O processo da amamentação intracárcere: Os impasses das nutrizes e enfermeiras frente ao sistema
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i17.38780Palavras-chave:
Amamentação; Prisões; Aleitamento Materno; Enfermagem.Resumo
Objetivo: Compreender a partir do estado da arte como ocorre o processo de amamentação no âmbito carcerário. Metodologia: Revisão integrativa de literatura, descritiva, exploratória, qualitativa, sendo utilizada a Estratégia de PICo e PRISMA-ScR. Foram realizadas por meio 2 periódicos e 3 bases de dados, com auxílio dos operadores booleanos “OR” e “AND”, entre os anos de 2015 a 2020. Resultados: Foram encontrados 22 estudos e utilizados para a amostra 6 artigos. Resultando em três categorias: (I) As dificuldades da vivência das nutrizes no sistema carcerário; (II) As consequências advindas do aleitamento materno no Sistema Prisional para o binômio mãe-bebê; (III) A perspectiva dos profissionais da enfermagem para garantir, promover e apoiar amamentação intracárcere. Considerações finais: Diversos fatores influenciam desfavoravelmente na amamentação, como aspectos fisicopsicosociais, restrição e negligenciamento dos direitos do binômio mãe-filho. A assistência como modelo biomédico implica na qualidade do cuidado, promoção e manutenção da amamentação intracárcere.
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