Sobrevivência pulpar e cicatrização periodontal de dentes autotransplantados: um estudo retrospectivo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i17.39196Palavras-chave:
Polpa dentária; Transplantes; Regeneração.Resumo
Objetivo: O objetivo deste estudo retrospectivo foi avaliar os resultados pós-cirúrgicos de dentes autotransplantados, considerando a taxa de sobrevivência pulpar e a cicatrização periodontal. Metodologia: Foram analisados prontuários de 43 pacientes com 50 dentes autotransplantados. Dados demográficos, clínicos e radiográficos foram verificados. O tempo entre a cirurgia de autotransplante e a data do acesso endodôntico foi considerado para avaliar a taxa de sobrevivência pulpar. A cicatrização periodontal foi observada pela morfologia gengival e pela presença de reabsorção radicular. A sobrevivência da polpa foi verificada e a influência do estágio de Nolla na taxa de sobrevivência foi analisada. Resultados: A taxa de sobrevivência pulpar foi de 72%, e o estágio de desenvolvimento radicular influenciou a taxa de sobrevivência em dentes autotransplantados (p = 0,001). A taxa de sobrevivência da polpa em dentes autotransplantados nos estágios 6 e 7 de Nolla foi de 100%; a taxa de sobrevivência da polpa para os dentes nos estágios 8 e 9 foi de 90% e 75%, respectivamente. Com relação à análise periodontal, nenhum dente foi observado com presença de bolsas periodontais e mobilidade acima do grau I. Reabsorção por substituição foi diagnosticada em 20% e reabsorção inflamatória externa em 4%. Conclusões: O autotransplante dentário mostrou-se um tratamento seguro, apresentando resultados satisfatórios. A taxa de sobrevivência pulpar foi considerada alta, principalmente em dentes com rizogênese incompleta.
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