Influência do tratamento de sementes de feijão nas características de germinação e desenvolvimento inicial de plântulas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i17.38714Palavras-chave:
Geminação; Hormônios Vegetais; Bioestimulate.Resumo
A alta demanda pelo feijão tem impulsionado a adoção de técnicas que visam aumentar a produtividade sem que ocorra aumento de área plantada. O presente trabalho se inseriu nesse contexto com o objetivo de avaliar a germinação, emergência e crescimento inicial de feijão comum sob diferentes produtos e doses de bioestimulantes. A pesquisa foi conduzida em Sítio Monte Alegre, em Carvalhópolis, município da Região Sul de Minas Gerais no período de junho a agosto de 2022. O delineamento experimental foi em delineamento inteiramente casualizado (DIC), em esquema fatorial 4x2 contendo três repetições. Os fatores experimentais consistiram em diferentes concentrações das substâncias bioestimulantes (0; 0,1; 0,2; 0,4 ml/kg) e substâncias bioestimulantes comerciais (Stimulate®; C3®). Após esse período, as sementes de feijão foram semeadas em vasos de polipropileno com volume de 1 litro com Carolina Soil. No período de quinze dias foram avaliadas as características de germinação; Índice de Velocidade de Germinação (IVG); Comprimento médio total de plântulas; Comprimento médio da raiz; Comprimento médio da parte aérea; Biomassa seca da parte aérea. O bioestimulantes Bioestimulate® promoveu maior acréscimo no desenvolvimento radicular que o bioestimulante C3®. Para a velocidade de emergência, desenvolvimento do sistema radicular e de parte aérea e biomassa do feijoeiro o acréscimo dos bioestimulantes teve efeito quadrático sendo que doses próximas à 0,2 ml kg-1 apresentam maior capacidade de incremento nas variáveis analisadas.
Referências
Albrecht, L. P.; Braccini, A. L.; Scapim, C. A.; Rizzatti Avila, M. & Albrecht, A. J. P. (2012). Biorregulador na composição química e na produtividade de grãos de soja. Revista Ciência Agronômica, 43(4), 774-782.
Assis, K. C. De C.; Geraldo, G. S.; Guardabaxo, C. M. S.; Baquião, E. M.; Rezende, B. N. & Maciel, A. L. De R. (2020). Scarification and gibberellic acid in the germination and initial development of pindaíba (Duguetia lanceolata ST Hil). Revista Agrogeoambiental, 12(3), 144-153.
Bertolin, D.C.; Sá, M.E.; Arf, O.; Furlani, J. E.; Colombo, A.S. & Carvalho, F. L. B. M. (2010). Aumento da produtividade de soja com a aplicação de bioestimulantes. Bragantia, 69, 339-347.
Bossolani, J. W.; Sá, M. E.; Merloti, L. F.; Bettiol, J. V. T.; Oliveira, G. R. F. & Pereira, D. S. (2017). Bioestimulante vegetal associado a indutor de resistência nos componentes da produção de feijoeiro. Revista Agro@mbiente On-line, 11(4), 307-314.
Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília: Mapa/ACS, 399 p. 2009.
Conab. Companhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento de Safra de grãos. 2022. Disponível em: <https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/graos>. Acesso em: 02 nov. 2022.
Faria, A.P.; Moda-Cirino, V.; Buratto, J.S.; Silva, C.F.B. Da. & Destro, D. (2009). Interação genótipo x ambiente na produtividade de grãos de linhagens e cultivares de feijão. Acta Scientiarum. Agronomy. 31(4), 579-585.
Ferreira, C. M.; Peloso, M. J. & Faria, D. L. C. (2018) Feijão na economia nacional. Santo Antônio de Goiás, GO: Embrapa Arroz e Feijão, v.135(47).
Ferreira, D. F. (2011). Sisvar: a computer statistical analysis system. Ciência e Agrotecnologia, 35(6), 1039-1042.
Frasca, l. L. M. (2019). Bioestimulantes no crescimento e desempenho agronômico do feijão-comum de ciclo superprecoce. 78p. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Goiás, Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos (EAEA), Programa de Pós Graduação em Agronomia, Goiânia, 2019. 78p.
Gonçalves, B. H. L.; Souza, J. M. A.; Ferraz, R. A.; Tecchio, M. A. & Leonel, S. (2018) Efeito do bioestimulante Stimulate® no desenvolvimento de mudas de maracujazeiro cv. BRS Rubi do Cerrado. Revista de Ciências Agrárias, 41(1), 147-155.
Heinemann, A. B. & Stone, L. F. (2015). Requirement of supplemental irrigation for dry season common bean in Goiás. Irriga, Botucatu, 1(2), 57-66.
Jauer, A.; Dutra, L. M. C.; Zabot, L.; Filho, O. A. L.; Losekann, M. E.; Uhry, D.; Stefanelo, C.; Farias, J.R. & Ludwig, M. P. (2003) Análise de crescimento da cultivar feijão pérola em quatro densidade de semeadura. Revista da FZVA, Uruguaiana, 10(1), 1-12.
Nakagawa, j. (1999) Testes de vigor baseados no desempenho das plântulas. In: Krzyzanoswki, F. C.; Vieira, R. D.; França Neto, J. B. (Ed.). Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina: ABRATES, 21-24. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rbs/v32n4/12.pdf.>. Acesso em: 02 abr. 2022.
Oliveira, F. A.; Medeiros, J. F.; Alves; R. C.; Lima, L. A.; Santos, S. T. & Régis, L. R. L. (2015) Produção de feijão caupi em função da salinidade e regulador de crescimento. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 19(11), p. 1049-1056.
Perin, A.; Gonçalves, E. L.; Ferreira, A. C.; Salib, G; Ribeiro, J.M.; Andrade, E & Salib, N. (2016). Uso de promotores de crescimento no tratamento de sementes de feijão carioca. Revista Global. Science Technology, Rio Verde, 9 (3), 98 – 105.
Popinigis, F. 1977. Fisiologia da semente. Brasília: AGIPLAN. 289 p.
Ramos, A. R.; Binotti, F. F. S.; Silva, T. R. & Silva, U. R. (2015) Bioestimulante no condicionamento fisiológico e tratamento de sementes de feijão. Revista Biociências, 21(1), 76-88.
Sá Júnior, A.; Carvalho, L. G.; Silva, F. F.& Alves, M. C. (2012). Application of the Köppen classification for climatic zoning in the state of Minas Gerais, Brazil. Theor Appl Climatol, 108(9) 1–7.
Silva, R. S.; Fogaça, J. J. N. L.; Moreira, E. S.; Prado, T. R. & Vasconcelos, R. C. (2016) Morfologia e produção de feijão comum em função da aplicação de bioestimulantes. Revista Scentia Plena, 12(10) 1-15.
Taiz, L.; Zeiger, E.; Moller, M. I. & Murphy, A. (2017) Fisiologia vegetal. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 858p.
Vasconcelos, A. C. F. (2006). Uso de Bioestimulantes nas culturas de milho e soja. 112 f. Tese (Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas) - Escola Superior de Agricultura Luíz de Queiroz, Universidade de São Paulo.
Vieira, C.; Paula Júnior, T. J. & Borém, A. (2006). (Eds). Feijão. 2º.ed. Viçosa, MG: Universidade Federal de Viçosa, 41-65.
Wylot, E.; Ramos, R. F.; Mello, A. M.; Sobucki, L.; Dossin, M. F. & Pavanelo, A. M. (2019) Germinação de sementes de Phaseolus vulgaris L. submetidas a diferentes tratamentos com bioestimulante. Revista Brasileira Multidisciplinar, 22(1), 121-130.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Adriano Teodoro Ramos; Kamila Cristina de Credo Assis; Darlan Einstein do Livramento
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
