Uso crônico e indiscriminado de benzodiazepínicos: uma revisão de literatura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.3954

Palavras-chave:

Benzodiazepínicos; Prescrição de medicamentos; Uso indiscriminado de medicamentos.

Resumo

O uso crônico e indiscriminado dos benzodiazepínicos (BZD’s) podem trazer muitos efeitos adversos, podendo levar a tolerância, dependência e crises de abstinência. Assim, objetiva-se identificar quais os BZD’s mais utilizados no Brasil, delineando o perfil dos usuários desta classe farmacológica. Foi realizada uma revisão de literatura com artigos indexados nas bases cientificas Scientific Electronic Library Online (Scielo), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e PubMed, no recorte temporal de 2010 a 2020, utilizando-se os seguintes descritores: “Benzodiazepínicos”, “Uso de medicamentos”, “Transtorno relacionado ao uso de substâncias”, Uso abusivo”, “Intoxicação”. Foram encontrados 220 artigos na seleção inicial, sendo 97 artigos da base de dados Scielo, 67 da BVS e 56 da PubMed. Sendo elencados 13 artigos (Scielo: 05, BVS: 05, PubMed: 03) como relevantes, os quais foram selecionados para análise completa e construção deste estudo. Nos estudos elencados o BZD’s mais consumido foi o Lorazepam, porém em casos de ansiedade o Clonazepam é o fármaco de primeira escolha. No tocante ao perfil dos usuários de BZD’s, a faixa etária que mais utilizam esses medicamentos são idosos, concernente a utilização de altas doses de BZD’s, observou-se que pacientes mais jovens, do sexo masculino, solteiros e menor nível de escolaridade estão associados mais sensíveis. Conclui-se então, alta prevalência da utilização de BZD’s, principalmente em países desenvolvidos, o que pode ser caracterizado por estresse, ansiedade e insônia vividos pelas pessoas no seu dia a dia.

Biografia do Autor

Evaldo Hipólito de Oliveira, Universidade Federal do Piauí

Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal da Paraíba (1990), graduação em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal da Paraíba (1991), graduação em Direito pela Universidade Federal do Piauí (1999), Doutorado em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários (2010), mestrado em Administração pela Universidade Federal da Paraíba (2002), especialização em Vigilância Sanitária e Epidemiológica (1997) e Citologia Clínica (2005). Foi Diretor do Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Piauí-LACEN-PI (2003 a 2007). Atualmente é professor Associado da Universidade Federal do Piauí de microbiologia clínica e imunologia clínica (1994). Tem experiência na área de Farmácia (Interdisciplinaridade), atuando principalmente nos seguintes temas: análises clínicas ( bacteriologia, virologia, imunologia, citologia e hematologia ) e Vírus Linfotrópico de Células T Humanas-1/2-HTLV-1/2, HIV, HBV e HCV (Epidemiologa, Imunologia e Análise Molecular).

Referências

Alvarenga, J. M., et al. (2015). Uso de benzodiazepínicos entre idosos: o alívio de" jogar água no fogo", não pensar e dormir. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 18, n. 2, p. 249-258.

Argoff, C. E., et al. (2019). Secrets – Tratamento da Dor. Editor: Thieme Revinter.

Cosci, F. et al. (2016). Socio-demographic and clinical characteristics of benzodiazepine long-term users: Results from a tertiary care center. Comprehensive psychiatry, v. 69, p. 211-215.

Golan, David E. et al. (2014). Princípios de farmacologia: a base fisiopatológica da farmacoterapia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

Gonçalves, A. et al. (2017). Consumo de benzodiazepinas no idoso deprimido. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, n. SPE 5, p. 107-111.

Hilal-Dandan, R., Brunton, L. L. (Org.). (2015). Manual de farmacologia e terapêutica de Goodman & Gilman. 2. ed. Porto Alegre: AMGH.

Hwang, S. H. et al. (2017). Trends in the prescription of benzodiazepines for the elderly in Korea. BMC psychiatry, v. 17, n. 1, p. 303.

Kroll, D. S. et al. (2016). Benzodiazepines are prescribed more frequently to patients already at risk for benzodiazepine-related adverse events in primary care. Journal of general internal medicine, v. 31, n. 9, p. 1027-1034.

Kurtz, S. P., Buttram, M. E., Surratt, H. L. (2017). Benzodiazepine dependence among young adult participants in the club scene who use drugs. Journal of psychoactive drugs, v. 49, n. 1, p. 39-46.

Mchugh, R. K. et al. (2018). Nonmedical benzodiazepine use in adults with alcohol use disorder: The role of anxiety sensitivity and polysubstance use. The American journal on addictions, v. 27, n. 6, p. 485-490.

Naloto, D. C. C., et al. (2016). Prescrição de benzodiazepínicos para adultos e idosos de um ambulatório de saúde mental. Ciência & Saúde Coletiva, v. 21, p. 1267-1276.

Nunes, B. S., Bastos, F. M. (2016). Efeitos colaterais atribuídos ao uso indevido e prolongado de benzodiazepínicos. Saúde & Ciência em ação, v. 2, n. 2, p. 71-82.

Pupo, D. I. O., González, L. M. C., Suárez, R. T. (2012). Caracterización de la prescripción de benzodiazepinas en adultos mayores en un consultorio de la atención primara de salud. Correo Científico Médico, v. 16, n. 2.

Rang, H. P et al. (2016). Rang & Dale farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier.

Ricardo, S., Ivet, L., Hernández, G. F. F. (2010). Consumo de benzodiazepinas en pacientes geriátricos del Consultorio# 12, Policlínico''Campo Florido''. Revista Cubana de Farmacia, v. 44, n. 3, p. 346-353.

Ros-Cucurull, E. et al. (2018). Benzodiazepine Use Disorder and Cognitive Impairment in Older Patients: A Six-Month-Follow-Up Study in an Outpatient Unit in Barcelona. Journal of studies on alcohol and drugs, v. 79, n. 6, p. 844-852.

Santos, C. A. G. (2014). Descontinuação do uso indiscriminado de benzodiazepínicos entre os usuários da UBS Rasa em Ponte Nova - MG. Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Medicina. Núcleo de Educação em Saúde Coletiva. Ponte Nova, 2014. 28f. Monografia (Especialização em Estratégia Saúde da Família).

Schepis, T. S., Simoni‐Wastila, L., Mccabe, S. E. (2019). Prescription opioid and benzodiazepine misuse is associated with suicidal ideation in older adults. International journal of geriatric psychiatry, v. 34, n. 1, p. 122-129.

Silva, V. P., et al. (2015). Perfil epidemiológico dos usuários de benzodiazepínicos na atenção primária à saúde. Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro, v. 5, n. 1, p. 1393-1400.

Speranza, N. et al. (2015). Consumo de benzodiazepinas en la población uruguaya: un posible problema de salud pública. Revista Médica del Uruguay, v. 31, n. 2, p. 112-119.

Tamburin, S. et al. (2017). Screening for adult attention deficit/hyperactivity disorder in high‐dose benzodiazepine dependent patients. The American journal on addictions, v. 26, n. 6, p. 610-614.

Trobo, V. D. et al. (2015). Perfil epidemiológico de las intoxicaciones por benzodiazepinas recibidas en el Centro de Información y Asesoramiento Toxicológico uruguayo en el período 2010-2011. Revista Médica del Uruguay, v. 31, n. 1, p. 32-38.

Downloads

Publicado

14/05/2020

Como Citar

ANDRADE, S. M. de; CUNHA, M. A.; PEREIRA JÚNIOR, J. L.; MACIEL, A. L. de S.; SANTANA, L. S. O. S.; CARVALHO, R. O.; OLIVEIRA, E. H. de. Uso crônico e indiscriminado de benzodiazepínicos: uma revisão de literatura. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e317973954, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.3954. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/3954. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde