O uso de máscaras faciais por usuários de aparelhos de amplificação sonora individuais durante a pandemia da COVID-19: quais os seus efeitos na comunicação?
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i16.38044Palavras-chave:
Inteligibilidade da Fala; Auxiliares de Comunicação para Pessoas com Deficiência; Máscaras faciais; COVID-19; Coronavírus.Resumo
Objetivo: Avaliar o efeito do uso das máscaras faciais na comunicação de usuários de aparelho de amplificação sonora individual durante a pandemia da COVID-19. Métodos: Estudo quantitativo primário descritivo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa de uma universidade pública sob o parecer de número 4.864.337 e realizado em um Centro Especializado em Reabilitação, com 30 usuários de aparelhos de amplificação sonora individuais. Dentre os procedimentos realizados, destaca-se a aplicação de um questionário elaborado pelos pesquisadores que avaliou os possíveis comprometimentos na comunicação resultantes do uso de máscaras faciais. Resultados: O uso de máscara facial é prejudicial à compreensão da fala, principalmente quando é de tecido. 86,7% (26) dos participantes da pesquisa afirmaram que as máscaras faciais utilizadas pelo interlocutor influenciam na compreensão da fala, dessa forma causando prejuízo na comunicação. Além disso, 60% (18) do total de participantes evidenciaram que, com o uso da máscara facial, a intensidade vocal ficou diminuída. Conclusão: O uso de máscaras faciais causa prejuízo na compreensão de fala para os usuários de aparelho de amplificação sonora individual, embora esses danos também possam ser estendidos à população que não utiliza aparelho de amplificação sonora individual efetivamente.
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