Plumbum metallicum ultradiluído na reversão da neurotoxicidade causada por chumbo em Danio rerio
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.37570Palavras-chave:
Homeopatia; Zebrafish; Chumbo; Metais pesados; Ansiedade; Neurotoxicidade.Resumo
A poluição ambiental causada por resíduos de metais pesados, que são desreguladores endócrinos, é muito relevante por seu amplo uso em processos industriais e agrícolas. O Chumbo é um metal pesado altamente tóxico ao meio ambiente e à organismos como peixes e invertebrados aquáticos. Este trabalho tem como objetivo avaliar as alterações comportamentais no zebrafish (Danio rerio) induzidas por Chumbo, através de análises de atividade locomotora e parâmetros de ansiedade, verificando se medicamentos homeopáticos são capazes de diminuir os efeitos neurotóxicos causados no organismo dos peixes. Os Danio rerio foram mantidos em aquários de manutenção, com parâmetros controlados, até o momento dos experimentos. Os animais foram expostos ao metal pesado e os grupos foram compostos por 8 animais cada: controle branco, medicação na 6cH, 30cH e Solução inerte, o experimento foi em cego. Após isso, os animais passaram por testes comportamentais (locomoção e ansiedade) para avaliação de neurotoxicidade. O Chumbo causou ansiedade nos animais submetidos a ele sem medicação (solução inerte) uma vez que o tempo de permanência no lado claro do aquário foi menor nestes animais além de diminuir a distância percorrida pelos animais no lado claro. No campo aberto, é notável a diminuição de quadrantes percorridos pelos animais que receberam Chumbo sem exposição à medicação em comparação ao grupo controle branco. O grupo que tomou Plumbum metallicum 6cH obteve seus quadros locomotores revertidos, já o grupo que tomou Plumbum metallicum 30cH teve seus quadros neurotoxicológicos revertidos.
Referências
Berlanda, A., Baum, C. A., Becegato, V. A., & Souza, N. C. (2021). Avaliação temporal e espacial da qualidade das águas superficiais da bacia hidrográfica do rio Desquite, Santa Catarina. Engenharia Sanitaria e Ambiental.
Blaser, R. E., Chadwick, L., & McGinnis, G. C. (2010). Behavioral measures of anxiety in zebrafish (Danio rerio). Behavioural brain research, 208(1), 56–62. https://doi.org/10.1016/j.bbr.2009.11.009
Charkiewicz, A. E., & Backstrand, J. R. (2020). Lead Toxicity and Pollution in Poland. International journal of environmental research and public health, 17(12), 4385. https://doi.org/10.3390/ijerph17124385
Costa, E. M. F., Spritzer, P. M., Hohl, A., & Bachega, T. A. S. S. (2014). Effects of endocrine disruptors in the development of the female reproductive tract. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, 58(2), 153–161. doi:10.1590/0004-2730000003031
Dutra, L.S., Ferreira, A.P., Horta, M.A., & Palhares, P.R. (2020). Uso de agrotóxicos e mortalidade por câncer em regiões de monoculturas. Saúde em Debate., 44(127), 1018-1035.
da Fonseca, J. J. S. (2002). Apostila de metodologia da pesquisa científica..Fortaleza: UEC.
Jaishankar, M., Tseten, T., Anbalagan, N., Mathew, B. B., & Beeregowda, K. N. (2014). Toxicity, mechanism and health effects of some heavy metals. Interdisciplinary Toxicology, 7(2), 60–72. doi:10.2478/intox-2014-0009
Kavlock, R. J., Daston, G. P., DeRosa, C., Fenner-Crisp, P., Gray, L. E., Kaattari, S., & Tilson, H. A. (1996). Research needs for the risk assessment of health and environmental effects of endocrine disruptors: a report of the U.S. EPAsponsored workshop. Environmental Health Perspectives, 104(suppl 4), 715– 740.
Lee, J. W., Choi, H., Hwang, U. K., Kang, J. C., Kang, Y. J., Kim, K. I., & Kim, J. H. (2019). Toxic effects of lead exposure on bioaccumulation, oxidative stress, neurotoxicity, and immune responses in fish: A review. Environmental toxicology and pharmacology, 68, 101–108. https://doi.org/10.1016/j.etap.2019.03.010
Lindgren, K. N., Ford, D. P., & Bleecker, M. L. (2003). Pattern of blood lead levels over working lifetime and neuropsychological performance. Archives of environmental health, 58 6, 373-9.
Markowitz, M. (2000). Lead Poisoning. Pediatr Rev 21(10): 327–335.
Mason, L. H., Harp, J. P., & Han, D. Y. (2014). Pb neurotoxicity: neuropsychological effects of lead toxicity. BioMed research international, 2014, 840547. https://doi.org/10.1155/2014/840547
Moreira, H. M., Leite, L. B., Almeida, A. A., Biagini, M., et al. Emprego de Plumbum metallicum 15 cH no Saturnismo Ocupacional, Homeopat. Bras., 9(1), 33-36, 2003.
Patocka, J., & Cerný, K. (2003). Inorganic lead toxicology. Acta medica (Hradec Kralove), 46(2), 65–72.
Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica [Scientific Research Methodology] (e-book). Santa Maria Ed., UAB/NTE/UFSM.
Ravipati, E. S., Mahajan, N. N., Sharma, S., Hatware, K. V., & Patil, K. (2021). The toxicological effects of lead and its analytical trends: an update from 2000 to 2018. Critical reviews in analytical chemistry, 51(1), 87–102. https://doi.org/10.1080/10408347.2019.1678381
Sarath, N. G., & Puthur, J. T. (2021). Heavy metal pollution assessment in a mangrove ecosystem scheduled as a community reserve. Wetlands Ecol Manage, 29, 719–730.
Senger, M. R., Rico, E. P., de Bem Arizi, M., Frazzon, A. P., Dias, R. D., Bogo, M. R., & Bonan, C. D. (2006). Exposure to Hg2+ and Pb2+ changes NTPDase and ecto-5'-nucleotidase activities in central nervous system of zebrafish (Danio rerio). Toxicology, 226 2-3, 229-37.
Siebel, A. M., Bonan, C. D., & Silva, R. S. Zebrafish como modelo para estudos comportamentais. Citado por Resende, R.R.; Soccol, C.R. Biotecnologia aplicada à saúde: fundamentos e aplicações. Volume 1. São Paulo. Blucher. 2015.
Silveira, D. T., & Córdova, F. P. (2009). A pesquisa cientítica. Métodos de pesquisa. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009. p. 33-44.
Signorini, A., Lubrano, A., Manuele, G., Fagone, G., Vittorini, C., Boso, F., Vianello, P., Rebuffi, A., Frongia, T., Rocco, V., & Pichler, C. (2005). Classical and new proving methodology: provings of Plumbum metallicum and Piper methysticum and comparison with a classical proving of Plumbum metallicum. Homeopathy: the journal of the Faculty of Homeopathy, 94(3), 164–174. https://doi.org/10.1016/j.homp.2005.02.009
Stewart, W. F., Schwartz, B. S., Davatzikos, C., Shen, D., Liu, D., Wu, X., Todd, A. C., Shi, W., Bassett, S., & Youssem, D. (2006). Past adult lead exposure is linked to neurodegeneration measured by brain MRI. Neurology, 66(10), 1476–1484. https://doi.org/10.1212/01.wnl.0000216138.69777.15
Trigueiro, N. S. S., Canedo, A., Braga, D. L. S., Luchiari, A. C., & Rocha, T. L. (2020). Zebrafish as an emerging model system in the global south: two decades of research in brazil. Zebrafish, 17(6), 412–425. https://doi.org/10.1089/zeb.2020.1930
Yuan, Y., Wu, Y., Ge, X., Nie, D., Wang, M., Zhou, H., & Chen, M. (2019). In vitro toxicity evaluation of heavy metals in urban air particulate matter on human lung epithelial cells. The Science of the total environment, 678, 301–308. https://doi.org/10.1016/j.scitotenv.2019.04.431.
Zar, J. H. (2010) Biostatistical Analysis. 5th Edition, Prentice-Hall/Pearson, Upper Saddle River, xiii, 944 p.
Zhang, Y., Zhang, P., Shang, X., Lu, Y., & Li, Y. (2021). Exposure of lead on intestinal structural integrity and the diversity of gut microbiota of common carp. Comparative biochemistry and physiology. Toxicology & pharmacology : CBP, 239, 108877. https://doi.org/10.1016/j.cbpc.2020.108877
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Henrique Carvallo Vieira; Katia Lima Traldi Cappelli; Rafael Acordi dos Santos; Marco Aurélio Gonçalves Manzoli; Melina Castilho de Souza Balbueno; Cidéli de Paula Coelho

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.