O potencial do Turismo de Base Comunitária (TBC) e os negócios com impacto social em Bonito/MS
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i16.37565Palavras-chave:
Turismo de Base Comunitária; Desenvolvimento Social; Turismo; Administração.Resumo
O objetivo do trabalho é analisar os modelos de negócios com impacto social e o Turismo de Base Comunitária (TBC) no contexto de Bonito/MS. O estudo possui características exploratórias, descritivas, com abordagem qualitativa. Foram identificados dois negócios: Instituto Família Legal e Instituto Visão de Vida. Para a pesquisa foram utilizadas entrevistas e os dados foram tratados considerando a análise de conteúdo. O Instituto Família Legal possui atributos que o qualificam como um negócio de impacto com distribuição monetária e o Instituto Visão de Vida tem características de um negócio com impacto social, considerando seu processo de transformação. Ambos os negócios estão vinculados ao TBC e poderiam ser alavancados a partir do desenvolvimento de parcerias que fomentem o turismo social e gerem valor para a região e população. Bonito/MS é um ponto turístico mundialmente conhecido e este fato contribui para o desenvolvimento local. Dessa forma, a pesquisa parte da premissa de que os negócios com impacto social podem se desenvolver aliados ao TBC.
Referências
Agüera, F. O. (2013). El Turismo Comunitario como herramienta para el Desarrollo Sostenible de Destinos Subdesarrollados. Nómadas, Revista Crítica de Ciencias Sociales y Jurídicas, 38(2), 79-91.
Barki, E. (2015). Negócios de impacto: tendência ou modismo? GV executivo, 14 (1), 1-4.
Burgos, A., & Mertens, F. (2016). As redes de colaboração no turismo de base comunitária: implicações para a gestão participativa. Tourism & Management Studies, 12(2), 18- 27.
Bursztyn, I., & Bartholo, R. (2012). O processo de comercialização do turismo de base comunitária no Brasil: desafios, potencialidades e perspectivas. Sustentabilidade em Debate, 3(1), 97-115.
Campos, J. S., & Silva, L. G. (2020). Potencialidades turísticas no projeto de assentamentos Serra Dourada no município de Goiás (GO) em 2017. Revista Mirante, 13(2).
Conejero, M. A., Alves, M. de A. R., & Lima, S. C. de. (2020). Uma Análise dos Fatores Críticos de Sucesso dos Negócios de Impacto Socioambiental aplicados ao Agronegócio: Um estudo multicasos. Research, Society and Development, 9(7), e107973616. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.3616
Cooper, D., & Schindler, P. (2016). Métodos de Pesquisa em Administração, (12ª. ed.): AMGH.
Eisenhardt, K. M. (1989). Building theories from case study research. Academy of management review, 14(4), 532-550.
Escobar, A. (2005). O lugar da natureza e a natureza do lugar: globalização ou pós-desenvolvimento? In: Lander, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e Ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires, Argentina: CLACSO.
Escobar, M. A. R., Oliveira, T. M., Santos, A. O., Florêncio, M. N. S., & Escobar, A. G. (2020). Um olhar sobre o turismo na Serra de Itabaiana/SE: avaliação de seu potencial turístico. Research, Society and Development, 9(9), e427997034. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7034
Estival, K. G. S., Torquato, K. N., Santos, E. G. dos, Fonseca, R. G. do N., & Andrade, J. C. de P. (2021). Educação empreendedora e negócios de impactos sociais: um estudo sobre o curso de Administração da Universidade Estadual de Santa Cruz, em Ilhéus, Bahia. Research, Society and Development, 10(1), e13410111546. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11546
Fabrino, N. H., Costa, H. A., & Nascimento, E. P. (2012). Turismo de Base Comunitária (TBC): elementos chaves para aferir seu desempenho na perspectiva da sustentabilidade. Revista Brasileira de Ecoturismo, 5(3), 546–559.
Fabrino, N. H., Nascimento, E. P., & Costa, H. A. (2016). Turismo de base comunitária: Uma reflexão sobre seus conceitos e práticas. Caderno Virtual de Turismo, 16(3), 172-190.
Fernandes, L. A., & Gomes, J. M. M. (2003). Relatórios de pesquisa nas ciências sociais: características e modalidades de investigação. ConTexto, 3(4), 1-23.
Ferreira, D. L. G., Cordeiro, J., & Calazans, G. M. (2019). O turismo de base comunitária como perspectiva para a preservação da biodiversidade e aspectos culturais da Serra dos Alves, Itabira (MG). Research, Society and Development, 8(1), e381507. https://doi.org/10.33448/rsd-v8i1.507
Força Tarefa Negócios Sociais, FTNS. (2015). Carta de princípios para negócios de impacto no Brasil.
Freire, P. (1967). Educação como prática da liberdade. Editora Paz e Terra: Rio de Janeiro, p. 65-84.
Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul & Observatório do Turismo de Mato Grosso do Sul. (2019). Anuário 2019: ano base 2018, dados turísticos do estado de Mato Grosso do Sul. Campo Grande: FUNDTUR.
Gómez, C. R. P., Falcão, M. C., Castillo, L. A. G., Correia, S. N., & Oliveira, V. M. (2015). Turismo de base comunitária como inovação social: congruência entre os constructos. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural, 13(5).
Kukiel, E. D. G., Costa, E. A., & Mariani, M. A. P. (2016). O turismo de base local e o desenvolvimento territorial do Assentamento 72 em Ladário (MS). Revista Brasileira de Ecoturismo, 9(1), 133-151.
Lobato, A. S. (2013). Turismo de base comunitária e desenvolvimento socioespacial: um diálogo possível. Revista Brasileira de Ecoturismo, 6(3), 648–661.
López-Guzmán, T., Sánchez-Cañizares, S., & Pavón, V. (2011). Community-based tourism in developing countries: a case study. Tourismos: as International Multidisciplinary Journal of Tourism, 6(1), 69-84.
Maia, A. H., & Gomes, J. L. C. (2020). Turismo e memórias: práticas e saberes no Assentamento Serra Verde, Barra do Garça - MT. Guaju, 6(1), p. 3-28.
Mano, A. D., Mayer, V. F., & Fratucci, A. C. (2017). Turismo de base comunitária na favela Santa Marta (RJ): oportunidades sociais, econômicas e culturais. Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, 11(3), 413-435.
Martins, L. C. A., Déjardin, I. P., & Silva, F. P. S. (2013). Reflexões sobre a importância da investigação histórica para o ecoturismo e o turismo de base comunitária. El Periplo Sustentable: revista de turismo, desarrollo y competitividad, 14, 187-207.
Ministério do Turismo (2018). Plano nacional de turismo 2018/2022: mais emprego e renda para o Brasil, Brasília/DF.
Moraes, R. (1999). Análise de conteúdo. Revista Educação. Porto Alegre, 22(37), 7-32.
Moreira, V., Vidal, F. A. B., & Farias, I. Q. (2003). Empreendedorismo social e economia solidária: um estudo de caso da rede de desenvolvimento local integrado e sustentável da comunidade do Grande Bom Jardim. Fortaleza.
Moura, A. M. (2011). Facilitadores e dificultadores na implementação de um negócio inclusivo em três países de diferentes continentes. Dissertação (Mestrado) Programa de Pós-Graduação em Administração, USP.
Moura, A. M., Comini, G., & Teodósio, A. S. S. (2015). The international growth of a social business: a case study. Revista de administração de empresas, São Paulo, 55(4), 444- 460.
Nascimento, C., Fazion, C. B., Oliveira, D. A., & Hid, D. S. (2012). Inovação no desenvolvimento local através de negócios sociais. Pensamento & Realidade, 27(3), 1-16.
Oliveira, A. A. N., Diógenes, C. M., & Almeida, D. M. F. (2021). Lazer e protagonismo social: uma experiência de turismo comunitário no nordeste brasileiro. Cadernos de Geografia, n. 43, p. 67-80.
Organização das Nações Unidas, ONU. Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030.
Petrini, M., Scherer, P., & Back, L. (2016). Modelo de negócios com impacto social. Revista de Administração de Empresas, 56(2), 209-225.
Roesch, S. M. A. (2000). Projetos de estágio e de pesquisa em administração: guia para estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. São Paulo: Atlas.
Sales, G. A. F., & Salles, M. R. R. (2010). A dádiva no Turismo Comunitário: constituição de vínculos sociais por colaboração solidária. Turismo & Sociedade, 3(2), p. 162-184.
Sampaio, C. A. C., & Coriolano, L. N. (2009). Dialogando com experiências vivenciadas em Marraquech e América Latina para compreensão do Turismo Comunitário e Solidário. Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, 3(1), 4–24.
Sampaio, C. A. C., & Zamignan, G. (2012). Estudo da demanda turística: experiência de turismo comunitário da microbacia no rio Sagrado, Morretes (PR). Cultura - Revista de Cultura e Turismo, 6(1), 25–39.
Sampaio, C. A. C., Zechner, T., Henríquez, C., Coriolano, L. N. M., & Fernandes, S. (2014). Turismo comunitário a partir de experiências brasileiras, chilenas e costarriquenha. Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, 8(1), 42-58.
Sansolo, D. G., & Bursztyn, I. (2009). Turismo de base comunitária: potencialidade no espaço rural brasileiro. In: Artholo, R., Sansolo, D. G., & Bursztyn, I. (Orgs.). Turismo de base comunitária: diversidade de olhares e experiências brasileiras. Rio de Janeiro: Letra e Imagem, p. 142–161.
Santos, N. C., Souza, E. F. B., Silva, J. S., Estender, A. C., & Juliano, M. C. (2015). Empreendedorismo, responsabilidade social e negócios de impacto. Anais do Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia. Resende, RJ, Brasil, 12.
Severino, A. (2007). Metodologia do trabalho científico. Cortez.
Turato, E. R. (2005). Métodos qualitativos e quantitativos na área da saúde: definições, diferenças e seus objetos de pesquisa. Revista de Saúde pública, 39, 507-514.
Yunus, M. (2008). Um mundo sem pobreza: a empresa social e o futuro do capitalismo. Ática.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Fernanda Sapia Silva; Milton Cesar Gasparini de Andrade Junior; João Pedro Ferraz Zanetoni; Geraldino Carneiro de Araújo; Milton Augusto Pasquotto Mariani
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.