Estoque de carbono em frações dessimétricas da matéria orgânica no solo em diferentes sistemas de uso na Amazônia Oriental
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i2.38801Palavras-chave:
Amazônia; Carbono orgânico; Capoeira; SAFs.Resumo
Estudos têm demonstrado que determinados compartimentos da MOS são capazes de detectar transformações nos conteúdos de C no solo com manejo, ou seja plantios com ou sem queima, entretanto são capazes de detectar, mais rapidamente, as reduções constatadas são, de modo geral, maiores que as observadas, considerando, assim, o conteúdo total de C do solo. O trabalho teve como objetivo avaliar estoque de carbono das frações densimétricas em diferentes sistemas, o estudo foi realizado na Amazônia Oriental, Nordeste do Pará, em Igarapé-Açu, solo Latossolo Amarelo, em áreas experimentais das comunidades de Cumaru, Nova Olinda (em propriedades de pequenos produtores rurais) e UFRA-FEIGA. Os sistemas de uso consistem em 06 (seis) tratamentos, que são: T1 CC (Cumaru Capoeira), T2 CSQT (Cumaru sem queima triturado), T3 CQ (Cumaru queima), T4 UFC (UFRA Capoeira), T5 UFSQT (UFRA sem queima triturado), T6UFQ (UFRA queima). Bem como, algumas SAFs. Retirou-se amostras dos solos nas profundidades 0-5 cm, 5-10 cm e 10-20 cm. Separou-se as frações densimétricas para a determinação de teores de carbono por combustão em analisador elementar LECO CHN-S TRUSTEC, as variáveis foram submetidas à análise de variância, comparadas pelo teste de SNK com programa estatístico SISVAR. A fração que estocou carbono foi a leve livre nos sistemas onde não ocorreram queima, com sua sensibilidade do sistema de manejo do solo, onde houve maior revolvimento desta fração se fez menos presente. A fração leve, livre concentrou estocando mais carbono que a fração oclusa em função dos seus diferentes mecanismos e composição química.
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