.
Nogueira, I. C., Santos, Z. M. S. A., Mont’Alverne, D. G. B., Martins, A. B. T., & Magalhães, C. B. A. (2012). Efeitos do exercício físico no controle da hipertensão arterial em idosos: uma revisão sistemática. Rev Bras Geriatr Gerontol, 15(3):587-601.
Pereira, V. O. M., Acurcio, F. A., Guerra Júnior, A. A., Silva, G. D., & Cherchiglia, M. L. (2012). Perfil de utilização de medicamentos por indivíduos com hipertensão arterial e diabetes mellitus em municípios da Rede Farmácia de Minas. Cad Saúde Pública, 28(8), 1546-1558.
Rêgo, A. S.; Oliveira, R. G.; Macerau, W. M. O.; Molena-Fernandes, C. A.; Mathias, T. A. F.; & Radovanovic, C. A. T. (2016). Stratification of family risk in the context of family health strategy. J Nurs UFPE, 10(3), 977-984.
Santos, C. S., & Pol-Fachin, L. (2022). Hipertensão Arterial Sistêmica na Estratégia de Saúde da Família: uma revisão da literatura. Res Soc Dev, 11(13), e09111332281.
Santos, Z. M. S. (2011). Hipertensão arterial: um problema de saúde pública. Rev Bras Promoç Saúde, 24(4), 285-286.
Silva, C. S., Paes, N. A., Figueiredo, T. M. R. M., Cardoso, M. A. A., Silva, A. T. M. C., & Araújo, J. S. S. (2013). Blood pressure control and adherence/attachment in hypertensive users of primary healthcare. Rev Esc Enferm USP, 47(3), 584-590.
Souza, C. S., Stein, A. T., Bastos, G. A. N., & Pellanda, L. C. (2014). Blood Pressure Control in Hypertensive Patients in the "Hiperdia Program": A Territory-Based Study. Arq Bras Cardiol, 102(6), 571-578.
Taddeo, P. S., Gomes, K. W. L., Caprara, A., Gomes, A. M. A., Oliveira, G. C., & Moreira, T. M. M. (2012). Acesso, prática educativa e empoderamento de paciente em condições crônicas. Cien Saude Colet, 17(11), 2923-2930.
Torres, G. M. C., Figueiredo, I. D. T., Cândido, J. A. B., Morais, A. P. P., & Almeida, M. I. (2018). O emprego das tecnologias leves no cuidado ao hipertenso na Estratégia Saúde da Família. Anna Nery Rev Enferm, 22 (3), e20170169.
Veríssimo, F. I. L.; Sousa, P. C. P. (2014). Communication as an expression of humanized endof-life care: a systematic review. Rev Enferm UFPE, 8 (8), 2845-2853.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Clesivaldo de Sá Santos; Laércio Pol-Fachin
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
