A incidência de Câncer de Esôfago em pacientes com Asian Glow

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i17.38949

Palavras-chave:

Incidência; Neoplasias esofágicas; Aldeído desidrogenase; Síndrome do rubor facial.

Resumo

A insuficiência de ALDH2 gera acetaldeído em excesso, acarretando os sinais e sintomas do flushing facial também conhecido como Asian Glow ou Síndrome do Rubor Facial. Vem acompanhado de náuseas e cefaleia, sendo considerado um possível fator protetor ao alcoolismo devido ao quadro clínico. A presente revisão tem como objetivo avaliar a relação do Asian Glow com o Câncer de Esôfago e seus fatores influenciadores na incidência da polução asiática. Uma revisão sistemática das literaturas com acesso eletrônico livre nas bases de dados PubMed, Ministério da Saúde e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), com um número total de 9 artigos selecionados no idioma inglês, filtrando exclusivamente os artigos com correlação câncer-asian glow. Os critérios para inclusão foram publicações de artigos científicos no período compreendido entre 2009 e 2019. Conclui-se que o aumento do consumo de álcool em todo o mundo tem relação direta com a maior incidência de cânceres no mundo, principalmente nos países do Leste Asiático onde a porcentagem de indivíduos com deficiência de ALDH2 é alto. Analisando todos os quatro pontos principais: o polimorfismo dos genes codificadores da ALDH2, o asian glow, a tolerância à manifestação do rubor e o Câncer de Esôfago (CE) podemos chegar a um resultado final. O CE não tem relação com o Asian Glow, mas com a deficiência da ALDH2 que causa em alguns pacientes essa síndrome.

Referências

Chang J S, Hsiao J R, & Chen C H. (2017). ALDH2 polymorphism and alcohol-related cancers in Asians: A public health perspective Tse-Hua Tan. J Biomed Sci. 24(1):1–10.

Yu C, Guo Y, Bian Z, Yang L, Millwood I Y, Walters R G, et al.(2018). Association of low-activity ALDH2 and alcohol consumption with risk of esophageal cancer in Chinese adults: A population-based cohort study. Int J Cancer. 143(7):1652–61.

Garcia S M N.(2009). Genes de metabolização do álcool e o risco de câncer de cabeça e pescoço.

Frare J C. (2015). Análise das características clinicopatológicas de carcinomas espinocelulares orais e pacientes jovens provenientes de Cascavel-Paraná. 57(01):26-28.

Monteiro T.(2016). Estudo sobre o polimorfismo dos genes álcool desidrogenase e aldeído desidrogenase (gene adh e aldh) e a dependência ao álcool em uma população da cidade de Goiânia-GO, Brasil.70.

Oze I, Matsuo K, Wakai K, Nagata C, Mizoue T, Tanaka K, et al. (2011). Alcohol drinking and esophageal cancer risk: An evaluation based on a systematic review of epidemiologic evidence among the Japanese population. Jpn J Clin Oncol. 41(5):677–92.

Oze I, Matsuo K, Hosono S, Ito H, Kawase T, Watanabe M, et al. (2010). Comparison between self-reported facial flushing after alcohol consumption and ALDH2 Glu504Lys polymorphism for risk of upper aerodigestive tract cancer in a Japanese population. Cancer Sci.101 (8):1875–80.

Brooks P J, Enoch M A, Goldman D, Li T K, & Yokoyama A. (2009). The alcohol flushing response: An unrecognized risk factor for esophageal cancer from alcohol consumption. PLoS Med.6(3):0258–63.

Yokoyama A, Yokoyama T, & Omori T. (2010). Past and current tendency for facial flushing after a small dose of alcohol is a marker for increased risk of upper aerodigestive tract cancer in Japanese drinkers. Cancer Sci.101(11):2497–8.

Van Hagen P, Hulshof M C C N, van Lanschot J J B, et al.(2012). Preoperative chemoradiotherapy for esophageal or junctional cancer. N Engl J Med.;366:2074-84.

Mota F C, Cecconello I, Takeda F R, et al. (2018). Neoadjuvant therapy or upfront surgery? A systematic review and meta-analysis of T2N0 esophageal cancer treatment options. Int J Surg. 2018;54(Pt A): 176-81.

Berger A C, Farma J, Scott W J, et al. (2005). Complete response to neoadjuvant chemoradiotherapy in esophageal carcinoma is associated with significantly improved survival. J Clin Oncol.23:4330-7.

Tatarian T, & Palazzo F. (2019). Chapter 35 − Epidemiology, Risk Factors, and Clinical Manifestations of Esophageal Cancer. In: Yeo CJ, editor. Shackelford’s Surgery of the Alimentary Tract. 2 vol. 8th ed. Philadelphia: Elsevier. p. 362-7.

World Health Organization. (2018). International Agency of Research on Cancer. Global Cancer Observatory. Cancer Today.

Guerra M R, Bustamante-Teixeira M T, Corrêa C S L, et al .(2017). Magnitude and variation of the burden of cancer mortality in Brazil and Federation Units, 1990 and 2015. Rev Bras Epidemiol. 20(Suppl 1):102-15.

Coleman H G, Xie S H, & Lagergren J. ( 2018). The Epidemiology of Esophageal Adenocarcinoma. Gastroenterology. 2018;154:390-405.

Arnold M, Soerjomataram I, Ferlay J, & Forman D. (2018). Global incidence of esophageal cancer by histological subtype in 2012. Gut. 2015;64:381-7.

Huang F L, & Yu SJ. (2016). Esophageal cancer: Risk factors, genetic association, and treatment. Asian J Surg. 41:210-5.

National Comprehensive Cancer Network (NCCN). (2017). Guidelines, Esophageal Cancer, Version 1.2017.

Toneto M G, & Viola L. (2018). Current status of the multidisciplinary treatment of gastric adenocarcinoma. Arq Bras Cir Dig. 2018;31(2).

Downloads

Publicado

23/12/2022

Como Citar

LOPES, C. M. .; SILVA, T. M. .; REZENDE , L. C. M. .; SILVA, L. V. B. .; CARVALHO, A. P. P. .; SILVA , M. P. F. da .; DAS GRAÇAS AMORIM VILELA , M.; FARIA, B. B. .; MESQUITA, F. S. C. .; GOULART, M. D. A. A incidência de Câncer de Esôfago em pacientes com Asian Glow. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 17, p. e150111738949, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i17.38949. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/38949. Acesso em: 24 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde