O uso de psicotrópicos na Atenção Primária: a medicalização na Estratégia Saúde da Família no contexto da Pandemia por COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i1.38054Palavras-chave:
Medicalização; Atenção primária; COVID-19.Resumo
A pandemia da COVID-19 foi um desafio mundial para pesquisadores, gestores de saúde e governantes na procura de ações de saúde pública para diminuir o ritmo de ampliação da contaminação, com o objetivo de impedir o esgotamento dos sistemas de saúde e permitir o tratamento apropriado de complicações graves. O momento de pandemia é sensível quanto ao impacto da prescrição e uso não racional e até mesmo abusivo de medicamentos, e suas implicações se estendem para além de fármacos empregados diretamente no contexto da COVID-19, esses fatores são críticos para o aumento da medicalização. A crise pandêmica tem favorecido o aumento nos casos de sofrimento psíquico e transtornos mentais, com potencial reflexo nas prescrições de psicofármacos. Esse estudo tem como objetivo analisar o uso da medicalização na APS no contexto da pandemia por COVID-19 por meio de uma revisão integrativa. A medicalização, delimita também os problemas comportamentais, que não eram considerados médicos, mas passaram a ser tratados farmacologicamente, no contexto da pandemia por COVID-19 e foi intensificada principalmente pelo consumo de psicotrópicos como solução para os problemas cotidianos da população geradores de sofrimento psíquico, a aceitação das abordagens não farmacológicas são pouco frequentes e valorizadas.
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