Reflexo da vacinação contra a COVID-19 nos atendimentos pré-hospitalares em cidades do nordeste
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i16.37623Palavras-chave:
Serviços médicos de emergência; COVID-19; Vacinas contra COVID-19; Cuidados médicos.Resumo
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), componente pré-hospitalar móvel, visa acalentar o paciente nas situações de urgência ou emergência. Em dezembro de 2019, pesquisadores isolaram um novo tipo de coronavírus (SARS-CoV-2) causador da COVID-19. No ano de 2020, a atenção se concentrou no desenvolvimento das etapas de estudos científicos com candidatas a vacinas contra o vírus. Em janeiro de 2021, foi autorizado o uso emergencial da vacina no país. As pesquisas indicam potencial imunizante animador, sobretudo na prevenção de quadros clínicos graves. O objetivo da pesquisa foi de estabelecer a influência da vacinação contra a COVID-19 no perfil de atendimentos pré-hospitalares do SAMU em cidades do Nordeste. Trata-se de um estudo analítico observacional transversal. Foram analisadas amostras provenientes de dados secundários dos relatórios de ocorrências diárias do SAMU nos anos de 2020 e 2021. Das 819.635 ligações analisadas, cerca da metade foram registradas em 2021 e os atendimentos relacionados a COVID-19 somaram 12,5% do total de vítimas atendidas. Para os anos estudados, o serviço de Maceió registrou redução no número de ligações recebidas, diferente de Recife; ambos os serviços tiveram redução no número de orientações médicas. Conclui-se que a pandemia alterou o perfil dos atendimentos prestados pelo SAMU e que a vacinação, em Maceió, reduziu o número de ligações mensais, o número dos atendimentos e o número de ligações com queixas respiratórias. Desta forma, a imunização aparece como pilar para a prevenção de quadros clínicos graves e menor necessidade de serviços de urgência.
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