O processo da amamentação intracárcere: Os impasses das nutrizes e enfermeiras frente ao sistema

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i17.38780

Palavras-chave:

Amamentação; Prisões; Aleitamento Materno; Enfermagem.

Resumo

Objetivo: Compreender a partir do estado da arte como ocorre o processo de amamentação no âmbito carcerário. Metodologia: Revisão integrativa de literatura, descritiva, exploratória, qualitativa, sendo utilizada a Estratégia de PICo e PRISMA-ScR. Foram realizadas por meio 2 periódicos e 3 bases de dados, com auxílio dos operadores booleanos “OR” e “AND”, entre os anos de 2015 a 2020. Resultados: Foram encontrados 22 estudos e utilizados para a amostra 6 artigos. Resultando em três categorias: (I) As dificuldades da vivência das nutrizes no sistema carcerário; (II) As consequências advindas do aleitamento materno no Sistema Prisional para o binômio mãe-bebê; (III) A perspectiva dos profissionais da enfermagem para garantir, promover e apoiar amamentação intracárcere. Considerações finais: Diversos fatores influenciam desfavoravelmente na amamentação, como aspectos fisicopsicosociais, restrição e negligenciamento dos direitos do binômio mãe-filho. A assistência como modelo biomédico implica na qualidade do cuidado, promoção e manutenção da amamentação intracárcere.  

Biografia do Autor

Janaína Kelly da Silva de Souza de Araújo, Instituto Nacional da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira

Enfermeira. Residente em Banco de Leite Humano pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira - IFF/FIOCRUZ. Pós graduada em UTI Neonatal e Pediátrica pelo Centro Universitário Abeu e Gestão e Auditória em Serviços de Saúde pela  Faculdade Venda Nova do Imigrante. Graduada pela Universidade Estácio de Sá - UNESA,  campus Nova Iguaçu. Rio de Janeiro, Brasil.

Helaine Maria da Silva de Oliveira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Enfermeira. Especialista em Enfermagem Obstétrica na modalidade Residência pela Secretaria Municipal de Saúde /Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. Mestranda e graduada em Enfermagem pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. Professora Auxiliar I. Universidade Estácio de Sá - UNESA, campus Nova Iguaçu. Rio de Janeiro, Brasil.

Lidiane Dias Reis , Universidade Federal do Rio de Janeiro

Enfermeira. Doutora em Neurociência da Educação pela Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ. Mestre e graduação em Enfermagem - EEAN/UFRJ. Docente. Coordenadora de Enfermagem da Universidade Veiga de Almeida - Campus Barra Marapendi. Docente. Universidade de Vassouras - campus Maricá. Rio de Janeiro, Brasil.

Priscila Cristina Pereira de Oliveira da Silva, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Enfermeira. Mestre e graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - EEAN/UFRJ. Docente. Universidade Estácio de Sá - UNESA. Rio de Janeiro, Brasil.

Natalia Cristina Muniz Alves, Instituto Nacional da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira

Enfermeira. Residente em Banco de Leite Humano pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira - IFF/FIOCRUZ. Graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ. Rio de Janeiro, Brasil.

 

Brunna Oliveira de Meneses Freire Santos, Instituto Nacional da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira

Enfermeira. Especialista em Banco de Leite Humano na modalidade de Residência pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira - IFF/FIOCRUZ. Pós Graduanda em Enfermagem em Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal - Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein.  Graduação em Enfermagem pela Universidade Veiga de Almeida - UVA. São Paulo, Brasil.

Rafaele Cristine Barcelos dos Santos Luz Ribeiro , Instituto Nacional da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira

Enfermeira. Especialista em Banco de Leite Humano na modadlidade de Residência pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira - IFF/FIOCRUZ.  Graduada pela Universidade Estácio de Sá - UNESA. Enfermeira na Secretaria Executiva da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, Centro de Referência da Rede Global de Bancos de Leite Humano no IFF/FIOCRUZ. Rio de Janeiro, Brasil.

Kelly Pinheiro Vieira , Instituto Nacional da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira

Enfermeira. Residente em Enfermagem Obstétrica pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira - IFF/FIOCRUZ. Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, Campus Macaé.  Rio de Janeiro, Brasil.

Eduarda Felippe Cunha Bernard Lista , Instituto Nacional da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira

Enfermeira. Residente em Enfermagem Obstétrica pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira - IFF/FIOCRUZ. Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal Fluminense - UFF. Rio de Janeiro, Brasil.

Rachel de Araujo Costa, Instituto Nacional da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira

Enfermeira. Residente em Neonatologia pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira - IFF/FIOCRUZ. Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - EEAN/UFRJ. Rio de Janeiro, Brasil.

 

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Publicado

21/12/2022

Como Citar

ARAÚJO, J. K. da S. de S. de .; OLIVEIRA, H. M. da S. de .; REIS , L. D. .; SILVA, P. C. P. de O. da .; ALVES, N. C. M.; SANTOS, B. O. de M. F. .; RIBEIRO , R. C. B. dos S. L.; VIEIRA , K. P.; LISTA , E. F. C. B.; COSTA, R. de A. O processo da amamentação intracárcere: Os impasses das nutrizes e enfermeiras frente ao sistema. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 17, p. e95111738780, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i17.38780. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/38780. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais