Perfil de mulheres submetidas a laqueadura tubária em maternidade pública do município de Palmas, Tocantins
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.37935Palavras-chave:
Laqueadura tubária; Planejamento familiar; Autonomia.Resumo
Introdução: A esterilização tubária surgiu como método de controle de fertilidade e é uma cirurgia para a esterilização definitiva. A esterilização feminina é um dos métodos mais eficazes apresentando um pequeno risco de falha, sendo este ocorrendo menos de uma gravidez por 100 mulheres no primeiro ano após a realização do procedimento de esterilização (5 por 1.000). Objetivo: Analisar o perfil de mulheres submetidas a laqueadura tubária no Hospital Maternidade Dona Regina Siqueira Campos (HMDR) no ano de 2021 em Palmas, Tocantins, Brasil. Métodos: Estudo descritivo e documental, com abordagem quantitativa e qualitativa de modo transversal, sendo que, o estudo foi pautado em dados provenientes do setor de análise estatística do Hospital e Maternidade Dona Regina (HMDR) das mulheres que realizaram laqueadura tubária no ano de 2021. Resultados: Das 409 pacientes laqueadas analisadas, mais da metade estavam em união – casadas ou em união estável, e o restante eram mulheres solteiras ou divorciadas. A média da faixa etária das mulheres que realizaram o procedimento de laqueadura tubária, no município de Palmas-TO, foi de 32,3 anos. Sendo que, a maior incidência ocorreu entre as idades de 31 a 35 anos e menor entre 19 a 21 anos. Em todas as faixas etárias a média de gestações das 409 mulheres que foram analisadas no estudo foram acima de 3. Conclusão: A falta de conhecimento das mulheres a respeito da lei nº 9.263/96 de planejamento familiar pode explicar a alta taxa de escolha da realização do procedimento de laqueadura tubária como método anticoncepcional.
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