Estudo sobre técnicas de quimioluminescência utilizadas na identificação de vestígios de sangue em cenas de crimes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i17.38997

Palavras-chave:

Quimioluminiscencia; Luminol; Sangre; Delitos; Química forense.

Resumo

A química forense é uma área interdisciplinar que fornece informações valiosas para auxiliar a justiça na resolução de questões de natureza criminal. A quimiluminescência é um dos métodos mais utilizados para a detecção de manchas de sangue. Mesmo após a lavagem da cena do crime, essa técnica ainda é capaz de identificar a presença de material biológico. Neste contexto, o objetivo principal para o desenvolvimento deste trabalho é fazer uma revisão das principais técnicas de quimioluminescência utilizadas em cenas de crime. Dentre as técnicas mais usuais na quimioluminescência, destaca-se as baseadas em Luminol, Fluoresceína, Bluestar Forensics e Lumiscene como os métodos mais eficazes na detecção de sangue em diversos tipos de superfícies e até mesmo em cenários lavados. A partir da revisão da literatura, constatou-se que mais pesquisas são necessárias para entender melhor o mecanismo de reação envolvido nos materiais usuais em ciências forenses. Além disso, o desenvolvimento de novos materiais com maior luminescência, maiores contrastes, baixa toxicidade, maior tempo de resposta e alta sensibilidade.

Referências

Andersson, R. (2017). An Evaluation of Two Presumptive Blood Tests and Three Methods to Visualise Blood. Linköping University.

Alves, L. Q. & Boaventura, R. C. (2021). A importância das manchas de sangue em local de crime: aspectos periciais. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. 7(8), 1-19.

Araujo, R. S., Souza, G. A. B.Vieira, D. A., Fernandes, C. S. & Ferreira, F. C. L. (2022). Marcadores forenses para revelação de digital com sangue: uma breve revisão. Research, Society and Development, 11(11), e38111133371.

Barni, F., Lewis, S. W., Berti, A., Miskelly, G. M., & Lago, G. (2007). Forensic application of the luminol reaction as a presumptive test for latent blood detection. Talanta, 72(3), 896-913.

Bossers, L. C. A. M., Roux, C., Bell, M. & McDonagh, A. M. (2011). Methods for the enhancement of fingermarks in blood. Forensic Science International, 210, 1-11.

Botteon, V. W. (2018). Interpretação do padrão das manchas de sangue em um caso de homicídio em local inidôneo. Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics 7(3), 162-171.

Bravo, J. A., Valdivieso, F., Quiróz, N. & Vila, J. L. (2018). Luminescent compounds: gingerol, quinine, sulphate and fluorescein, a short review. Revista Boliviana de Química 25(4), 108-116.

Brenzini, V. & Pathak, R. (2018). Estudo comparativo da detecção de manchas de sangue em superfícies pintadas e limpas com luminol. Ciências Forenses Internacional, 289, 75-82.

Cavalcanti, D. R. & Barros, R. M. (2016). Escondendo manchas de sangue em locais de crime: análise da ação antioxidante dos chás verde e preto sobre o luminol. Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics, 6(1), 47-60.

Dilbeck, L. (2006). Use of bluestar forensic in lieu of luminol at crime scenes. Journal of Forensic Identification, 56(5), 706-729.

Dorea, L. E. C., Stumvoll, V. P. & Quintela, V. (2005). Tratado de Perícias Criminalística Campinas, SP: Millennium Editora.

Fragoso, L. V., Neto, A. G. V. C., Pelegrina, J. O. & Rissato, S. R. (2021). Luminol: Possíveis interferentes no estudo do sangue humano. Brazilian Journal of Forensic Sciences, 10, 111-129.

Farias, J. S. Soares, E. M. C.,, Silva, A. M. F. S., Correia, D. V. & Figuerêdo, A. M. T. A. (2022). Aplicação da química no âmbito judiciário. Brazilian Journal of Development, 8(4), 31017-31027.

Finez, M. A. & Chiarato, C. G. (2019). Análise dos padrões de manchas de sangue: a física e a biologia nas cenas de crimes. Danvile Revista Científica da Faculdade Gran Tiete, 82-90.

Finnis, J., Lewis, J. & Davidson, A. (2013). Comparison of methods for visualizing blood on dark surfaces. Science & Justice, 53(2), 178-186.

Guerreiro, I. L. & Sampaio, G. C. (2019). Papiloscopia forense e revelação de impressões digitais na cena de um crime: uma ferramenta para o ensino de Química com enfoque CTS. Research, Society and Development, 8(9), 01-16.

Hayashi, S., Kakizaki, E., Sonoda, A., Shinkawa, N., Shiragami, T. & Yukawa, N.(2019). Efeito da aceleração da reação do luminol forense induzida por irradiação de luz visível de soluções aquosas de sangue humano total. Ciências Forenses Internacional, 299: 208-214.

Hara, M., Nakanishi, H., Yoneyama, K., Saito, K. & Takada, A. (2016). Effects of storage conditions on forensic examinations of blood samples and bloodstains stored for 20 years. Legal Medicine, 18, 81-84.

Hidayah, N., Abu Bakar, F., Mahyudin, N. A., Faridah., S., Nur-Azura., M. S. & Zaman, M. Z. (2013). Detection of malachite green and leuco-malachite green in fishery industry. International Food Research Journal, 20(4), 1511-1519.

Howard, D., Chaseling, J. & Wright, K. (2019). Detection of blood on clothing laundered with sodium percarbonate. Forensic Science International, 302, 109885.

Indalecio-C’espedes, C. R., Hernández-Romero, D., Legaz, I., Rodríguez, M. F. S. & Osuna, E. (2021). Occult bloodstains detection in crime scene analysis. Journal of Forensic Chemistry, 26, 100368

Longo, P., Dias Filho, C. R., Valadares, M. P . O., Alonso, E. C., Gonçalves, S. P. S. & Auler-Bittencourt. (2011). Avaliação Comparativa de Teste Imunocromatográfico para Identificação Forense de Sangue Humano. Revista Brasileira Criminalística, 1(1), 16-21.

Moher, D., Liberati, A., Tetzlaff, J., Altman, D. G., & Prisma Group. (2009). Reprint—preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. Physical therapy, 89(9), 873-880.

Nogueira, T. M. B. (2013). Análise de padrões de manchas de sangue – a importância médico-legal. Dissertação de Mestrado em Medicina Legal, Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto.

Nagesh, D. & Ghosh, S. (2017). Um estudo temporal sobre a eficiência do luminol na detecção de manchas de sangue ocultas por tinta em diferentes superfícies. Ciências Forenses Internacional, 275: 1-7.

Morgan, R. M., Oldfield, C., French, J. & Miles, H. (2018). The efficacy of luminol in detecting bloodstains that have been washed with sodium percarbonate and exposed to environmental conditions. Australian Journal of Forensic Sciences, 50(4), 345-354

Rangel, D. R. (2015). Amido-black en el revelado de huellas dactilares ensangrentadas. Revista Skopein - Criminalística y Ciencias Forenses, 10. 6-14.

Silva, A. V., Rêgo, B. R. M., Bezerra, M. F. S., Resque, R. L. & Gomes, M. R. F. (2021). Detecção e análise de sangue humano em cena de crimes sexuais simulados, Brazilian Journal of Development. 7(2), 20368-20385.

Vasconcellos, F. A. & De Paula, W. X. (2017). Aplicação forense do luminol – uma revisão. Revista Criminalística e Medicina Legal, 1(2), 28-36.

Vieira, C. S. M., Anghe, C. G., Delwing, F., Fernandes, M. M., Tinoco, R. R. & Baldasso, R. P. (2016). Comportamento do reagente Bluestar m manchas de sangue frente a diferentes tempos, superfícies e lavagens. Brazilian Journal of Forensic Sciences, 5, 402-409.

Downloads

Publicado

22/12/2022

Como Citar

SOARES, O. J. C. .; SILVA, G. A. .; MACÊDO, R. da M. .; LHAMA, D. E. L. .; VESCOVI, V. .; NASCIMENTO, R. J. A. do .; ALENCAR, W. S. de .; SILVA, A. C. T. e .; SÁ, J. A. S. de .; ARAÚJO, R. S. de .; FERREIRA, F. C. L. . Estudo sobre técnicas de quimioluminescência utilizadas na identificação de vestígios de sangue em cenas de crimes. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 17, p. e126111738997, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i17.38997. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/38997. Acesso em: 26 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão