Perfil dos casos de tétano acidental registrados durante 10 anos em um hospital de referência no estado de Alagoas, Nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i17.39072Palavras-chave:
Imunoprevenção; Vacina antitetânica; Clostridium tetani; Epidemiologia.Resumo
Objetivo: Essa pesquisa objetivou avaliar o perfil clínico-epidemiológico dos casos de tétano acidental, registrados em um Hospital de Referência no tratamento de doenças infectocontagiosas, no estado de Alagoas, região nordeste do Brasil, no período de janeiro de 2007 até dezembro de 2017. Metodologia: As informações foram obtidas por meio do banco de dados da referida instituição e que estavam registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Os dados foram tabulados no Microsoft Office Excel 2016 e analisados estatisticamente no Statistical Products and Service Solutions for Windows 12. Resultados: No período pesquisado foram diagnosticados 67 casos de tétano. As variáveis sociais e epidemiológicas estatisticamente significantes, foram: sexo masculino (91%), zona urbana de residência (83,10%) e situação não vacinal dos infectados (69%). Destaca-se também o local da lesão na região dos membros inferiores (66,6%), os casos ocasionados por ferimentos perfurantes (36,7%), a cura (53,1%) e a faixa etária predominante de 18 a 49 anos (67,2%). O Trismo foi a manifestação clínica mais evidente, estando em todos os casos. Dos avaliados, 45,3% evoluíram a óbito, devido à doença. Considerações finais: Entende-se que a situação do tétano acidental em Alagoas é sugestiva de um déficit no âmbito da prevenção primária (vacinação), sendo necessário um maior trabalho de divulgação e estímulo à imunoprevenção junto à população, principalmente dentre a faixa etária de 18 a 49 anos, os quais apresentaram maior incidência neste estudo.
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