Insônia: uso da melatonina exógena e suas implicações

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.39010

Palavras-chave:

Insônia; Melatonina; Sono.

Resumo

O presente artigo tem como objetivo identificar os principais impactos do uso da melatonina exógena como indutor do sono em adultos. O estudo compreendeu uma revisão sistemática de literatura feita a partir da base de dados da PubMed/MEDLINE. A importância do sono já foi demonstrada de diversas formas e a privação desse está associada a prejuízos físicos e cognitivos. A insônia é um distúrbio do sono que se caracteriza pela dificuldade de iniciar ou manter o sono. Sob esse aspecto, muitos estudos têm buscado identificar a eficácia do uso da melatonina exógena sobre os distúrbios do sono, avaliando, ainda, os efeitos adversos intrínsecos a esse uso. Foram observados impactos muito positivos relacionados ao uso dessa melatonina exógena, visto que notou-se um aumento do período total de sono e ausência de dependência, tolerância, efeitos ressacas ou mesmo efeitos adversos graves. No entanto, é importante salientar que são necessários mais estudos relacionados ao tema, os quais visem uma administração mais segura, considerando as especificidades de cada pessoa, como faixa etária, sexo, doenças preexistentes, possíveis interações medicamentosas, entre outros aspectos.

Referências

Amaral, F. G. D., & Cipolla-Neto, J. (2018). A brief review about melatonin, a pineal hormone. Archives of endocrinology and metabolism, 62(4), 472–479. https://doi.org/10.20945/2359-3997000000066

Bueno, A. P. R., Savi, F. M., Alves, I. A., & Bandeira, V. A. C. (2021). Regulatory aspects and evidences of melatonin use for sleep disorders and insomnia: an integrative review. Arquivos de neuro-psiquiatria, 79(8), 732–742. https://doi.org/10.1590/0004-282X-ANP-2020-0379

Chitimus, D. M., Popescu, M. R., Voiculescu, S. E., Panaitescu, A. M., Pavel, B., Zagrean, L., & Zagrean, A. M. (2020). Melatonin's Impact on Antioxidative and Anti-Inflammatory Reprogramming in Homeostasis and Disease. Biomolecules, 10(9), 1211. https://doi.org/10.3390/biom10091211

Claustrat, B., & Leston, J. (2015). Melatonin: Physiological effects in humans. Neuro-Chirurgie, 61(2-3), 77–84. https://doi.org/10.1016/j.neuchi.2015.03.002

da Silva Júnior, P. R., Cabral, H. R., Gomes, A. L. O. R., Teófilo, P. B. E., & de Oliveira, T. K. B. (2019). Melatonina exógena e seus efeitos metabólicos: revisão da literatura. Anais da Faculdade de Medicina de Olinda, 1(3), 45-48.

Donato, H., & Donato, M. (2019). Etapas na Condução de uma Revisão Sistemática [Stages for Undertaking a Systematic Review]. Acta medica portuguesa, 32(3), 227–235. https://doi.org/10.20344/amp.11923

Foley, H. M., & Steel, A. E. (2019). Adverse events associated with oral administration of melatonin: A critical systematic review of clinical evidence. Complementary therapies in medicine, 42, 65-81.

Guerrero, J. M., Carrillo-Vico, A., & Lardone, P. J. (2007). La melatonina. Investigación y ciencia, 373, 30-38.

Gunata, M., Parlakpinar, H., & Acet, H. A. (2020). Melatonin: A review of its potential functions and effects on neurological diseases. Revue neurologique, 176(3), 148–165. https://doi.org/10.1016/j.neurol.2019.07.025

Lent, R. (2005). Cem bilhões de neurônios: conceitos fundamentais de neurociência (Ed. rev. e atual). São Paulo: Atheneu.

Li, T., Jiang, S., Han, M., Yang, Z., Lv, J., Deng, C., Reiter, R. J., & Yang, Y. (2019). Exogenous melatonin as a treatment for secondary sleep disorders: A systematic review and meta-analysis. Frontiers in neuroendocrinology, 52, 22–28. https://doi.org/10.1016/j.yfrne.2018.06.004

Moroni, I., Garcia-Bennett, A., Chapman, J., Grunstein, R. R., Gordon, C. J., & Comas, M. (2021). Pharmacokinetics of exogenous melatonin in relation to formulation, and effects on sleep: A systematic review. Sleep Medicine Reviews, 57, 101431.

Neto, J. A. S., & Castro, B. F. D. (2008). Melatonina, ritmos biológicos e sono: uma revisão da literatura. Rev Bras Neurol, 44(1), 5-11.

Page, M. J., McKenzie, J. E., Bossuyt, P. M., Boutron, I., Hoffmann, T. C., Mulrow, C. D., Shamseer, L., Tetzlaff, J. M., Akl, E. A., Brennan, S. E., Chou, R., Glanville, J., Grimshaw, J. M., Hróbjartsson, A., Lalu, M. M., Li, T., Loder, E. W., Mayo-Wilson, E., McDonald, S., McGuinness, L. A., & Moher, D. (2021). The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ (Clinical research ed.), 372, n71. https://doi.org/10.1136/bmj.n71

Poza, J. J., Pujol, M., Ortega-Albás, J. J., Romero, O. en representación del Grupo de estudio de insomnio de la Sociedad Española de Sueño (SES). (2018). Melatonina nos distúrbios do sono. Melatonina en los trastornos de sueño. Neurologia (Barcelona, Espanha). https://doi.org/10.1016/j.nrl.2018.08.002

Riha R. L. (2018). The use and misuse of exogenous melatonin in the treatment of sleep disorders. Current opinion in pulmonary medicine, 24(6), 543–548. https://doi.org/10.1097/MCP.0000000000000522

Souza, J. C., & Reimão, R. (2004). Epidemiologia da insônia. Psicologia em Estudo, 9, 3-7.

Vasey, C., McBride, J., & Penta, K. (2021). Circadian Rhythm Dysregulation and Restoration: The Role of Melatonin. Nutrients, 13(10), 3480. https://doi.org/10.3390/nu13103480

Voysey, Z. J., Barker, R. A., & Lazar, A. S. (2021). The Treatment of Sleep Dysfunction in Neurodegenerative Disorders. Neurotherapeutics : the journal of the American Society for Experimental NeuroTherapeutics, 18(1), 202–216. https://doi.org/10.1007/s13311-020-00959-7

Zisapel N. (2018). New perspectives on the role of melatonin in human sleep, circadian rhythms and their regulation. British journal of pharmacology, 175(16), 3190–3199. https://doi.org/10.1111/bph.14116

Downloads

Publicado

08/03/2023

Como Citar

SANTOS, . I. M. de P. .; SILVA, I. Z. .; TOLEDO, A. J. F. de .; MARCIANO, B. R. .; DUARTE, G. G. de M. .; SOARES, E. A. .; GOMES, F. S. .; SANTOS, T. de S. .; MARTINS, J. de O. .; ZANETTI, G. T. . Insônia: uso da melatonina exógena e suas implicações. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 3, p. e19212339010, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i3.39010. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/39010. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde