Caracterização epidemiológica e clínica dos casos notificados de hepatite viral no município de Cacoal-RO: um recorte temporal de 2018 a 2020
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i17.39026Palavras-chave:
Hepatite viral; Perfil epidemiológico; Sinais clínicos; Saúde coletiva.Resumo
As Hepatites Virais, agravo de notificação compulsória semanal, apresentam tropismo específico para os hepatócitos, etiologias virais diversas, caráter inflamatório e amplo espectro clínico. Devido ao quantitativo de sua prevalência, seu enfrentamento representa um desafio de saúde pública. Objetivou explicitar o perfil clínico e epidemiológico das notificações de hepatites no município de Cacoal-RO durante o período 2018-2020. Trata-se de um estudo epidemiológico transversal de caráter descritivo e quantitativo, por meio da análise de dados secundários, não necessitando da aprovação do CONEP/CEP, extraídos da ficha de notificação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), perfazendo um recorte temporal em relação as variáveis de interesse. Entre os anos de 2018 a 2020 foram notificados 93 casos no município, dentre os quais 55 (59,14%) eram no sexo masculino. Houve predominância na raça parda, com 62 (66,67%) casos. Quanto a escolaridade, 5ª a 8ª série apresentou 17 (18,28%) das notificações. A faixa etária de 40-59 anos obteve 43 (46,24%) comunicações. Entre as variáveis clínicas, prevaleceu etiologicamente o vírus B, com 75 (80,65%) casos, além da forma crônica/portador estar presente em 91 (97,85%) dos acometidos. Em relação a transmissão, essa se deu predominantemente por meio sexual, com 76 (81,72%) casos. Quanto a confirmação, 75 (80,65%) foram HBsAg reagentes e 17 (18,28%) tiveram resultado positivo para AntiHCV. Dessa maneira, fica evidente o perfil epidemiológico e clínico das notificações, o que contribui para o planejamento e a adoção de medidas de educação em saúde voltadas as necessidades locais.
Referências
Almeida, E. C. de et al. (2019). Acesso à atenção às hepatites virais: distribuição de serviços na região Norte do Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia Brazilian Journal of Epidemiology]. 22Suppl 1 (Suppl 1), e190008. https://doi.org/10.1590/1980-549720190008.supl.1. https://www.scielo.br/j/rbepid/a/PZNLvrVBQXS86W5Yhxq89qJ/?lang=pt#
Araújo, A. C. et al (2008). Perfil Epidemiológico Das Hepatites Virais No Estado De Pernambuco No Período De 2002 A 2006. Fundação Oswaldo Cruz. Monografia - Especialização em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde. https://www.cpqam.fiocruz.br/bibpdf/2008araujo-ac.pdf
Bandeira, L. L. B. et al (2018). Epidemiologia das hepatites virais por classificação etiológica. Revista Sociedade Brasileira de Clínica Médica. 13(4), (2018): Publicação Trimestral - Rev Soc Bras Clin Med. 227-231. https://www.sbcm.org.br/ojs3/index.php/rsbcm/article/view/376/338
Brasil. (2018). Manual Técnico para o Diagnóstico das Hepatites Virais / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. – 2ed. – Brasília: Ministério da Saúde
Brasil (2019). Guia de Vigilância em Saúde: volume único [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. – 3ª. Ed. – Brasília: Ministério da Saúde
Brasil (2021). Ministério Da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Boletim epidemiológico - Hepatites virais 2021. – Nº esp. – Ministério da Saúde
Domingues, C. S. et al (2021). Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente Transmissíveis 2020: vigilância epidemiológica. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 30(esp1), e2020549. Epub 28 de feveiro de 2021.https://dx.doi.org/10.1590/s1679-4974202100002.esp1
IBGE (2021). INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Brasileiro de 2010. Cacoal: IBGE, 2021. https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/ro/cacoal.html. Acesso em: 30 de agosto de 2022.
Marques, J. V. S., Alves, B. M., Marques, M. V. S., Parente, C. C., Sousa, N. A. de, & Feijão, T. M. P. (2020). Análise sociodemográfica das hepatites virais no estado do Ceará. Sanare - Revista De Políticas Públicas, 18(2). https://doi.org/10.36925/sanare.v18i2.1371
MS (2020). Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) /Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde.
MS (2022). Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis/Ministério da saúde – HEPATITES VIRAIS. http://www.aids.gov.br/pt-br/hepatites
MS (2019). NOTA INFORMATIVA Nº 55/2019-CGAE/DIAHV/SVS/MS. Orientações acerca dos critérios de definição de casos para notificação de hepatites virais. http://portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Hepatites_Virais/Nota_Informativa_Hepatites_Virais.pdf
Novaes, A. C., Tiroli, C. F. ., Ribeiro, B. Q., Ferreira, N. M. de A., Furuya, R. K., Galhardi, L. C. F. ., Tomedi, D. J. G. ., Cotarelli, L. F., & Pieri, F. M. (2021). Viral hepatitis in the brazilian context: an integrative review. Research, Society and Development, 10(1), e12510111579. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11579
Moreira Gomes, A., Fernandes de Sousa, T., Lopes Dias da Silva, L., Galhardo de Carvalho, Y. C. ., & Pantoja Filgueira, M. de J. . (2020). Hepatites virais: uma análise clínico-epidemiológica no estado do Tocantins nos últimos 18 anos. Revista De Patologia Do Tocantins, 7(2), 107–113. https://doi.org/10.20873/uft.2446-6492.2020v7n2p107
Oliveira, E. C (2017). Projeto de Intervenção para redução dos casos em comunicantes de Hepatite B. 2017. 22f. Trabalho de conclusão de curso (Curso de Especialização sobre gestão das políticas de DST/Aids, Hepatites virais e Tuberculose) - Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal.
OMS (2021). Organização Mundial da Saúde. Relatório de progresso global sobre HIV, hepatite viral e infecções sexualmente transmissíveis, 2021: responsabilidade pelas estratégias globais do setor de saúde 2016–2021: ações para impacto. Web anexo 2: métodos de dados. Organização Mundial da Saúde. https://apps.who.int/iris/handle/10665/342813.
Pereira, A.S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Recuperado de: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_MetodologiaPesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1
Perlin, C. M. (2016). Qualidade de vida de pacientes com hepatite C crônica no município de Curitiba-PR. Curitiba-PR. Dissertação de Mestrado apresentada ao programa de Pós-Graduação em Assistência Farmacêutica, universidade federal do Paraná. Repositório Institucional - Rede Paraná Acervo - livro digital. https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/43792.
Quintela, E. (nd). Com.Br. Acesso em 23 de outubro de 2022, em http://www.doencasdofigado.com.br/index.php?src=pagina&id=66
Sousa, S. R. G. et al. (2020). Panorama das hepatites virais: um estudo atual. Research, Society and Development, 9(9), e446997443, 2020
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7443. https://redib.org/Record/oai_articulo3005116-panorama-das-hepatites-virais-um-estudo-atual.
Timóteo, M. V. F. et al. (2020). Perfil epidemiológico das hepatites virais no Brasil. Research, Society and Development, 9(6), e29963231, 2020
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i6.3231. Disponível em: https://redib.org/Record/oai_articulo3002331-perfil-epidemiol%C3%B3gico-das-hepatites-virais-brasil.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Vitor Saldanha Carneiro Rodrigues; Emanuelli Maroto Patrício; João Lucas Vieira Sousa Santos; Julia Maia Vilela; Natalia Fernandes Gomes; Paulo Schumann Neto; Thayanne Pastro Loth
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
