Prevalência e fatores associados à mortalidade de pacientes submetidos a colecistectomia em um hospital público do Sul do Brasil no período de 2015 a 2020
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i1.39221Palavras-chave:
Colescistectomia; Colecistectomia Laparoscópica; Mortalidade; Perfil epidemiológico.Resumo
A colecistectomia é a cirurgia do aparelho digestivo mais prevalente no mundo. No Brasil, de 2015 a 2020 foram realizadas 1.167.754 colecistectomias. O objetivo do estudo é identificar a prevalência e fatores associados à mortalidade de pacientes submetidos a colecistectomia em um hospital público do Sul do Brasil no período de 2015 a 2020. Foram analisados todos os prontuários de pacientes submetidos a colecistectomia no Hospital Governador Celso Ramos (HGCR), entre janeiro de 2015 a dezembro de 2020, somando 988 prontuários. As características demográficas e clínicas mais comuns foram caracterizadas pelo sexo feminino, faixa etária acima de 50 anos, história prévia de Hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, doença cardiovascular e obesidade. Foram identificados 567 pacientes (63,0%) com comorbidades. Cerca de 853 (88,8%) realizaram CVL. A frequência de óbitos foi de 0,81% (8 casos). Conclui-se que o perfil de pacientes encontrados neste estudo requer acompanhamento multiprofissional para diagnóstico e tratamento precoce, como também, destaca-se a necessidade de uma capacitação e ampliação de acessibilidade adequada para o tratamento de calculose da vesícula biliar no âmbito hospitalar.
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