Estudo da vegetação que compõe o paisagismo da UFRA, Campus de Belém, Pará, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i17.38907Palavras-chave:
Amazônia; Biodiversidade; Botânica; Plantas; Ornamentais.Resumo
Apesar da grande riqueza de espécies vegetais presentes na Amazônia, há muito ainda de ser mais bem utilizado deste patrimônio, como o grande potencial de suas paisagens. Sendo assim, a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) em Belém, Pará, Brasil (1°27'22"S 48°26'14"W), é caracterizada neste estudo através de um amplo e detalhado trabalho de pesquisa científica, sobre as espécies vegetais que compõem o paisagismo da instituição. O objetivo do estudo foi identificar e mapear as espécies vegetais utilizadas no paisagismo do Campus de Belém da UFRA. Assim, foi realizado um levantamento florístico através de técnicas de coleta e identificação de espécimes vegetais, bem como análises de dados, ao final foram identificadas 187 espécies, 156 gêneros, distribuídos em 57 famílias. As cinco famílias com maior número de espécies são: Fabaceae, Asparagaceae, Arecaceae, Apocynaceae e Araceae. As seringueiras (Hevea spp.) e maxarimbés (Cenostigma tocantinum Ducke) são as espécies arbóreas ocorrentes na área com maiores quantidades de indivíduos, sendo ambas nativas do território brasileiro. No entanto, as espécies exóticas (53%) predominaram em relação às nativas (47%). Os resultados indicam a necessidade de valorizar o uso de espécies nativas no paisagismo da instituição. Bem como, a base de dados aqui apresentada é útil para a realização de demais estudos.
Referências
Alves, K. N. L., Lucas, F. C. A., Vasconcelos, S. M., & Gois, M. A. F. (2020). Áreas verdes urbanas em Belém do Pará: histórico e potencialidades do Parque Ambiental Antonio Danúbio Lourenço da Silva. Research, Society and Development, 9(11): e4809119965. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9965
Angiosperm Phylogeny Group - APG. 2016. An update of the Angiosperm Phylogentic Group classification for the orders and families of flowering plants: APG IV. Botanical Journal of the Linnean Society, 181: 1-20. https://doi.org/10.1111/boj.12385
Barbosa, A. S., Maximo, L. M., Oliveira, T. A. C., Bastos, A. P. C., & Lucas, F. L. C. (2020). Valorização dos conhecimentos sobre plantas medicinais: uma abordagem para o ensino de ciência. Research, Society and Development, 9(11): e4719119993. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9993
Bastos, T. X., Pacheco, N. A., Nechet, D., & Sá, T. D. A. (2002). Aspectos climáticos de Belém nos últimos cem anos. Belém-PA: Embrapa Amazônia Oriental. 31p.
Bereshit. 2022. in: Tanakh Torá Português-Hebraico (aplicativo para smartphone). https://play.google.com/store/apps/details?id=com.ik.torahptfree.
Darwin, C. R. (1871). The descent of man, and selection in relation to sex. Londres: Ed. John Murray.
Domingos, L. T. (2011). A visão africana em relação à natureza. Revista Brasileira de História das Religiões, 3:9.
Eisenlohr, P. V., Carvalho-Okano, R. M., Vieira, M. F., Leone, F. R., & Stringheta, Â. C. O. (2008). Flora fanerogâmica do campus da Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais. Ceres, 55(4): 317-326.
Fidalgo, O., & Bononi, V. L. R. (1984). Técnicas de coleta, preservação e herborização de material botânico. São Paulo-SP: Instituto de Botânica de São Paulo. 61p.
Filgueiras, T. S., Nogueira, P. E., Brochado, A. L., & Guala, G. F. (1994). Caminhamento: um método expedito para levantamentos florísticos qualitativos. Cadernos de Geociências, 12(1): 39-43.
Flora e Funga do Brasil. (2022). Base de dados. Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ). http://floradobrasil.jbrj.gov.br/.
Gênesis. In: Bíblia. (2011). Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. (2a ed.). Sociedade Bíblica do Brasil. Pp. 3-7.
Gonçalves, E. G., & Lorenzi, H. (2011). Morfologia vegetal: organografia e dicionário ilustrado de morfologia das plantas vasculares. (2ª. ed.): Instituto Plantarum de Estudos da Flora. 512p.
Laws, B. (2013). 50 plantas que mudaram o rumo da história. Rio de Janeiro: Sextante, 224p.
Lira Filho, J. A., Paiva, H. N. P., & Gonçalves, W. (2012). Paisagismo: princípios básicos. (2ª Ed.): Editora Aprenda Fácil. 167p.
Lorenzi, H. (2008). Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Volume 1. (5ª Ed.): Instituto Plantarum de Estudos da Flora. 384p.
Lorenzi, H. (2009). Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Volume 2. (2ª Ed.): Instituto Plantarum de Estudos da Flora. 384p.
Lorenzi, H. (2013). Plantas para jardim no Brasil: herbáceas, arbustivas e trepadeiras. (1ª Ed.): Instituto Plantarum de Estudos da Flora. 1120p.
Lorenzi, H., & Souza, H. M. (2001). Plantas ornamentais no Brasil: arbustivas, herbáceas e trepadeiras. (3ª Ed.): Instituto Plantarum de Estudos da Flora. 1088p.
Lorenzi, H, Souza, H. M., Torres, M. A. V., & Bacher, L. B. (2003). Árvores exóticas no Brasil: madeireiras, ornamentais e aromáticas. (1ª Ed.): Instituto Plantarum. 368p.
Lorenzi, H., Souza, H. M., Cerqueira, L. S. C., Costa, J. T. M., & Ferreira, E. (2004). Palmeiras Brasileiras e Exóticas Cultivadas. (1ª Ed.): Instituto Plantarum de Estudos da Flora. 432p.
Marín, W. A., & Flores E. M. (2003). Andira inermis (W. Wrigth) Kunth ex DC. https://rngr.net/publications/ttsm/species/Andira%20inermis.pdf/?searchterm=Andira%20inermis.
Martins-da-Silva, R. C. V., Silva, A. S. L., Fernandes, M. M., & Margalho, L. F. (2014). Noções morfológicas e taxonômicas para identificação botânica.
Embrapa. 111p. <https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/992543/nocoes-morfologicas-e-taxonomicas-para-identificacao-botanica>.
Maslova I. (2018). Tradução comentada de mitos e lendas amazônicas do Nheengatu para o russo. Monografia de Mestrado, USP - Universidade de São Paulo, São Paulo-SP, Brasil.
Menegaes, J. F., Nishijima, T., Backes, F. A. A. L., & Bennetti, C. C. (2020). Práticas de ajardinamento em espaços de convivência em comunidades rurais como instrumento de Educação Ambiental. Research, Society and Development, 9(11): e56891110091. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10091
Oliveira, T. J. M., Monteiro, A. S., Nascimento, M. L., Santos, R. M., & Nascimento, M. E. (2019). Mapeamento e levantamento das coleções de espécies ornamentais do Herbário Felisberto Camargo registradas pelo BRAHMS. In: VIII Simpósio de Estudos e Pesquisas em Ciências Ambientais na Amazônia, 2019, Belém - PA. VIII Simpósio de Estudos e Pesquisas em Ciências Ambientais na Amazônia, Pp 379-388.
Peel, M. C., Finlayson, B. L., & McMahon, T. A. (2007). Updated world map of the Köppen-Geiger climate classification. Hydrol. Earth Syst. Sci, 11(5): 1633–1644. https://doi.org/10.5194/hess-11-1633-2007, 2007
Pereira, M. S., Silva, F. C. E., Charllys, H., Cardôso, B., & Rocha, L. F. B. (2012). Levantamento florístico de espécies nativas e exóticas na Universidade Federal de Campina Grande, Paraíba, Brasil. Revista Enciclopédia Biosfera, 8(15): 1828-1835.
Pires, J. M., Secco, R. S., & Gomes, J. I. (2002). Taxonomia e Fitogeografia das seringueiras. Belém-PA: Embrapa Amazônia Oriental, 103p.
Pivetta, K. F. L., & Silva Filho, D. F. (2002). Arborização urbana. Jaboticabal-SP: UNESP. 69p.
Porto, L. P. M., & Brasil, H. M. (2013). Manual de Orientação Técnica da Arborização Urbana de Belém: guia para planejamento, implantação e manutenção da arborização em logradouros públicos. Belém-PA: Editora da Universidade Federal Rural da Amazônia (UDUFRA). 108p.
Ribeiro, J. E. L. S., Hopkins, M. J. G., Vicentini, A., Sothers, C. A., Costa, M. A. S., Brito, J. M., Souza, M.A.D., Martins, L H., Lohmann, L. G., Assunção, P. A., Pereira, E. C., Silva, C. F., Mesquita, M. R., & Procópio, L. C. (1999). Flora da Reserva Ducke: guia de identificação das plantas vasculares de uma floresta de terra-firme na Amazônia. Manaus-AM: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). 816p.
Rufino, M. R., Silvino, A. S., & Moro, M. F. (2019). Exóticas, exóticas, exóticas: reflexões sobre a monótona arborização de uma cidade brasileira. Rodriguésia, 70: e03562017. http://dx.doi.org/10.1590/2175-7860201970051
Santos, W. H. (2014). Registros históricos: contribuição à memória da Universidade Federal Rural da Amazônia. Belém-PA: Editora da Universidade Federal Rural da Amazônia - EDUFRA. 186 p.
Secco, R. S. (2008). A Botânica da seringueira (Hevea brasiliensis (Willd. ex Adr. de Jussieu) Muell. Arg. In: Alvarenga, A. P., & Carmo, C. A. F. S. Seringueira. Viçosa – MG: EPAMIG. Pp.1-24.
Silva, F. R. C., Brochado, M. G. S., Cunha, G. D. F., Pacheco, L. B., & Viana, R. G. (2018). Levantamento de plantas ornamentais no campus da Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA, em Belém-PA como ferramenta didática. In: III Congresso Internacional das Ciências Agrárias, 2018, João Pessoa. III Congresso Internacional das Ciências Agrárias. https://doi.org/10.31692/2526-7701.IIICOINTERPDVAGRO.2018.00559
Silva, M. O., Silva, E. A., Soares, C. A., Melo, S. A., Mota, P. K. A., Mendes, A. C. A., Lacerda, J. D. A., Soares, E. A., Silva, J. A. P., & Souza, A. I. A. F. (2022). Paisagismo no Sudeste do Pará: um olhar da população. Research, Society and Development, 11(4): e10311427140. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27140
Silva, R. L. (2007). Fenologia em ambiente urbano, morfologia da semente e da plântula e germinação sob condições adversas de Cenostigma tocantinum Ducke. 2007. 67 f. Dissertação (Dissertação de Mestrado) - Instituto Nacional De Pesquisas Amazônicas, Manaus - AM, 2007.
Silva, A. G., Paiva, H. N., & Gonçalves, W. (2017). Avaliando a arborização urbana. (2ª Edição). Viçosa – MG: Editora Aprenda Fácil. 296p.
Sodré, B. S. (2005). Morfologia das palmeiras como meio de identificação e uso paisagístico. 2005. 62 f. Monografia (Especialização em Plantas Ornamentais e Paisagismo) – Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, 2005.
Trindade, J. R. (2014). Levantamento florístico e mapeamento das espécies ornamentais ocorrentes no Campus da UFRA – Belém. 2014. 45 f. Monografia (Graduação em Agronomia) – Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Belém do Pará. https://www.researchgate.net/publication/360653374.
Trindade, J. R., Rodrigues, C. A., Santos, J. U. M., & Gurgel, E. S. C. (2021). Estudos biométricos em frutos, sementes e germinação de matapasto (Senna reticulata) da Amazônia. Research, Society and Development, 10(17): e245101724807. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i17.24807
Trindade, J. R., Santos, J. U. M., & Gurgel, E. S. C. (2022). Estudos com plantas espontâneas no Brasil: uma revisão. Research, Society and Development, 11(07): e14111729700. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i7.29700
Tropicos. (2022). Base de dados. Missouri Botanical Garden. http://www.tropicos.org.
Viana, R. G., Silva, F. R. C., Lima, A. C., Alves, A. M., Ribeiro, A. C. M., Jorge, A. C. S., Nogueira, D. C., Cunha, G. D. F., Vasconcelos, G. S., Pires, G. T., Leal, I. M. S., Pacheco, L. B., Silva, Rosário, L., Figueiredo, M. M., Brochado, M. G. S., Silva, N. F. B., Pontes Junior, V. B., Miranda, P. H. C., & Vieira, E. F. T. (2020). Manual de identificação de plantas ornamentais da UFRA. 1. ed. Belém: EDUFRA, 114p. https://proex.ufra.edu.br/images/produtos%20de%20extensao/cartilhas/PET%20AGRONOMIA%20-%20MANUAL%20DE%20IDENTIFICA%C3%87%C3%83O%20DE%20PLANTAS%20ORNAMENTAIS%20DA%20UFRA.pdf
Warwick, M. C., & Lewis, G. P. A. (2009). Revision of Cenostigma (Leguminosae – Caesalpinioideae – Caesalpinieae), a genus endemic to Brazil. Royal Botanic Gardens, Kew Bulletim, 64, 135-146. https://doi.org/10.1007/s12225-008-9091-1
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Jonilson Ribeiro Trindade; Rielly Jivago Lima Nunes; Valdir Souza e Silva Junior; Douglas Rafael Vidal de Moraes; Thiara Luana Mamoré Rodrigues; Jessyca Fernanda dos Santos Duarte; Adriano Anastacio Cardoso Gomes; Breno Wendell de Souza Vinagre; João Matheus Vieira Sales; Breno Ricardo Serrão da Silva; Stephan de Almeida Jesuíno; João Ubiratan Moreira dos Santos; Maria Auxiliadora Feio Gomes; Manoel Euclides do Nascimento
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.