Perfil epidemiológico dos casos de sífilis gestacional nos municípios paranaense na fronteira entre o Brasil e o Paraguai
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i17.38733Palavras-chave:
Sífilis; Infecção Sexualmente Transmissível; Infecções por treponema.Resumo
Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes acometidos por Sífilis nos municípios de fronteira entre o Brasil e o Paraguai no Estado do Paraná. Metodologia: trata-se de uma pesquisa transversal, de abordagem quantitativa, utilizando dados de domínio público, por meio do aplicativo TABNET do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Para coleta de dados foram considerados registrados no período de 2011 a 2021 e o levantamento das informações foi realizado entre os meses de setembro a outubro de 2022. Utilizou-se estatística descritiva simples para análise dos dados. Resultados: o presente estudo evidencia uma tendência crescente dos números de casos da doença ao longo dos anos, apontando que o maior número está em gestantes de 20 a 39 anos e com nível de escolaridade de ensino médio incompleto ou completo, essas sendo gestantes de cor branca. No que se refere ao perfil clínico, a maioria das gestantes foi diagnosticada na Fase Primária da doença, entretanto, foi evidenciado que a quantidade de registro tendo a classificação como ignorado é elevada. Contudo a maior parte das gestantes que tiveram os dados completos aderiram ao tratamento. Conclusão: A caracterização epidemiológica da Sífilis nos municípios de fronteira poderá contribuir no planejamento das ações de intervenções e educacionais, como o teste rápido e busca ativa, entre outras, pelas equipes de saúde das Unidades de Estratégia da Família com o intuito de diminuir o índice da população contaminada.
Referências
Alves, R. L. (2020). O impacto do desabastecimento de penicilina no tratamento da sífilis: crise na relação entre uma doença antiga e um tratamento antigo, porém eficaz. Departamento de Ciências Farmacêuticas. https://caec.diadema.unifesp.br/images/01_07_-_Desabastecimento_de_Penicilina.pdf>
Avelleira, J. C. R., & Bottino G. (2006). Sífilis: diagnóstico, tratamento e controle. An Bras Dermatol. 81(2):111-26.
Brasil. (2010). Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais-2010. SÍFILIS Estratégias para Diagnóstico no Brasil. Disponível em <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sifilis_estrategia_diagnostico_brasil.pdf> Acessado em 16 Set 2021.
Brasil. (2014). Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais Universidade Federal de Santa Catarina, 2014 - Diagnóstico da Sífilis. https://telelab.aids.gov.br/moodle/pluginfile.php/22192/mod_resource/content/2/S%C3%ADfilis%20-%20-Manual%20Aula%201_SEM.pdf.
Brasil. (2016). Ministério da Saúde Portaria nº 2.012, de 19 de outubro de 2016. Manual técnico para o diagnóstico da sífilis 2ª edição. https://www.gov.br/saude/pt-br/media/pdf/2021/setembro/8/manual-tecnico-para-diagnostico-da-sifilis_segunda-edicao.pdf.
Brasil. (2017). Ministério Da Saúde. Nota Informativa Nº 2-Sei/2017-DIAHV/SVS/MS. https://portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Sifilis-Ges/Nota_Informativa_Sifilis.pdf.
Brasil. (2019). Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Prevenção da Transmissão Vertical do HIV, Sífilis e Hepatites Virais / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. – Brasília; Ministério da Saúde, 2019. http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2015/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-prevencao-da-transmissao-vertical-de-hiv
Brasil. (2019). Secretaria de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde Número Especial. Boletim Epidemiológico Sífilis. https://antigo.saude.gov.br/images/pdf/2019/outubro/30/Boletim-S--filis-2019-internet.pdf
Brasil. (2021). Boletim Epidemiológico. Secretaria de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde Número Especial. Sífilis 2021. https://www.gov.br/saude/pt-br/media/pdf/2021/outubro/14-1/boletim_sifilis-2021_internet.pdf.
Brasil. (2021). Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI), da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde (MS), Boletim Epidemiológico de Sífilis 2021 Número Especial / Out. 2021 5(1), http://www.aids.gov.br/pt-br/tags/publicacoes/boletim-de-sifilis.
Brasil. (2021). Ministério Da Saúde. DATASUS Tecnologia da Informação a Serviço do SUS. Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net Dados disponibilizados no TABNET em dezembro/2021 http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/sifilisgestantebr.def
Brasil. (2021). Ministério Da Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis – DCCI. Indicadores de Sífilis nos Municípios Brasileiros Dados até 30/06/2021 http://indicadoressifilis.aids.gov.br.
Brasil. (2022). Boletim Epidemiológico. Secretaria de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde Número Especial out. 2022 – SÍFILIS – 2022 - https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2022/boletim-epidemiologico-de-sifilis-numero-especial-out-2022.
Crespo, A. A. (2009). Estatística Fácil – 19 ed. atual – São Paulo: Editora Saraiva, 2009. Livro em PDF, https://doceru.com/doc/cxxcec.
Freitas, F. L. S., & Miranda, A. E. (2021). Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente Transmissíveis 2020: sífilis adquirida. Epidemiol. Serv. Saude, Brasília, 30(Esp.1):e2020616.
Gaspar, P. C., Bigolin, A., Alonso Neto, J. B., Pereira, E. D. S., & Bazzo, M. L. (2021). Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente Transmissíveis 2020: testes diagnósticos para sífilis. Epidemiol. Serv. Saude, Brasília, 30(Esp.1):e2020630.
Gonçalves, M. R., Gonçalves, M. R., Ito, F. Y., Hirota, M. M., Hayashida, M. R., Mizoguiti, N. N; & Nasr, A. M. L. F. (2020). Perfil epidemiológico dos portadores de sífilis entre 2010 e 2018 no Estado do Paraná, Brasil. Saúde Públ. Paraná. 2020 Dez.;3(2):61-73.
Kirienco, M. S., Uliana, C. H., & Moreira, N. M. (2022). Sífilis congênita em regiões de fronteira internacional brasileira: uma realidade preocupante. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR. Umuarama. 26(3), 1002-1018, set./dez.
Marconi, M. A., & Lakatos, E. M. (2021). Técnicas de Pesquisa (9th ed.). Grupo GEN.
Marques J. V. S., Alves, B. M., Marques, M. V. S., Arcanjo, F. P. N., Parente, C. C., & Vasconcelos, R. L. (2018). Perfil epidemiológico da sífilis gestacional: clínica e evolução de 2012 a 2017. SANARE, Sobral - 17(2), 13-20.
Mello, F., Victoria, C. G., & Gonçalves, H. (2015). Saúde nas fronteiras: análise quantitativa e qualitativa da clientela do Centro Materno Infantil de Foz do Iguaçu, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 20(7):2135-2145.
Padilha, A. R. S. (2012). Resolução Nº 466, De 12 De Dezembro De 2012. https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf .
Paraná. (2018). Secretaria Estadual de Saúde. Divisão DST/Aids/HIV. Guia Prático Estadual para Multiplicadores- Prevenção, Controle e Redução da Sífilis, 2017. Boletim Epidemiológico do Estado do Paraná – Sífilis – 2018. https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-04/boletim_sifilis_0611.pdf.
Paraná. (2020). Paraná elimina sífilis congênita em 134 localidades. https://www.aen.pr.gov.br/Noticia/Parana-elimina-sifilis-congenita-em-134-localidades.
Paraná. (2020). Secretaria de Estado da Saúde do Paraná. Plano Estadual de Saúde Paraná 2020-2023 - Curitiba: SESA. <https://www.conass.org.br/wp-content/uploads/2021/04/PLANO-ESTADUAL-DE-SAU%CC%81DE-DO-PARANA%CC%81-2020-2023.pdf.
Salas Reyes, M. J., & Campos Arze, W. N. (2017). O Caminho Da Eliminação Da Sífilis E Sífilis Congênita. <https://dspace.unila.edu.br/bitstream/handle/123456789/4515/O%20CAMINHO%20DA%20ELIMINA%C3%87%C3%83O%20DA%20S%C3%8DFILIS%20-%20SIEPE%20-%20SA%C3%9ADE.pdf?sequence=1&isAllowed=y>.
Silvestre, J. S. S., Silva, J. Q. D., & Damiani, R. F. (2020). Análise dos casos de sífilis adquirida nos anos de 2010-2017: um contexto nacional e regional. Braz. J. of Develop., Curitiba, 6(5), 32496-32515
Souza, B. S. O., Rodrigues, R. M. & Gomes, R. M. L. (2018). Análise epidemiológica de casos notificados de sífilis. Rev. Soc. Bras. Clin. Méd. 16(2): 94-98, 20180000.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Rosane Moro; Wesley Martins; Luciana Aparecida Fabriz
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.